UE suspende venda de armas ao Egito. Antes tarde do que nunca Publicado em 22-Ago-2013 Só agora, quase três meses depois de se acirrarem os conflitos e com o Egito já em guerra civil, vivendo uma carnificina que provocou a morte só na semana de 900 pessoas pela repressão do governo, a União Europeia (UE) decide suspender a venda de armas, as licenças de exportação de material bélico e de "todos os equipamentos que possam ser utilizados na repressão interna" para as Forças Armadas egípcias. Nesta 4ª feira (ontem) os 28 países que compõem o bloco europeu anunciaram que a suspensão é uma represália à violência registrada nos confrontos entre as forças do governo militar interino e islamitas. Os muçulmanos querem o retorno do presidente Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana, democraticamente eleito há pouco mais de um ano e deposto por um golpe militar em 3 de julho. A queda do mandatário desencadeou a onda de protestos que, em apenas três dias da semana passada, deixou mais de 900 mortos e milhares de feridos. A maioria dos países da UE já havia anunciado a suspensão da entrega de armas ao Egito devido à crise. Na semana passada, alguns países do bloco já defendiam a suspensão como uma represália à violência política no Egito. Mas a ameaça foi mal recebida pela administração provisória do país. Foi consumada agora, quando já não surte tanto efeito, uma vez que os egípcios já começam a receber uma grande injeção de recursos de países do Golfo, como Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. Eles forneceram US$ 12 bi (R$ 28,8 bi) em agosto, sete vezes mais que a ajuda militar americana, de US$ 1,5 bi anual. De qualquer forma, a suspensão da venda de armas ocorreu. Antes tarde do que nunca. Vamos ver, agora, o que farão os Estados Unidos.
Posted on: Fri, 23 Aug 2013 00:41:28 +0000