UM NOVO OLHAR Com que olhos olhamos para nós mesmos? Uma pergunta um tanto quanto paradoxal. Mas necessária se quisermos permanecer na busca do autoconhecimento, com a certeza de que não estamos nos iludindo mais uma vez... Podemos estar sedentos e famintos e nos precipitarmos com veemência sobre os alimentos que julgamos poder suprir esta carência da alma, que acabamos nos esquecendo de que, quem tem o poder de digerir tantas informações é a própria sabedoria adormecida em cada um de nós. Não houvesse essa sabedoria interior, de nada adiantaria colocarmos para dentro o que colhemos no mundo exterior. Precisamos reconhecer isso para podermos olhar com novos olhos a nossa própria forma de atuação no mundo. E muitas vezes o que nos falta é coragem! Porque o mestre reside muito além do habitat da nossa persona e o caminho até ele exige muita disponibilidade interna, que o ego não gosta de ceder. Nesta camada inconsciente, abrigamos elementos que trazemos de experiências muitas vezes remotas e sofridas e das quais o ego se defende tentando evitá-las. Mas não é evitando a dor que nos libertamos de seus males, e sim olhando para suas origens. E enquanto não reconhecermos a sua existência, deixamos que esses conteúdos interfiram em nossas ações, provocando ainda novos sofrimentos. E todo o mal que nos acontece tem algum fundamento em nossas ações ou no modo como pensamos e nos colocamos diante das coisas. Confiando na sabedoria do mestre, ganhamos coragem para olhar nossas próprias fraquezas e com ele aprendermos á iluminar os recantos ainda obscuros de nosso próprio ser. Quando somos capazes de observar com isenção as motivações que nos levam á cada gesto, pensamento, palavras ou ações? Se não fizermos isso, o que seremos capazes de fazer com tantas fontes e informações colhidas fora de nós?
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 21:00:22 +0000
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