Ultramaratonista soma treino intenso à solidariedade Carlos Dias - TopicsExpress



          

Ultramaratonista soma treino intenso à solidariedade Carlos Dias correrá um dia inteiro no Desafio das Capitais 24h Carlos Dias (foto: Igor Matheus) Depois de 20 anos e milhares de quilômetros se desafiando como ultramaratonista, o paulista Carlos Dias resolveu agregar uma bandeira ao seu ofício: o tratamento ao câncer infantil. É nisso que consiste o Desafio das Capitais 24h, evento que chega neste sábado, 3, a Aracaju, a 23ª capital visitada pelo atleta. O evento passará ainda por Salvador, Vitória, Belo Horizonte e São Paulo. Prevista para iniciar às 8h a partir do estacionamento do Oceanário, na Orla de Atalaia, a realização será uma corrida para profissionais e simpatizantes e orbita em torno do desempenho do atleta, que percorrerá a avenida Santos Dumont da manhã do sábado até a manhã do domingo. A participação é garantida com a compra de uma camiseta no próprio local do evento entre as 7h e 22h do sábado. Parte da renda será revertida para hospitais especializados em câncer infantil. O atleta em demonstração de aquecimento (foto: Igor Matheus) De acordo com Carlos Dias, o Desafio das Capitais 24h não é competição nem evento para estabelecimento de recordes: é, antes de tudo, uma celebração. “Quero convocar as pessoas a correr comigo. Só de fazê-las saírem do sofá e comprar a camiseta, já atingimos nosso objetivo. Trata-se de uma corrida para todo tipo de gente, que reunirá desde leigos a profissionais. Os participantes podem ir caminhando, correndo, como quiser. O foco, nesse momento, é a causa”. Preparo Natural de São Bernardo do Campo, Carlos Dias foi maratonista, participou de oito São Silvestres e decidiu migrar para o ultramaratonismo em 1997. Desde lá, participou de desafios em vários locais do mundo – entre os quais regiões inóspitas como os desertos do Saara e de Atacama, Antártida e a cadeia de montanhas do Himalaia. Tamanha experiência não o torna menos cauteloso com o desafio em Aracaju, onde ele somará 24h dedicadas à corrida com interrupções apenas para alimentação e troca de roupa. De acordo com o atleta, o preparo é muito mais psicológico que físico. “O treino físico é o mesmo de maratonista. Não corro mais do que 20 km por dia e faço muito trabalho de fisioterapia e piscina. Mas o mais importante é trabalhar a paciência, a estratégia mental. E sentir o que o corpo está dizendo”. O treinamento é suportado com a ajuda de equipamentos feitos especialmente para aguentar o imenso desgaste. “Uso tênis extremamente flexíveis, que acompanham o desenho do pé e preservam a sensibilidade da pisada, roupas de poliamida com proteção UV e frequencímetro para medição dos batimentos cardíacos”, explica. Dias diz ainda que procura manter uma velocidade média de 7 km/h e nível de batimentos cardíacos nunca superior a 140 bpm. Ao lembrar das várias corridas que fez, o ultramaratonista paulista também recorda de seus percursos mais duros: Katmandu, no Nepal – a nada menos que a seis mil metros de altura – e deserto do Atacama, no Chile – um dos locais mais secos da Terra. “No Nepal, aprendi que meu corpo não foi feito para correr em altitudes tão altas. E apesar de ter corrido na Antártida, onde peguei temperaturas de até 60 graus negativos, sofri mais na prova que fiz no Atacama. Correr no sal é extremamente desgastante por conta da desidratação. Além disso, há a mudança de temperatura. Em uma hora, está 40 graus. Na outra, está zero”. Carlos Dias tambem revelou se sentir gratificado com a recepção que teve em Aracaju. “Já corri em várias cidades e posso dizer que nem todas têm a cultura de corrida que há em Aracaju. Já tenho a confirmação de 30 atletas que irão correr comigo. Sozinho, não vou ficar. Além disso, conheci aqui pessoas que pareciam amigos meus de muito tempo. Estou me sentindo em casa”.
Posted on: Fri, 02 Aug 2013 18:54:56 +0000

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