Uma Chama de Sabedoria A comunidade judaica celebra Chanuká, - TopicsExpress



          

Uma Chama de Sabedoria A comunidade judaica celebra Chanuká, nossa festa das luzes. Embora os eventos que comemora sejam muito antigos, sua mensagem continua poderosa e atual. Superficialmente, Chanuká é sobre as grandes batalhas pela liberdade religiosa. No terceiro e segundo séculos AEC, Israel tinha permanecido sob o domínio do Império Alexandrino – primeiro os Ptolomeus no Egito, depois os Selêucidas na Síria. Um governante selêucida, Antiochus IV, procurou forçar o ritmo da helenização. Sob um sumo sacerdote em Jerusalém, Jason, os membros do sacerdócio passavam mais tempo no atletismo que servindo a Dus. Sob seu sucessor ainda mais helenizado, Menelau, foi erigida uma estátua de Zeus Olimpo no recinto do Templo. A prática pública do Judaísmo foi banida. Isso era demais para os judeus que continuavam fiéis à sua fé, e um pequeno grupo, liderado por um sacerdote idoso, Matathiyahu, se revoltou. Num período de três anos, eles tinham derrotado os selêucidas, restabelecido a soberania judaica e rededicado o Templo. Foi uma vitória impressionante, e teve consequências históricas mundiais. Era o início do fim da Grécia como poder imperial. Porém, se isso tivesse sido tudo, não haveria judaísmo hoje, nem cristianismo e nem islamismo. Para defender um país, você precisa de um exército. Mas para defender uma civilização, precisa de escolas. O motivo é que a vitória militar não durou. Dentro de um século, Israel estava novamente sob jugo estrangeiro – dessa vez de Roma. Menos de 150 anos depois, após uma desastrosa rebelião, Jerusalém foi derrotada e o Templo estava em ruínas. Documentos daquela época nos contam que havia muitos judeus acreditando que Chanuká não podia mais ser celebrada. Era nula e vazia. O triunfo anterior fora substituído pela tragédia. Foi então que um pequeno detalhe da rededicação adquiriu um novo significado. Procurando entre os destroços do templo profanado, os judeus descobriram uma única ânfora de azeite com o selo intacto. Isso permitiu que eles acendessem o candelabro do Templo, a menorá. Milagrosamente, durou oito dias, até que o novo azeite pudesse ser preparado. Aquilo se tornou a base do nosso costume de acender um candelabro em nossos lares durante oito dias, nessa época do ano. A menorá simbolizou algo bem diferente da vitória militar. Representava fé, esperança, lealdade, coragem. Os judeus começaram a entender que o verdadeiro conflito entre o Antigo Israel e a Antiga Grécia não era político, mas cultural. Para defender um país, você precisa de um exército. Mas para defender uma civilização, precisa de escolas. Lembrando da ênfase bíblica na educação, os judeus começaram a criar o primeiro sistema de educação pública universal da história. Em torno do final do primeiro século, estava completo. Os judeus se tornaram o povo que baseou sua sobrevivência na casa de estudo. Seus heróis eram mestres, e suas cidadelas, as escolas. A partir daquele dia até hoje, eles fizeram da educação sua maior prioridade comunitária. Isso permitiu que fizessem o que nenhuma outra nação tinha feito – preservar sua identidade intacta através de quase vinte séculos de exílio, dispersão e ausência de poder. Chanuká conta uma história que fala ao nosso tempo. Em anos recentes as notícias têm sido dominadas por conflitos étnicos, terror e guerra. A História, no entanto, sugere uma narrativa diferente. A curto prazo, a violência faz as manchetes. Mas a longo prazo, não é isso que importa. O que faz a diferença é aquilo que ensinamos aos nossos filhos. As civilizações sobrevivem menos pela força de suas armas que pela força de seus ideais, e sua capacidade de transmiti-los às futuras gerações. A mensagem de Chanuká é simples. O que perdura não é a vitória no campo de batalha, mas a vela da esperança que acendemos na mente de uma criança. O que o mundo contemporâneo está ensinando às suas crianças? Nos países em desenvolvimento, há grandes porcentagens de analfabetismo. Em zonas de conflito, as crianças estão sendo ensinadas a odiar aqueles com quem um dia terão de aprender a conviver. Em muito poucos países estão sendo ensinados os princípios da liberdade, responsabilidade e respeito pela diferença. A mensagem de Chanucá é simples. O que perdura não é a vitória no campo de batalha, mas a vela da esperança que acendemos na mente de uma criança. Chanuká aconteceu há muitos anos, ou está acontecendo agora? Olhando para os eventos de hoje, você começa a se perguntar. A história de uma pequena vela expulsando o monstro da assustadora escuridão, da sensibilidade humana vencendo o terror e a força bruta, da vida e crescimento superando a destruição – a batalha está muito viva dentro de cada um de nós, e no mundo que nos cerca. Afinal, a vitória da luz sobre as trevas é o megadrama cósmico – a eterna história de tudo que é. Ocorre novamente em todo solstício de inverno, a todo amanhecer de cada dia, com todo fóton de luz do sol que irrompe pela atmosfera da terra, trazendo seu calor e energia de vida. Com cada sopro de vida, cada grito de uma criança recém-nascida, toda folha de grama que brota no solo. Com todo lampejo de gênio, cada lance de beleza, toda decisão de fazer o bem em face do mal, de ser bom onde há crueldade, de construir onde outros destroem, de levar a humanidade para a frente quando outros a puxam na direção do caos. E isso é Chanuká. Chanuká é mais que um feriado; Chanuká é uma jornada espiritual de oito dias. Muitas pessoas conhecem a história de Chanuká – mas apenas como um pretexto histórico para dar presentes e comer latkes. Podemos chamar isso de corpo de Chanuká. A alma de Chanuká é a sua meditação, júbilo, calor e luz. Não apenas a celebramos em nossos lares com nossos entes queridos, mas com o mundo inteiro. MATEUS SOLANO É DESTAQUE EM JANTAR DE CHANUKÁ DO GRUPO LEÃO DE JUDÁ Cerca de 100 convidados prestigiaram o jantar de Chanuká do grupo Leão de Judá, do Fundo Comunitário RJ, realizado no dia 28 de novembro, na residência de Claudia C. Chor. O ator Mateus Solano, destaque da novela das 21h00 da Rede Globo, na pele do impagável Félix, foi um dos convidados especiais da noite. Simpático e bem humorado, o ator fez uma palestra onde falou, entre outras coisas, sobre como sua formação judaica, que ele credita como plural, o ajudou na sua formação como ator. Ao final de sua apresentação, Paulo Maltz, vice-presidente da CONIB (Conf. Israelita Brasileira), presenteou Mateus e sua esposa, a também atriz, Paula Braun, com duas passagens para que ele, que tinha afirmado momentos antes nunca ter visitado Israel, possa conhecer Eretz. Yoel Enbon, Diretor do Keren Hayesod para a América Latina, e Nelly de Bobrow, Presidente Mundial da Divisão Feminina, também prestigiaram o evento. Yoel apresentou aos convidados um panorama sobre o trabalho realizado pelo Keren Hayesod e Nelly falou sobre a importância do papel feminino no trabalho em prol da entidade. Durante a cerimônia, Sheila Chor, ex-presidente do grupo Leão de Judá, anunciou as mudanças de gestão para 2014. Evelyn Plachta, após três anos à frente da Divisão Feminina com inúmeras realizações, dentre elas, o crescimento do número de contribuintes e de ativistas do grupo, e o inesquecível evento em homenagem ao soldado israelense Gilad Shalit, passa a presidência da Divisão Feminina para Claudia C. Chor. Claudia, a anfitriã da noite, assim como Evelyn, foi incansável à frente das leoas, levando o grupo a um novo patamar, tanto no que diz respeito ao número de ativistas, quanto à forma de empreender o trabalho comunitário. Em seu lugar, na presidência do grupo Leão de Judá, assume a ativista Gisela Schenker Wajnberg, que tem o trabalho social em seu próprio DNA. Esther Reznik, presidente do grupo Golda Meir, também se despede do cargo. Ela realizou um belíssimo trabalho em sua gestão, tendo, inclusive, duplicado o número de contribuintes. A ativista Mônica Schreiber assume a presidência do grupo Golda Meir. No final da noite, Mélia Chueke, fundadora da Divisão Feminina e primeira Leoa de Judá, juntamente com Sheila Chor e Claudia C. Chor, acenderam as velas de Chanuká. PRESENTE DE CHANUKÁ PARA SÃO PAULO Inauguração da nova sede do Ten Yad, “Edificio Esther Safra”. Uma homenagem dos beneméritos Joseph e Vicky Safra Com as presenças do Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e do Prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, uma das mais consagradas e premiadas entidades que se dedicam ao combate à fome, a Instituição Beneficente Israelita Ten Yad inaugura no dia 1º de dezembro (domingo), às 10h30, sua nova sede, na Rua Newton Prado, 76, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. O lançamento de seus mais novos programas de inclusão social e saúde marca a inauguração da nova sede --- a frente cultural, que inclui uma biblioteca nas dependências do Ten Yad, com inauguração prevista para o primeiro bimestre de 2014 e também o exame oftalmológico, que deverá atender mais de 2 mil pessoas e fornecer óculos. O evento coincide com o 4º dia de Chanuká, tendo inauguração às 10,30h, visitação à nova sede das 11,30 às 14,30h e entrega dos Rolos da Torah, às 12,30h. Com ampla área construída, a nova sede do Ten Yad conta com grande refeitório para atender 600 pessoas, cozinha industrial, auditório, biblioteca e salão de festas. A obra levou três anos para ser concluída e foi realizada graças ao apoio de donatários. A entidade possui duas parcerias governamentais que permitem aumentar sua atuação e o número de beneficiados: O Restaurante Bom Prato, da Rua 25 de março, conta desde 2002 com o know-how do Ten Yad para preparar e servir suas mais de 1800 refeições diárias a R$1,00. A Prefeitura de S. Paulo se inspirou no programa “Refeições sobre Rodas” do Ten Yad, que realiza a entrega de alimentos para pessoas que não têm condições de se locomover até o refeitório, e criou, em parceria com a Instituição, o “Programa de Segurança Alimentar Domiciliar para Idosos”. Atualmente, cerca de 180 pessoas em situação de vulnerabilidade pessoal e social são atendidas pela iniciativa, cuja responsabilidade é do Ten Yad. Novos programas Em 2014, os assistidos pelo Ten Yad terão acesso a dois novos programas. Na frente cultural, será inaugurada uma biblioteca, com amplo acervo de títulos da literatura judaica – histórica e contemporânea. Já no novo programa de saúde da visão, será oferecido, na própria sede, o exame oftalmológico, no qual o assistido poderá diagnosticar e receber orientações para cuidar de diversos problemas de visão. Prêmios Em 21 anos de existência, o Ten Yad já acumula diversos prêmios pela sua atuação, tais como o Bem Eficiente, outorgado pela Kanitz & Associados, o Prêmio Betinho, outorgado pela Câmara Municipal, o Prêmio da Cidadania, do PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais) e é uma das poucas instituições beneficentes no Brasil a possuir a certificação ISSO 9001, que atesta a qualidade dos processos e controles das refeições oferecidas. Chanukiah de dez metros na Praia de Copacabana Shows, teatro e atividades infantis gratuitas celebrarão a festa de Chanuká No próximo domingo, dia 1º de dezembro, todos os cariocas estão convidados a participar do grande evento de celebração da festa judaica de Chanuká, na Praia de Copacabana. A partir das 17h30 haverá atividades infantis, teatro e diversos shows. O ponto alto da festa será o acendimento do candelabro de 10 metros de altura por autoridades e personalidades da cidade, e da comunidade. SERVIÇO Festa de Chanuká na Praia de Copacabana Dia 1º de dezembro, a partir das 17h30 Av. Atlântica, altura da Figueiredo de Magalhães Atividades infantis, teatro, dança e shows de música judaica. Entrada Franca Por Daniela Kresch Jornalista direto de Israel UMA LUZ A MENOS NA FESTA DAS LUZES TEL AVIV – Este é um Chanuká triste. Uma Festa das Luzes com uma grande luz a menos. As velas que os fãs do ídolo Arik Einstein têm acendido em frente à casa do cantor falecido, no cemitério que foi enterrado e na Praça Rabin, onde ele foi velado, apontam para esse fato inegável. Israel perdeu um pouco da alma justamente às vésperas de um feriado tão querido, do milagre do óleo que durou oito dias. Eu tinha uma ligação especial com Arik Einstein. Nunca o conheci nem falei com ele. Não é isso. Na época das fitas K-7 e dos LPs, quando não tinha internet nem computador pessoal, muito menos smartphones ou tabletes, eu aprendia hebraico na marra por causa dele e de outros cantores nacionais. Escutava 50 vezes as fitas que chegavam às minhas mãos – gravadas e regravadas de gente que voltava de Israel – para aprender as letras das músicas Einstein, Shalom Hanoch, Shlomo Artzi, Rami Kleinstein, Yehuda Poliker, Guidi Gov, Arkadi Duchin... Esses nomes ganhavam espaço nobre nas prateleiras do meu quarto. Em caderninhos surrados, eu ia aos poucos montando as letras das músicas. Mas sempre sobrava umas lacunas (muitas lacunas) de palavras que eu não entendia. Palavras que, hoje, 30 anos depois, de repente entendo. O ídolo maior era, sem dúvida, Erik Einstein (em diversos grupos ou em carreira solo). Bonitão, alto, cool, despojado e com voz de barítono, ele era, para mim, o exemplo mais nobre do “sabra”, do israelense nativo – aquele que deixou para trás o ranço do judaísmo do gueto para construir um Estado modelo, um país-exemplo para o mundo. Aos poucos, eu ia me apaixonando por Einstein, pela língua hebraica e pelos israelenses idealizados na minha cabeça. Aos poucos, eu ia criando uma identidade paralela à da minha brasilidade (também forte e orgulhosa) que acabou me atraindo para o Oriente Médio – onde o baque de realidade transformou as minhas ilusões de infância numa sopa confusa de ideias e ideologias. Justamente por tudo isso é que a morte prematura e repentina de Arik Einstein, às vésperas da Festa das Luzes, um dia antes de Chanuká, me atingiu como um raio. Einstein era, para mim, eterno, uma espécie de divindade etérea imortal, que pairava sobre Tel Aviv como um fantasma bom. Como essa entidade poderia morrer? Como aquela voz que me fez amar hebraico e penar para entender as letras das músicas poderia desaparecer? Foi Arik Einstein que me trouxe para cá. Surpreendentemente, não fui só eu que sofri com a morte de Arik Einstein. Ele era realmente um ícone para os israelenses, não só para mim. Arik significava para eles algo diferente, mas era um símbolo de um passado mais simples, mais ingênuo, no qual tudo era possível. Desde a morte de Yitzhak Rabin, em 1995, não havia tanta choradeira nas ruas de Tel Aviv. Engraçado esse paralelo entre Rabin e Einstein, mas não fui apenas eu que pensei nisso. Jornalistas e analistas políticos também traçaram o paralelo. Os dois eram o melhor da Israel das primeiras décadas. A morte de Einstein tinha que acontecer mesmo em Chanuká. Sua vida e sua obra combinam com a alegria do acender das velas, com as canções da festa, com as reuniões de família para cantar e comer sonhos com geleia de morango. Todos, este ano, vão cantar as músicas tradicionais e, de quebra, as de Arik. FESTIVAL ISRAELENSE DE CHANUKÁ EM SÃO PAULO GANHE PASSAGEM RIO-MIAMI COM FOTO DE CHANUKÁ CHANUKIÁ NO SHOPPING EM SÃO PAULO SHABATON DE CHANUKÁ COM HASHOMER E KINDERLAND NA LAGÔA CELEBRE CHANUKÁ COM OS RESIDENTES DO FROIEN FARAIN FESTA DE CHANUKÁ NA ARI COM AFROREGGAE TEM FESTA DE CHANUKÁ NA BRÁZ PIZZARIA Se você recebe o Notícias da Rua Judaica de amigos ou de terceiros, inscreva-se gratuitamente para receber semanalmente o nosso informativo, enviado diretamente para seu e-mail. Clique aqui e você estará inscrito Se desejar indicar amigos para receberem este informe, clique aqui e lista os e-mails dos novos assinantes COMUNICADO AOS LEITORES A direção editorial da Rua judaica deseja esclarecer qe todas as opiniões ou juízo de valor, emitidas por seus colunistas ou colaboradores, são de exclusiva responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião editorial do veículo, de entidades a que pertençam os articulistas, nem às entidades ou países a que possam representar. Jornalista Responsável: Osias Wurman - MT 14.707 Colaboradores Internacionais: Jerusalém - Daniela Kresch, Budapeste - Judith Klein, Miami - Fernando Bisker, Miami - Nelson Menda Diagramação: MarketDesign
Posted on: Fri, 29 Nov 2013 17:15:06 +0000

Trending Topics




© 2015