Uma pequenina homenagem a nosso pequeno Tito... Estar com o pai - TopicsExpress



          

Uma pequenina homenagem a nosso pequeno Tito... Estar com o pai (...) Nos braços do pai (...) Um mestre e amigo, ou melhor, um amigo que também é mestre recentemente sugeriu que eu escrevesse acerca da alegria de ser pai ... Inicialmente pensei não ter palavras certas nem descrições exatas para narrar com fidelidade este momento tão celeste, brilhante e transformador na vida de um peregrino e efêmero homem... Mas como diz padre Fabio de Melo : “Temos sempre que deixar vivo o poeta que habita em nós e jamais deixá-lo calado”. Continua com lucidez o sábio padre: “Em contrapartida, necessário será , em alguns momentos, calar nosso filósofo, uma vez que pode ele querer roubar a cena dentro de nós, nos distraindo com indagações vãs e complexidades desnecessárias”. “Assim, contemplar sem pressa... olhar para os lados numa travessia... caminhar pela ponte... saber apreciar os silêncios das andanças... admirar a simplicidade... aplaudir o mistério e se contentar com ele são formas pelas quais a vida passará com gosto de eternidade...” São nessas sábias e bonitas recomendações que tentarei, então, falar aquilo que estou sentindo, aquilo que estou vivendo intensamente, o que eu sonho e experimento agora com a chegada de meu filho Tito... O Pai, lá do Alto consentiu... Aqui embaixo, a mulher do meu destino concebeu... Os anjos certamente dançaram! Alguns Homens saltitaram! E eu, toquei alegremente a trombeta na festa inesquecível ! Pois veja: Cumpro pela graça a lei do levirato... E meu coração humano é eternamente grato... A descendência plena suscitada foi ! E ela, em nós, provocará sempre alardes inexplicáveis ... Quando vejo Tito ruborizado e quentinho após uma mamada prolongada no seio de sua mãe como... como é impressionante a força que vem sobre mim... Chega então a minha hora: pego ele nos braços para mais uma rotina de arrotos e acomodações em meu colo. Ali, caminho com meu filho. É um caminhar cauteloso. Despretensioso, sem regras, exceto uma que se faz presente de forma sublime e natural; regra branda, regra branca com tons sinceros de espontaneidade: é a regra poderosa do amor chegando! E esta bela regra vai regendo o pai, vai regendo o filho, inundando tudo com a mais forte alegria que nunca antes senti... O tempo vai passando e esse instante realmente tem gosto de eternidade! Depois, canto canções a Deus para ele já ir ouvindo, porque cantarolar ao Criador é uma maneira bela de reverenciá-lo e agradecê-lo! Tito, ninado, pega enfim no sono... Depois dele adormecido, eu Continuo... Continuo e percebo o conforto, a proteção, a tranquilidade, a leveza, a calmaria e a pura paz que sobre nós vem. Todos esses ingredientes se estabelecem firmemente, seja em qual hora for! E quão agradabilíssima é a sensação real que nesse momento desfrutamos juntos... Sem palavras. Sem sermões. Sem discursos. Sem barulhos. Tão somente mergulhados num oceano de silêncios, Com as marolas de paz do céu de Deus indo e vindo, balançando a gente! Eu quieto e Tito adormecido, com a regra do amor nos conduzindo em plena ordem! Eita que mistério fantástico! Que legítima e incrível esta experiência que Deus pensou, projetou e permitiu que vivêssemos! Olho então para o rostinho dele: é de admirar com o coração e também com a alma! Os olhinhos se fecham bem fechados...a testinha chega a franzir... as bochechas nos convidam e nos tentam para que nós as beijemos ou as apertemos sem parar kkkkkkkkk (é aí, inclusive, que nasce a oportunidade de exercermos o domínio próprio kkkkkkk). Mas qual a lição que levo nisso tudo? Já respondo: A de ver a importância de se estar com o pai... nos braços do pai... Filho sem pai é estranho. é triste demais. é vácuo impertinente. é um vazio autêntico. é frieza esplêndida. é incompletude afirmada. é o fruto que não conheceu sua árvore. é um ramo sem seiva. é um galho solto, sem tronco. é um lírio sem a ideia de conjunto na bonita vegetação extensa. Filho sem pai o campo não é tão verdejante. Pai que não carregou, no colo, a descendência sua não combina. Pai que não desfrutou de um filho em seus braços: não aproveitou a fascinação interessante em seu espírito, não tirou proveito da situação para refinar mais sua alma, deixou passar um bonito ensaio sobre um pouco da essência do céu de Deus. O que é um menino sem pai? é menino, já cedo, caído numa realidade tirânica, É a pior das vacâncias. É um cruel terremoto que treme e mancha a formação da personalidade do futuro homem. É traumático mesmo. De modo que filho e Pai se agregam genuinamente. Completam uma linda história. Constroem belos e marcantes livros, com várias páginas. Plantam jardins férteis. Encerram não um fim, mas um bonito começo. Tito é menino com pai ! Tito é filho meu e tê-lo nos braços: é repensar com a alma, É analisar tudo com interessante calma ... Carregar minha continuidade nos braços é refletir num silêncio fecundo e concluir que também sou filho de um pai terreno que muito amo, que cuidou de mim e que insiste em me amar até hoje! Ver Tito inclinado e indefeso em mim, é relembrar na concretude que também sou filho do Pai Altíssimo, Dono da vida, do céu, dos extensos mares ... Ver Tito seguro em meu colo é rememorizar profundamente acerca do imenso e grandioso Amor de DEUS que oferece a mim: O Zelo maior, O Carinho contínuo O Conforto completo A Tranquilidade perene, A Brandura límpida e duradoura ! Ver Tito morgado em mim é poder enxergar melhor o amor, a paz e a proteção divina do Santo Colo do Pai Celeste! Santo Colo que me faz inevitavelmente dormir leve e livremente pegar no sono para descansar sem medos e receios... Paro por aqui. Falei demais, eu sei. A voz que ecoa essa canção escrita É de um mísero- falível que hoje grita Um grito de amor paterno, todo alegre na sua extensão Grito esse que a alma escuta e o espírito tolera. Fabio H. Balod Moniz Sodré
Posted on: Fri, 20 Sep 2013 16:57:35 +0000

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