Uma questão de ideologia. Há uma peculiaridade no cotidiano - TopicsExpress



          

Uma questão de ideologia. Há uma peculiaridade no cotidiano familiar que traduz um pouco o sentimento gerado pelos últimos acontecimentos políticos. Parente próximo, filhos, pais e irmãos, consideramos atribuídos da missão de criticá-los, temos isso como um direito só nosso. Eles, afinal traem, vez ou outra, as altas expectativas que idealizamos em nossas relações. Alguém de fora não deve nunca ousar fazê-lo. É esse o sentimento que tenho em relação aos “condenados” do “maior esquema de corrupção da história deste país”. Não acho que se deva fechar os olhos para os erros cometidos pelos políticos tradicionais da esquerda brasileira, porém, não vejo nenhum motivo para que a Globo, o DEM e o PSDB, principalmente, montem esta micareta em torno do assunto. Líderes do PT traíram sim, a nós que orientamos nossa conduta política, de alguma forma, de acordo com ideais esquerdísticos, que eles professam ser consonantes. Desapontaram-nos com relação à esperança de lisura ética que depositávamos neles, além do nosso voto. Agora, em relação à estes grupos de rapinas que estão comemorando como cívica, histórica e honrosa a atitude do supremo, o PT não fez mais que, porcamente, macaquear. Afinal o mensalão é uma coisa quase natural na prevaricação que, infelizmente, permeia as relações entre executivo e legislativos em todas as esferas da administração pública. Marcos Valério iniciou suas atividades junto ao Eduardo Azeredo do PSDB de Minas Gerais, foi o grande ensaio para chegar ao governo federal. Chegaria independente do partido no poder, como bem comprovou-se. Um crime não diminui outro e ética, se aceitamo-la como padrão de nosso contrato social, não deve ser dúbia nem ambígua. Mas não vejo nenhum direito de um canal de televisão com a história da globo, um partido podre desde a mais profunda raiz como é o DEM e os “inventores” do “maior esquema de corrupção da história deste país”, se manifestarem como obverso de um PT, martirizado. Martirizado sim pois prevaleceu a lógica anedótica getulista do: “aos amigos, tudo, aos inimigos, a lei”. Os “mensaleiros” podem ter cometido erros, porém, o sistema, cometeu um maior, usou descaradamente de dois pesos e duas medidas. Novamente condena-se à forca menos pelos atos em si, e sim pela ideologia que os motivava. Pecado nessa história não é a corrupção, é a ideologia. Afinal, qual a diferença entre o crime do Azeredo, do FHC, do Genoíno e do Joisé Dirceu? A ideologia.
Posted on: Sat, 16 Nov 2013 23:18:28 +0000

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