Uma reflexão importante sobre os black blocks, Afastamento Os BBs, além de não promoverem nenhuma ação pedagógica de esclarecimento aos trabalhadores, na verdade, promovem o afastamento da população das passeatas. É muito comum encontrar professoras que não se animam em participar das manifestações por medo do enfrentamento entre policiais e Black Blocs. A chave da vitória das “Jornadas de Junho” está justamente na massividade das mobilizações. Participamos de passeatas de 30 mil, 100 mil e até 1 milhão de pessoas. E de lá para cá, a mídia oficial fez questão de destacar apenas as “ações exemplares” e quase não se vê imagens das passeatas. No dia 7 de outubro, o Sepe e movimentos sociais colocaram 50 mil pessoas na Avenida Rio Branco. No dia 15 de outubro superamos nossas próprias expectativas, e mais de 70 mil pessoas compareceram ao chamado do Sepe. E o que se viu na televisão? Apenas o espetáculo protagonizado pelos jovens de preto. Uma questão de classe Somos educadores e educadoras organizados pelo Sepe e temos uma tradição de movimento. Nossas decisões são tomadas coletiva e democraticamente. O início e o fim de uma greve, por exemplo, são deliberados em assembleia. Nossas ações nas passeatas são decididas pelas instâncias deliberativas do sindicato e pelo comando de greve. Os Black Blocs não têm o direito de fazerem o que bem entenderem nas passeatas da categoria. Isso coloca em risco o movimento da educação e facilita a nossa criminalização. Não existem atalhos na história da luta de classes. Enquanto a nossa classe não estiver disposta a tomar em suas próprias mãos o destino de toda a humanidade, estaremos pacientemente ao seu lado acompanhando cada um de seus passos. Como dizia Karl Marx: “a libertação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”. carosamigos.br/index/index.php/artigos-e-debates/3648-nossas-diferencas-com-os-black-blocs-uma-falsa-questao-pedagogica
Posted on: Fri, 18 Oct 2013 23:43:34 +0000
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