Uma vez até morrer Não estou aqui para falar de futebol. Nem - TopicsExpress



          

Uma vez até morrer Não estou aqui para falar de futebol. Nem entendo de futebol, entendo de Clube Atlético Mineiro. Vivo e morro Galo desde sempre! Logo no início, em minha iniciação ao futebol, fui testado: O Galo fez uma das piores campanhas no brasileirão em 1993. E em 1995 montou um timaço no papel, a “Selegalo”, que foi um fracasso! E nessa mesma época o rival estava em ascensão e começava a ganhar títulos. O que antes de eu começar a descobrir, o futebol era o contrário. No final da década de 70 e início dos anos 80, Galo massacrava! Chegou a ganhar 6 títulos mineiros seguidos, interrompeu a série em 1984 (ano que eu nasci!) e depois conquistou mais 2 seguidamente. O Galo indo mal e o rival em ascensão... tinha tudo para mudar de lado, era um menino de 9,10 anos, fácil de ser “comprado” por parentes e até influenciado por colegas torcedores do clube rival. Ainda mais depois de uma frase triste e sincera do João Bolinha (meu pai e mentor da atleticanidade) depois de uma derrota em que fomos assistir no Mineirão: “é, você foi sem sorte demais! Pegou o Galo numa fase horrorosa. Eu vinha aqui no Mineirão pra ver Reinaldo, Cerezo, Luisinho, Nelinho, João Leite, Paulo Isidoro e outros darem show, por que já sabia que a vitória era certa”. Foda! Mas ao invés de ser influenciado por outros eu influenciei alguns amigos e primos que ainda estavam indecisos pra qual clube torcer. E me tornei mais apaixonado que meu pai. Meus primos tiveram grande importância no fortalecimento deste sentimento ao Clube Atlético Mineiro. Marquim, de pai torcedor do clube rival tinha tudo para pender do lado lá, mas com grande ajuda do também primo Junim, unimos força na torcida do Galo Doido! Outro primo que teve papel muito importante foi o atleticano fanático Luis Gordo, que vindo de BH nos contava altas histórias alvinegras que até então eu não conhecia. Numa época que a internet ainda engatinhava por aqui. Após anos sofrendo – isso, sofrendo. Quem ama sofre. E nenhuma torcida sofreu mais que a torcida do Galo – vendo times cada vez piores, com cartolas incompetentes e oportunistas afundando o clube. E o rival cada vez melhor. Vendo amigos atleticanos blasfemarem que não mais acompanhariam futebol, que estavam cansados de não ganharem título de grande importância. Alguns poucos foram capazes de ameaçar que suicidariam o atleticano existente dentro deles tamanha era a decepção com nosso clube. Eu não conseguia entender estas reações... para mim, ser atleticano era mais que o suficiente. Ganhar um título seria sensacional, emoção talvez comparada à alegria de ter um filho. Mas nem sei se meu coração aguentaria tanta emoção! Comecei a achar que eu estava viajando... que eu estava doido! Foi aí que meu pai me levou ao Mineirão para ver um jogo do Galo e tive certeza que eu estava doido. E não estava sozinho, tinham vários outros doidos que lotava um estádio inteiro e não paravam de cantar um momento sequer para apoiar o time. Independentemente do resultado. Neste dia em especial o arquirival já tinha construído o placar de 3 tentos a 1 e mesmo tendo passado trinta e tantos minutos do segundo tempo os atleticanos não paravam de cantar! Era uma loucura! Era a Galoucura! Comecei a ser frequentador assíduo do Mineirão. E mesmo quando vinha derrotado, chegava em êxtase tamanha era a emoção sentida por aquela torcida! Mas aqui em Formiga me sentia um pouco fora da realidade. Por que não tem outros fanáticos como eu? Os atleticanos da minha idade gostavam muito sim, mas quando eu os chamava para ir ao Mineirão quase nunca iam. Às vezes iam mais não voltavam em outros jogos. Não conseguia firmar uma turma que animasse a ir a qualquer ocasião, não só quando o time estivesse bem. Foi aí que conheci dois formiguenses atleticanos que não podia era chamar pra ir aos jogos, pois topavam na hora ir a qualquer jogo no Mineirão: Zé Leandro e Titõe. Esse último é sem dúvida o único atleticano que eu conheço pessoalmente que eu posso falar: esse é mais atleticano que eu. Hehehe! Esses dois fazem parte de muitos outros que conheci depois, que como eu, nunca abandonaram o Galo. Apoiamos em todos os momentos ruins. Nunca nem pensamos em jogar a toalha Chegamos até a cair para a série especial... Mas sempre segui firme apoiando! Inclusive nessa fase infernal em 2006, quando eu morava em BH e fui a todos os jogos no Mineirão juntamente com grandes irmãos: Brow e Bôzão Big Big. Enfim uma diretoria que conseguiu aliar competência e paixão pelo clube! Comandados por Alexandre Kalil. Jogadores de ponta foram contratados, o apoio aos jogadores da base foi maior, um centro de treinamento, considerado o melhor do Brasil, foi construído e conseguimos um estádio ao estilo “argentino”, a Independência. Um caldeirão! Essa conquista da Copa Libertadores da América é de todos os atleticanos. Mas talvez ela seja mais ainda dessa geração que não tinha visto grandes conquistas e nem grandes jogadores e mesmo assim continuou firme. E mais ainda, presenciou e apoiou o Clube Atlético Mineiro em seus piores momentos!
Posted on: Sun, 18 Aug 2013 19:13:09 +0000

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