Valença do Minho Por Diogo Cabrita Foi uma experiência - TopicsExpress



          

Valença do Minho Por Diogo Cabrita Foi uma experiência única. Conheci o Partido Socialista de Valença e pude conviver com a Anabela Rodrigues, o Aleixo Gomes, o Luís Brandão, a Cristina Cerqueira, o Óscar Silva, o Luís Amorim e tantos outros. Foi uma equipa, um corpo único, que empenhada e dedicada percorreu o Concelho com o desejo de uma vitória à partida difícil. Fizemos com a ajuda de amigos a prova de que se pode construir uma campanha de qualidade ainda baseada na militância, na convicção. Os jovens apareceram, partilharam e colaboraram. Fizemos dezenas de sessões de esclarecimento e duas enormes festas. Ascendemos a uma exigência de educação e de discurso que nos parecia obrigatória nestes dias de complexa destilaria de ódios e de rancores. As pessoas dividem-se transversalmente do humor bilioso ao sorriso festivo, passando por cólera e gracejo, suspeição constante e provocação ilimitada. Há de tudo. Os que nos recebem zangados com o mundo, os que nos identificam com a história de todos os que governaram os partidos e há os que genuinamente nos acariciam e afagam o ego. Fascinei com as cooperativas de mulheres fabricando volantes, fascinei com os moinhos do Jaime, adorei as árvores do Ladislau, percebi a curiosidade incessante do Guterres, entendi os anseios de muitos comerciantes, temi pelas ruas frequentemente desertas das muralhas, percebi a necessidade de formação para o comércio e a Função Pública, potenciámos as quintas do Amorinho e o STOP 2 a eventos sofisticados e perfeccionistas, apreciei as sinuosidades dos que parecem adeptos de todos ao mesmo tempo, choquei com alguma miséria e algum índice de casca grossa que julgava desaparecido, senti a força dos amargados e dos não amados destilando fel (coitados), vibrei com a onda de convicção que fomos construindo e amarguei como nunca o desaire e o desapontamento que a expectativa construída nos ofereceu de bandeja. As eleições são isto mesmo. Fizemos o nosso trabalho de modo intenso, corpo a corpo, porta a porta, mas não conseguimos desmontar as feridas abertas pelo adversário. “ele não fica”, “ele não quer cá ficar”, atiradas ao coração e edificadas sobre um discurso bem construído, não político, mas certeiro e desmobilizador. É perder pela minudência onde a política está a dormir, onde a convicção e o discurso se apagam. Claro que também há imenso mérito do adversário que foi mantendo proximidade com a população, prometendo e cumprindo algumas vezes, construindo uma ilusão que é mágica e acarreta votos. Eu agradeço ao José Cardoso e ao Vitorino, ao Carlos Vicente e à By the Music, ao Nuno Forte e os Comediantes de Lisboa a força e a amizade demonstradas. Agradeço à JS e ao PS e a todos os que acreditaram, ao Dr. Álvaro Gomes em particular e levo uma lição de vida que não esperava enriquecer de modo tão apaixonado aos 52 anos. Pena ter sentido o tamanho da derrota como um valor de exclusão. Num cenário nacional de derrota do PSD somos dos poucos que fomos pisados por uma vitória daquele partido. Não vergamos, não abandonamos mas lá que esmorece … esmorece.
Posted on: Tue, 01 Oct 2013 21:00:46 +0000

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