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Via Raquel Varela: "Como se pode ver pela autobiografia da empresa, Paulo Bobone, é presidente da Associação Comercial de Lisboa e também um dos proprietários da empresa em anexo. É, ainda, o mesmo Sr. que ontem disse numa rádio, em directo, que quer «fazer desaparecer os estivadores», que carregam e descarregam as mercadorias essenciais à vida de todos nós, da cidade, e aos quais lhes propuseram passar de 1700 euros para 550 euros (eis a razão número 1 da greve em curso). Paulo Bobone é um Pinto Bastos que faz «Agenciamento de Navios há séculos». Eu traduzo: o trabalho árduo deste Sr. é ser intermediário entre os estivadores que descarregam e os armadores que transportam, nada mais do que isto. O seu passado é longínquo, começa como intermediário de escravos, posição que tudo indica quer voltar a manter, embora agora com trabalhadores mais produtivos – os precários. É que um escravo, ao contrário do que se diz por aí, é menos produtivo do que um precário. Um escravo tem que se alimentar e manter – por isso os ingleses foram a favor da abolição – e um precário não. É, dizia numa brutal alegoria Marlon Brando, no mais extraordinário filme que vi na vida, Queimada, a mesma diferença que existe entre ter uma mulher e ter uma prostituta: a primeira tem muito mais custos para o Sr., a segunda só se usa quando se precisa, não tendo que acarretar com a sua manutenção. O Sr. Bobone quer «fazer desaparecer» os 300 estivadores com salários dignos, criar empresas paralelas de contratação de precários (razão número 2 da greve), para garantir a rentabilidade do seu trabalho – «agenciamento»." (convertido para português europeu padrão)
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 18:55:34 +0000

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