XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM TEU IRMAO ESTAVA MORTO E RESSUSCITOU! - TopicsExpress



          

XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM TEU IRMAO ESTAVA MORTO E RESSUSCITOU! Este 24º. Domingo é riquíssimo. Parte da ideia dos filhos que se deixam seduzir, ou pela aventura ou pelo comodismo. O povo é seduzido pelo bezerro de ouro (1ª. leitura: Ex 32,7-11.13-14), Paulo fala de eleição e da misericórdia de Deus (2ª. leitura: 1 Tm 1,12-17) e Lucas descreve o encontro da ovelha, da moeda e do filho perdido (Lc 15). São todos filhos: o povo, Paulo e os dois irmãos. Todos deixam o lugar do aconchego e partem para aventuras. Na primeira leitura Moisés está diante de Deus, mergulhado na visão do paraíso – montanha e nuvem – símbolos da glória de Deus. De repente é sacudido e Deus manifesta sua ira quando vê o povo se prostituindo na adoração a um bezerro de oro. Um povo liberto que se deixa seduzir por um falso deus produzido por suas joias e desejo de segurança. Moisés desce da montanha para retomar com o povo o caminho da liberdade. Toda escravidão é contraria ao projeto de libertação querido por Deus. Na segunda leitura Paulo fala do misterioso dom recebido quando descobre as maravilhas de Deus e deixa de ser perseguidor para ser missionário, tudo pela força do abraço de Deus que o acolhe e se revela como salvador. Ele dá testemunho de sua passagem de perseguidor para perseguido, de contrário a observante e evangelizador. É a historia do filho que deixa o ódio e a rejeição e abraça o projeto do Pai. No Evangelho Jesus está no meio de uma numerosa multidão. Muitos estão ali para ouvi-lo, porém, um grupo de judeus radicais: mestres da lei, pecadores e publicanos, estão no meio da multidão para criticá-lo. Então, ele narra três parábolas. Todas elas falam de perdas e reencontros, escuridão e festa. A primeira é a de um pastor zeloso que tem cem ovelhas. Ele cuida, alimenta e as coloca para repousar. Contudo, uma foge, se perde pelas montanhas, vai à busca de aventuras e pode ser devorada pelos lobos. O pastor, sem hesitar, deixa as 99 no redil e vai em busca da perdida. Ao encontra-la faz festa. Uma mulher perde uma moeda e vasculha toda a casa até encontra-la e comunica a todas as vizinhas em clima de festa seu achado. Dois irmãos, um jovem e atrevido, o outro mais velho e empacado. Um pai compreensivo e rico. E a mãe? Aparentemente não aparece a mãe, porém, ouso dizer que ela está na cena e aparece no momento certo. O filho jovem pede a herança e vai embora na aventura. Busca os amigos, faz festas, experimenta os prazeres que o dinheiro e a jovialidade podem oferecer. Mas, tudo se acaba. Vem a crise, falta a grana para viver. Sem ninguém e sem dinheiro vai em busca de emprego. É um jovem ousado e batalhador. Vai parar no meio dos porcos. Desce à lama, a podridão e disputa com os porcos o alimento. É a experiência do inferno, da morte. Reflete e retorna à casa paterna e pede apenas para ser um empregado. Ai entra a figura materna. É a mãe que, com sentimentos de misericórdia, acolhe, abraça, beija o filho que renasce da morte. E o pai organiza a festa. Cobre o filho com uma roupa nova – homem novo – coloca um anel no dedo dele – renova a aliança – calça seus pés feridos – devolve-lhe a dignidade. Mata o novilho mais gordo, manda os músicos tocarem e a festa toma conta do ambiente. É a festa no céu pelo pecador arrependido. Entretanto, o filho mais velho, se aproxima da casa. Escuta a música, sente o cheiro do churrasco. Aquela casa que nos últimos meses esteve mergulhada na escuridão, agora está radiante. Mais ele não entra. É avisado que o irmão retornou e se sente injustiçado. Novamente a mãe sai ao encontro e diálogo com o filho. Dá os motivos da festa, mas ele não quer saber de nada. Então, o pai entra em cena e recorda ao filho que tudo o que ele tem é dele. Foi o comodismo dele, sua morte na comodidade que não o deixou assumir a própria vida. Assim acontece com muitos de nós. Não conseguimos reconhecer que a vida é uma conquista. É preciso sair do tumulo da comodidade, da mesmice, da mediocridade e aventurar-se. Como disse Jesus a Nicodemos, “é preciso nascer de novo”. Isto quer dizer, sair da lama, do meio dos porcos, do altar do bezerro de ouro e do niilismo e saber voltar à casa do pai e da mãe, da mesma união conjugal da qual nascemos. Que nossas idas para aventuras seja o estimulo constante que nos lança na missão. E que saibamos vencer a mesmice e a aparente fidelidade à casa paterna. Pe. João Mendonça, sdb
Posted on: Sun, 15 Sep 2013 17:06:36 +0000

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