#camarada Adroaldo Bauer Corrêa, QUERIDO Dodô NEM VOU FALAR DE - TopicsExpress



          

#camarada Adroaldo Bauer Corrêa, QUERIDO Dodô NEM VOU FALAR DE FREIOS OU LIMITES QUAISQUER " Cá entre nós, bem baixinho para não alarmar as crianças e incautos, o que está em jogo, para quem não sabia, é a disputa da renda social de caráter público. Desde programas sociais tipo “bolsas”, que têm os limites da socialização compensatória, até isenções fiscais e financiamentos e incentivos a proprietários diversos de meios de produção agrícolas, industriais, de serviços (mesmo concedidos como transporte coletivo e comunicação). Também o sistema financeiro recebe uma beirada via política de juros. Há mais, mas forma uma lista maior que linguiça pra cortar à faca. Nada disso muda o modo de produção. Nada nessa política fere sequer de leve o capitalismo e a apropriação privada da produção social. São apenas recursos oriundos no Orçamento Público ou nos programas estatais de financiamento ao desenvolvimento da economia do país. João Goulart, escolhido pelo voto democrático vice-presidente em chapa informal com Jânio Quadros, o que renunciou pra intentar a farsa de voltar “nos braços do povo”, foi apeado da presidência justo por propor ao Congresso Nacional políticas similares conhecidas na história do Brasil como “Reformas de Base”. Também meras práticas de distribuição de renda sem arranhar o modo de produção capitalista. Sequer a Reforma Agrária, uma trava arcaica ao processo de desenvolvimento da acumulação do capital no Brasil já na dobra do século 20, em 1964, alteraria o modo de produção mais que tornar contemporâneas à época algumas relações sociais já anacrônicas projetadas desde os grotões de donatários mais próximos do escravismo que das liberdades democráticas. A mística de acordar o gigante não é novidade, nem verdade inteira é. O trabalhador rural ou urbano sempre esteve acordado e em movimento intenso para melhorar condições de trabalho, renda ou salário e condições de vida. Também vigilantes e ciosos de privilégios em risco, latifundiários, mesmo a parcela proprietária de terras mantidas improdutivas, embora entrave ao desenvolvimento da acumulação capitalista, foram abraçados por industriais, proprietários de nascentes serviços e concessões, banqueiros emergentes. Assim unidos, associados a assessores externos projetados desde a Embaixada dos Estados Unidos da América do Norte, por Lincoln Gordon, puseram-se a rondar quartéis e marchar com um deus há muito inventado para lhes dar seguidores a desfiar terços contra “o perigo vermelho”, “o petebo-comunismo”, “a república sindicalista”. Toda essa lorota pôs o Brasil de joelhos a rezar pelo protetorado estadunidense aqui representado pela “redentora” de 1º de abril de 1964. Uma escancarada ditadura militar que fechou o Congresso Nacional aboliu partidos políticos, interveio por ocupação nas organizações sindicais e previdenciárias de trabalhadores, nos roubando a ferramenta de organização e o patrimônio material e financeiro acumulado nos fundos de pensão. Jango também ousara cometer o absurdo político de adotar a paridade de vencimentos entre civis e militares, essa casta impoluta de semideuses da República ainda federativa. No poder, revelaram-se pessoas tão comuns e próximas ao slogan de Ademar de Barros (rouba, mas faz) que se viram obrigados a dar um golpe em si mesmo (o golpe dentro do golpe, como fica conhecido o AI-5). Tinham eles também, os generais ditadores e séquito, além dos aliados nos meios de comunicação de massas incentivados desde fora (Globo – Time Life) ou mesmo apenas por verbas públicas de publicidade ainda. Na fúria façanhuda, fecharam o Congresso nacional, extinguiram partidos políticos, cassaram mandatos parlamentares e patentes de militares constitucionalistas, mataram em prisões após torturas. Sobrou até para os aliados-marionetes da primeira hora: o corvo Lacerda entre eles, não porque tivesse sido comunista na juventude, mas por tentar uma frente política com Brizola, Jango e JK por retorno à democracia. Dizia no começo, e era só o que queria dizer, que nas manifestações populares justas que estão a disputar a renda pública, dirigentes e livre-atiradores não podem esquecer que os Estados Unidos da América da Morte ainda tem algum poder no estertor imperialista que vivencia; que donatários, plutocratas e marionetes estão em campo ou mesmo ombreando as caminhadas contra um governo democrático constitucionalmente eleito. Não é canja de galinha caminhar e cantar pra fazer a hora. Quem não sabe aonde quer chegar, pode acelerar retorno rápido a tenebroso passado, típico de quem muda pra que nada mude. Sem pânico, mas atenção a mochileiros molotovs e predadores. O poder almejado não está nas latas de lixo, paredes pixadas ou vidros quebrados. O poder continua no mesmo lugar: na propriedade privada dos meios de produção, hoje agronegociantes, industriais, banqueiros, oligopólios de serviço comerciais ou concedidos, com destaque para os que fazem a opinião mudar do dia pra noite, mesmo sem mudar os objetivos de permanência no controle do leme. Quem pretende acelerar, tem que saber onde vai chegar. Não basta ser piloto se não souber a direção."
Posted on: Tue, 25 Jun 2013 22:59:07 +0000

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