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o verme Imagine que você é um alquimista e está à procura do Santo Graal da cura da espécie humana. Sendo assim, será preciso fazer uns cem números de experiências, pra descobrir o elixir que salvará a espécie de si mesma. Em determinado momento, seu aprendiz desastrado, derruba alguns ingredientes no caldeirão que não deveriam estar lá; entre eles, essência de puxa-saco e a da fofoca. Neste instante a poção começa a borbulhar e soltar um gás fedorento com uma cor estranha, e, então, uma massa começa a surgir e movimentar-se lá dentro, ganhando uma forma tortuosa e bizarra. De dentro do caldeirão surge uma criatura nova, fruto da fusão das duas essências: o cagueta. Pronto, o desastre tá feito. O que se verá é uma série de efeitos danosos que a criatura tenebrosa produzirá sobre qualquer um que estiver em seu caminho. A primeira coisa que o desprezível verme fará, será penetrar em alguma organização, onde sem qualquer escrúpulo, localizará algum chefe boçal e despreparado pra adulá- lo e conquistar seu coração. Logo em seguida começará a manifestar seus poderes disseminando o mal sobre o ambiente. Seu objetivo será atingir o competente e qualificado, já que este é uma ameaça à suas intenções. Isso causará o máximo de desgaste emocional, psicológico e profissional às suas vítimas. A criatura não pode chamar a atenção sobre si mesma, e, portanto, age de forma camuflada, de modo que seu alvo não possa se defender. Como se passará por amigo de todos, fará o possível para que julguem e condenem seu competidor profissional. O ambiente perfeito pro verme do mal é aquele que permita a proliferação da hipocrisia, falso moralismo, e, que na aparência se mostre uma coisa, mas na prática seja outra. Sorrateiro, o delator asqueroso cria situações onde possa abater a pessoa de forma que ela se torne indefesa e impotente contra suas ações. No fundo ele sabe que é inferior ao outro, por isso a covardia é seu método predileto. Desta maneira ganha pontos com o superior desqualificado e consegue ascender, enquanto que ao outro- resta sofrer com os efeitos das mentiras disseminadas. O boato é replicado de forma que pareça verossímil, incontestável, mas não resiste ao confronto. Frases como: “Estão dizendo aí”, “É o papo que está rolando por aí”, “A fonte que me disse é forte, são utilizadas pra capturar o manipulável. Como sua natureza, pela essência, é do mal, não tem escrúpulos e se acha o malandro do pedaço, com sua capacidade de passar a perna nos outros. Por causa do projeto de lodo, o outro terá que amargar o assédio moral que será desencadeado pelas delações, mentiras ou fofocas. Como nessas empresas, este tipo de perfil é desejado, por gestores corruptos, se deixar levar pelo que dizem, não é surpresa alguma; agindo assim, eles vão galgando espaços e atingem seus objetivos a qualquer preço, eliminando rivais e se estabilizando em seus cargos. Os caguetas sofrem de ansiedade: de satisfazer o ego do chefinho e isso significa, pra eles, prejudicar pessoas, e, conforme matéria do jornalista Paulo Ayres, suas principais características são: “acentuada flexibilidade na coluna, pronta para concordar com tudo em forma de complemento oriental; o excessivo derramamento de elogios, sugestões (mesmo descabidas); sorrisos e ternura com o ser protegido, podendo ainda, em situações de contrariedade, tornar-se agressivo na defesa de seu ídolo. Ele é servil, dedicado, submisso, esforça-se ao máximo para agradar, e submete-se a qualquer sacrifício”. Ao que parece a criatura, que saiu do laboratório do alquimista, foi parar onde trabalho e ainda se reproduziu, pois, como vírus que são, há muitos deles, por lá, tentando se arrumar e se dar bem. Curiosamente têm obtido enorme sucesso, incluindo aí a demissão de colegas, por algumas migalhas.
Posted on: Sun, 29 Sep 2013 22:56:15 +0000

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