por Bruno Iauch "A figura em questão tem graduação e mestrado - TopicsExpress



          

por Bruno Iauch "A figura em questão tem graduação e mestrado na área de ciências sociais aplicadas (Direito e Economia). Sua dissertação de mestrado foi sobre o caráter sócio-econômico do sistema soviético. Defendeu seu doutoramento em Filosofia com a tese sobre o materialismo histórico de Marx a Habermas. Esse professor universitário hoje encabeça o gabinete executivo da prefeitura de São Paulo. Ele é proveniente de família comerciante na capital paulista, ramo no qual trabalhou durante toda sua formação acadêmica. Pelas razões supracitadas tenho a inclinação de duvidar que ele não compreende o que se passa nesses dias turbulentos em São Paulo. Conforme os dias de manifestação continuam as contradições vão ficando mais nítidas. A imprensa independente, por também ser atacada, passa cada vez mais para o lado dos manifestantes. Os policiais, muitas vezes também reféns da situação, cometem mais erros frutos de cansaço, estresse e ordens equivocadas. Assim, as denuncias de abusos de autoridade e violência injustificada espalham-se como fogo pelos meios de comunicação. As grandes mídias repentinamente percebem que não dominam a opinião pública como imaginavam. Fica cada vez mais difícil convencer a todos que isso é apenas vandalismo de esquerdistas e universitários desocupados. O problema é maior do que o "trânsito que continua parado na região da paulista". A situação começa a tocar em um ponto crucial. O trabalhador que assiste tudo isso do sofá da sala passa a perceber que esse conflito tem uma relação direta com quem ele é naquela metrópole. Afinal, é ele que sai de casa às 5 da manhã e pega três conduções para trabalhar no bairro do patrão. Não são os vinte centavos, mas a sensação de que ele também tem que dar sua opinião e exigir mudanças. É a sensação de que ele não precisa da autorização do patrão ou do governo para querer melhorar algo na sua situação concreta de vida. O mais perigoso é o que começa a acontecer, a população começa a sentir que pode fazer História. O prefeito Fernando Haddad não cedeu aos manifestantes. Entretanto, alguém se arrisca a dizer que ele não sabe que deixou um crescente barril de pólvora aceso? Qual seria a intenção dele ao fazer isso?"
Posted on: Fri, 14 Jun 2013 16:42:50 +0000

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