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tapirando.wix/2013 O Coletivo Carnavalesco Tá Pirando, Pirado, Pirou! apresenta o enredo escolhido para o Carnaval de 2014: "Acorda, gigante! Uma andorinha só não faz verão" Gostaríamos de convidá-los a compor um samba e a participar das atividades do bloco. Por favor, ajude a divulgar a sinopse abaixo. O coletivo agradece! "Acorda, gigante! Uma andorinha só não faz verão" O Coletivo Carnavalesco Tá pirando, pirando, pirou! já começou a esquentar as baterias para o seu décimo desfile! O bloco que surgiu no bojo do movimento de revitalização do carnaval de rua volta a olhar para as ruas com todo o interesse. O enredo escolhido para o carnaval de 2014 terá como tema as Manifestações de Junho: “Acorda, gigante! Uma andorinha só não faz verão”. Queremos falar sobre os protestos que começaram em São Paulo com a bandeira da revogação do aumento da tarifa dos transportes coletivos e que, em poucos dias, e de maneira absolutamente imprevisível, se espalharam pelas principais cidades do país. Atendendo ao chamado para ocuparem as ruas, milhões de brasileiros, aqui e no exterior, multiplicaram os gritos de indignação. “Não é por centavos, é por direitos!”, dizia um dos cartazes empunhados por jovens que até pouco tempo atrás pareciam alheios aos assuntos políticos. A onipresente pergunta “Cadê o Amarildo?” virou símbolo nacional da luta por direitos humanos das vítimas da violência policial. Mais investimentos em saúde e educação (“Hospitais e escolas no padrão FIFA”, dizia outro cartaz), não à corrupção e à impunidade, pela defesa das minorias, entre tantas outras reivindicações, impossíveis de serem recenseadas aqui. Neste caldeirão fervilhante de narrativas heterogêneas e causas particulares, a sensação comum de descontentamento e de que era preciso urgentemente expressar tal insatisfação em praça pública. Algo de novo aconteceu. Antes das Jornadas de Junho, ninguém poderia imaginar uma mobilização popular de tamanha magnitude sem a presença de partidos políticos, lideranças, comícios ou carros de som. A internet foi um ponto chave, espaço privilegiado para a convocação dos manifestantes. O espaço virtual de encontros promoveu a reunião das pessoas no espaço real das cidades. “Saímos do facebook”, lia-se num cartaz. Mudou também a cobertura midiática dos acontecimentos políticos. Os smartphones proporcionaram a multiplicação dos olhares, fazendo com que a cobertura tradicional da imprensa deixasse de ser o único meio de transmissão do que se passava nas ruas. Cada manifestante com o seu celular podia produzir notícia, fazendo a informação circular em tempo real, sem edições e a partir de um ponto de vista individual. Nas rodas de conversa sobre o enredo do Tá pirando, o fluxo de ideias e imagens jorrou com força. O valor da solidariedade foi lembrado de muitas maneiras. “É preciso cuidar dessa andorinha que está tentando fazer verão sozinha”, disse um participante. Outro lembrou que pensar exclusivamente em si não pode trazer a felicidade individual, e que a felicidade coletiva depende da aceitação da diversidade. “Pra gente melhorar, disse um terceiro, precisa que o outro melhore também”. “Neymar é craque, mas sozinho não ganha a Copa”. Fez lembrar o verso de João Cabral de Melo Neto: “Um galo sozinho não tece uma manhã”. Falou-se sobre o sentimento de injustiça social, “do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas”. O dramaturgo Bertold Brecht foi citado: “Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. Lembraram as injustiças ocorridas nos próprios protestos, casos de jornalistas e manifestantes pacíficos machucados por balas de borracha ou presos arbitrariamente. A força espantosa da reunião de muitos indivíduos irmanados num objetivo comum foi mais um ponto destacado: “Se correr o bicho pega, se unir o bicho foge”; “O elefante só é palhaço do circo porque não sabe a força que tem”; “O gigante é o conjunto de um monte de andorinhas juntas despertadas da sua consciência de que na soma têm poder”. Um trecho de um jongo da Serrinha foi cantado: “Pisei na pedra/ A pedra balanceou/ Levanta, meu povo/ Cativeiro se acabou”. Raul Seixas veio à mente: “Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”. Uma integrante do bloco lembrou que esse foi o espírito que um dia permitiu que a lei Paulo Delgado se tornasse realidade. O elogio da ação política pacífica e a crítica à minoria dos manifestantes que depredaram o patrimônio público, bem como à truculência policial (criticada pelos editoriais de jornais brasileiros e internacionais), também apareceu nas conversas sobre o enredo. Um participante sintetizou: “É protesto pra sacudir mesmo, mas sem violência”. O papel da arte e da imaginação na transformação da realidade social também foi evocado. Albert Einstein foi lembrado: “Se podes imaginar, podes conseguir”. No mesmo diapasão, foi mencionada a canção “Imagine”, de John Lennon: é preciso imaginar outras formas de viver. Para falar da arte como arma política, um participante citou Jean de La Fontaine: “Se se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar uma história. Dessas onde não faltam animais ou deuses e muita fantasia. Porque é assim, suave e docemente que se despertam consciências”. A pressão popular das Manifestações de Junho acarretou alguns efeitos imediatos, como a revogação do aumento das tarifas dos transportes coletivos, o arquivamento do projeto da “cura gay” e o fim do indecoroso voto secreto nas votações para cassar o mandato de legisladores acusados de irregularidades. Há quem diga que as Manifestações representam um marco fundamental na história do país, cujos efeitos serão efetivamente notados nas próximas eleições. Alguns afirmam que a juventude brasileira voltou a sonhar com utopias. Para outros, a mudança mais importante foi a transformação da autoimagem do brasileiro, que deixou de se enxergar como um povo passivo e dócil, que tudo aceita sem reclamar. Mas também há quem diga que, depois de um ronco barulhento, o gigante voltou a dormir em berço esplêndido. Quem saberá? Essa história ainda está por ser contada, e o Tá pirando pede licença para contá-la à sua maneira, com a alegria e a irreverência costumeiras. E na paz! Com a palavra, a imaginação dos nossos compositores. Ah, e antes que a gente se esqueça: na Av. Pasteur a sua máscara é mais que bem-vinda! Entrega do samba: até 20 de dezembro de 2013 A inscrição do samba no concurso pode ser feita pessoalmente nos dias de atividade do bloco, através do email tapirando@hotmail ou do site tapirando.wix/2013 AGENDA do TÁ PIRANDO, PIRADO, PIROU! OFICINA DE PERCUSSÃO: Segundas e quintas, das 10h30 às 11h45 2a-feira: Pátio (IPUB) - Coordenação: Mestre Folia e Marcela Weck 5a-feira: Auditório 1 - Centro de Atenção Diária (IPUB) - Coordenação: Mestre Folia e Pollyanna Ferrari OFICINA DE COMPOSIÇÃO MUSICAL: Segundas-feiras, das 13h às 14h30 - Auditório 1 - Centro de Atenção Diária (IPUB) Coordenação: Lucas Lucas Tiburcio e Pollyanna Ferrari REUNIÃO DA COMISSÃO ORGANIZADORA: Quintas-feiras, das 13h às 14h30 - Auditório 2 - Centro de Atenção Diária (IPUB) Coordenação: Alexandre Wanderley, Marcela Weck e Pollyanna Ferrari IPUB: Av. Venceslau Brás, 71 – Botafogo – Rio de Janeiro.
Posted on: Sun, 06 Oct 2013 19:21:01 +0000

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