trecho do editorial de O Globo de hoje (22/06/2013): "O que era considerado uma virtude da mobilização — sem lideranças visíveis, gerenciada por redes sociais — voltou-se contra o movimento, na hora em que foi necessário um comando para evitar a manipulação das manifestações por outros interesses. O apartidarismo, por sua vez, se converteu em antipartidarismo, reconheceu o próprio MPL em nota divulgada na madrugada de ontem, para explicar o abandono do protesto na Av. Paulista e da própria condução de novas manifestações. O conflito entre apartidário e antipartidário terminou desvendando uma faceta de toda esta mobilização: a existência de uma agenda ultrarradical para além do passe livre, como a proposta de uma “reforma urbana”, fachada de um programa lunático de desapropriação de propriedades privadas nas cidades." --- Percebam, que para as organizações Globo - principal empresa de comunicação social do país - uma agenda política que contemple reformas necessárias há décadas é chamada de "ultrarradical" e a Reforma Urbana, tão necessária ao país, não passa de "programa lunático". Ou seja, para a Globo é importante mostrar que queremos mais saúde, mais educação e menos corrupção (já que encontrar alguém que se declare contrário à essas causas é impossível). No entanto, quando o pedido do povo vai mais além, solicitando propostas concretas para a melhoria desses serviços, trata-se de "passar dos limites", para a Globo e, por consequência, para muitos que a legitimam como formadora de opinião. A Reforma Urbana é primordial, para que tenhamos uma cidade usada por TODOS. Sem Reforma Urbana não se pode pensar em cidade justa, entendida como aquela onde TODOS tem o direito à moradia digna, transporte, lazer, serviços fundamentais à vida. Não por acaso, a 5ª Conferência Nacional das Cidades escolheu como lema: "Quem muda a cidade somos nós: Reforma Urbana Já". oglobo.globo/opiniao/ultrapassou-os-limites-8778550
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 19:32:14 +0000
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