É , não é ? Vários sapatos, de varias pessoas, de vários - TopicsExpress



          

É , não é ? Vários sapatos, de varias pessoas, de vários estilos, mas as tendências continuam influenciando vontades e costumes, tendenciando para o vendável, o consumível (...), não é? Tantos calçados, variando entre, tênis e “meias”, meia-meias, meia-sola... Novos, velhos, porém na moda, não é? Será mesmo que “podemos conhecer as pessoas por seus sapatos?”. Social, preto, feminino, pontudo, gosto ou moda (?), lindo (!), confortável? Saltos, cores, tipos, materiais e misturas que alimentam tantas combinações e estilos... Há os de saltos muito finos, emprestando charme e leveza para as mulheres… “Há os saltados” emprestando altura e um ar futurista, um salto só, como num pulo suspenso, sustentado pela fusão de um “tamanco-de-borracha” com uma “botina-do-arraiá”, porém, muitos usados e já aos meus olhos, comuns... Olhando “o meu próprio rabo”, no caso sapato, penso o quanto eles podem falar de mim... Vejo as bordas laterais, a sola, o lado mais comido do salto, e num “jump”, mergulho onde foram e estiveram comigo. Dessa vez levo-os sem usá-los, e esticando a memória, volto onde fui feliz ou triste, mas não vi sapato nenhum... Acho que, se feliz olhava pra frente, pra cima, pra coisas boas, ou nem tanto, mas com alguma esperança... Se triste, talvez os fitassem, e cabisbaixo com o olhar fixo os olhasse, mas com o motivo que me abatesse assim, sei tudo que não fosse “o objeto de perda”, não seria nada mais do quê, um plano infinito, onde perdido na tristeza, só me achasse assim, triste... Olhando-os, percebi que sapatos só têm presente e futuro, meus acho que sópresente...rsrrsrsrrrrrs... Meus sapatos dizem muito de mim sim! O cadarço, com as pontas desmanchadas, como as de um certo cabelo, que encontro em uma certa cabeça, quando, de vez em quando encontro um espelho... Os bicos esbranquiçados pelos usos e tropeços, como minhas mãos, arranhadas e atropeladas pela vontade de terminar... As laterais, marcadas pelas bordas dos meus pés, como minha camiseta, marcada pela “abóbada” de minha barriga... As solas desgastadas, pela contínua exigência de ir e chegar, como minhas lembranças, pela contínua expectativa de ir e enxergar... Os saltos, que me levantam tortamente, pelo desgaste desigual, como meus sonhos e valores, que elevam mal e “tontamente”, por serem meus, por não serem como os da maioria e por isso não entendidos... A indefinível cor, algo esverdeado-meio-marrom, ou verde-marrom-agonizante, indefinível como meu estilo, “visto o que pego ou pega-me o que visto”... Por todo o conjunto, arranhando, amassado, desgastado, descolorado... Como eu, velho e confortável nesta vida! Meu sapato “minha cara”, é, não é? (Piteco)
Posted on: Sun, 14 Jul 2013 02:53:07 +0000

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