Último drama em Paris faz 20 anos. Deschamps estava - TopicsExpress



          

Último drama em Paris faz 20 anos. Deschamps estava lá LEONARDO BERTOZZI O torcedor francês prefere esquecer o dia 17 de novembro de 1993. Especialmente porque o aniversário de 20 anos da data, neste domingo, chega no pior momento possível. É a lembrança do último fracasso da seleção do país em uma eliminatória: a derrota por 2 a 1 para a Bulgária, de virada, em pleno Parc des Princes. Time de ataque invejável, com Eric Cantona e Jean-Pierre Papin, aquela França conseguiu perder a vaga no Mundial dos Estados Unidos em circunstâncias inacreditáveis. Didier Deschamps, o atual técnico dos Bleus, estava em campo. E tentará, na próxima terça-feira, evitar desfecho semelhante, revertendo a desvantagem de 2 a 0 para a Ucrânia na repescagem europeia. Naquela ocasião, a França dirigida por Gerard Houllier só precisava de um ponto. Podia ter chegado classificada, mas conseguiu perder em casa por 3 a 2 para Israel, seleção mais fraca do grupo, depois de estar vencendo por 2 a 1 até os 38 minutos do segundo tempo. youtube/watch?v=pO2rWCI45PU A decisão ficou para a última rodada. Classificavam-se os dois melhores colocados e a Suécia já estava garantida na primeira posição. A Bulgária, um ponto atrás da França, teria de vencer para tomar a segunda vaga. A noite em Paris parecia ser de festa aos 32 minutos do primeiro tempo, quando Papin ajeitou para Cantona fazer 1 a 0 com uma bela finalização. Mas a vantagem durou apenas cinco minutos. Emil Kostadinov marcou de cabeça, após um escanteio cedido por descuido de Laurent Blanc. Quando o relógio se aproximava dos 45 do segundo tempo, a França tinha uma falta no campo de ataque. Era uma boa oportunidade para prender a bola, mas David Ginola preferiu cruzar na área. A bola foi alta, passou por todos e permitiu o contra-ataque búlgaro. Kostadinov recebeu de Luboslav Penev, invadiu a área e soltou uma bomba, sem chances para o goleiro Bernard Lama. youtube/watch?v=sOk6Ne7nAhc Anos depois, confirmou-se uma história que parecia lenda urbana: sem os vistos necessários para entrar na França, Kostadinov e Penev cruzaram a fronteira com a Alemanha de carro, auxiliados pelo goleiro Borislav Mikhailov e o meia Georgi Georgiev, que atuavam no futebol francês pelo Mulhouse. Com Georgiev na direção, eles passaram por um posto de fronteira mal fiscalizado. A França não teve condições nem tempo para reagir, e acabou fora da segunda Copa do Mundo consecutiva. Houllier, covardemente, tentou jogar Ginola contra a opinião pública, responsabilizando-o pelo resultado. Perseguido pelos torcedores franceses, o atacante deixou o país em 1995, nunca mais jogou pela seleção e construiu uma bela carreira na Premier League inglesa. A classificação transformou os jogadores búlgaros em heróis nacionais, e a campanha na Copa do Mundo de 1994, quando eliminaram a Alemanha para chegar às semifinais, escreveu de forma ainda mais categória na história nomes como Stoichkov (que ganharia a Bola de Ouro no ano do Mundial), Letchkov e Balakov. O auxiliar Aimé Jacquet substituiu Houllier no comando dos Bleus e foi o comandante do título mundial em 1998, tendo no elenco alguns jogadores que estiveram em campo naquela noite de 93: Lama, Desailly, Blanc, Petit e Deschamps. Este último conseguiu a segunda chance como jogador, mas é difícil imaginar que volte a ter chances como treinador da seleção se fracassar desta vez.
Posted on: Sun, 17 Nov 2013 16:14:29 +0000

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