16 de julho próximo a Duque de Caxias Olha o trem! Leio no - TopicsExpress



          

16 de julho próximo a Duque de Caxias Olha o trem! Leio no jornal e na internet que em decisão recente – mas nem tanto – a justiça do Rio determinou a proibição da realização de cultos ou quaisquer manifestações religiosas nos trens da Supervia. O Juízo Empresarial acatou o pedido do Ministério Público, que por sua vez assim procedeu em razão das inúmeras reclamações acolhidas pelo órgão. A justiça fixou ainda multa de cinco mil reais à Supervia em caso de descumprimento da decisão. Não acredito que os cultos – sejam de que corrente forem – devam incomodar os outros. Durante muito tempo, nós evangélicos, entendemos o versículo um de Joel 2 de modo literal: Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, já está perto (Jl 2.1) Fizemos pouco caso ou, na melhor das hipóteses, usamos mal da liberdade que temos para cultuar ao Deus Eterno. Embora seja fato que o mundo e seus sistemas tenham aversão gratuita ao nome de Jesus, verdade é também que nossas atitudes têm colaborado para que a sociedade tenha essa visão equivocada do evangelho que causa mais repulsa que atração. Muito se fala em estratégia, mas no caso do trem faltou exatamente isso. Para muita gente, ser crente é ser chato; é incomodar; é ser inoportuno e intolerante. Certa vez, numa visita religiosa a um hospital público, ouvi o responsável pela enfermaria orientar a todos os que estavam na mesma missão de assistir os doentes para que não orássemos em voz alta nem utilizássemos qualquer tipo de óleo para ungir os pacientes. Pois bastou começar o trabalho para que inúmeros crentes fizessem exatamente o contrário: alguns oravam como se estivessem num culto pentecostal e outros passavam óleo “ungido” em quem viam pela frente. Tudo feito em nome de Jesus. Noutro caso, um grupo de crentes canela-de-fogo entrou num centro espírita e desceu a pancada nas imagens que ali estavam – será que eram descendentes de Gideão? Mas, a despeito desse nosso espírito beligerante, acredito que a decisão da justiça tem também um viés espiritual porque, afinal, a quem interessa impedir que a palavra seja pregada? Por que o ministério público não age com a mesma destreza em outros casos muito mais graves? Por que temos essa indigesta impressão de que a justiça só funciona nesse país quando é parte o mais fraco? Por que o ministério público não ajuíza ação contra a mesma Supervia pelo péssimo serviço prestado à população? Por que o ministério público nada faz em relação ao contrato do Estado com a Barcas S.A., em que esta faz o que quer com o usuário? A resposta é simples: porque é mais fácil alardear que está resolvido o problema dos crentes que pregam o evangelho no trem, do que defender o direito da população que há muito vem sendo desrespeitado
Posted on: Fri, 23 Aug 2013 02:23:34 +0000

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