A Classe Política, relacionando-se às corporações e aos empresários, age, enquanto representante do povo - legalmente falando -, de maneira análoga a como os pais agem com relação aos seus filhos. Ela toma decisões que considera as mais sabias no lugar dos seus eleitores, mas esconde as motivações reais que as impulsionam. Ela insiste no discurso de desejar o melhor para o país e para o povo brasileiro, assim como um pai deseja paz e segurança para o seu lar, e o melhor para os seus filhos. Porém, é do princípio de manutenção da ordem social que se oriunda todas as dissimulações. É do desejo de cada vez mais ter privilégios, que se propaga a exclusão e as desigualdades sociais. É da posição social favorecida que se vê os menos abastados cada vez mais distantes, desprezíveis, meras ferramentas operárias. E são das promessas fraudulentas, que as ilusões se perpetuam; que os pobres continuam pobres, e os ricos se regozijam. É da carnificina simbólica que o homem se afasta cada vez mais de sua espécie, e se aproxima do fruto de suas ambições, indiferente ao sangue derramado. É em meio ao teatro paternalista, que as "crianças" crescem, com a crença de que há um governo que se importa com elas. Pobres "crianças"... Vivem sob o julgo explorador e dissimulador de seus "pais-avôs". Mal sabem elas que podem (e devem) reclamar o direito de "uma verdadeira criação".
Posted on: Sun, 11 Aug 2013 23:55:59 +0000
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