A (IN)GRATIDÃO NO FUTEBOL Um dos maiores sentimentos e de maior elevação como “ser” é a de reconhecimento da ação de outrem, traduzindo-se como “gratidão”, podendo ser externado pelo simples “obrigado”. Esse tipo de retorno que o ser humano pratica perante alguém enaltece o espírito e faz amigos, e é algo socialmente aprovado, gerando boa convivência e fraternidade, que é o objetivo de todos que vivem entre os seus iguais, satisfazendo a dignidade da pessoa. Apesar de tão divulgado pela mídia de que o Brasil está bem “na fita” internacionalmente como potência econômica e que se ampliou a classe “média” (uma falácia, sendo um assunto para outro momento), percebe-se que o futebol, através dos seus clubes, é um instrumento de superação da pobreza no acolhimento de garotos nas suas divisões de base. Então, os Clubes, desde “tenra” idade, preparam os jogadores, alimentando-os, hospedando-os, dando-os conforto e segurança, educação formal através de matrículas em escolas e colégios públicos, assistência médica, enfim, tudo o que os pais não podem oferecer, na maioria das vezes. E isto se torna mais patente na região nordestina, com alto índice de pobreza e cidades com baixos IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano), como fazem os Clubes baianos, especialmente Esporte Clube Bahia e Esporte Clube Vitória. Há de serem gratos os referidos jogadores, mesmo que a sua família não esteja enquadrada em uma situação de pobreza, tendo em vista que os Clubes oferecem oportunidade para uma profissão que poderá “abrir as portas da fama e fortuna”, no país do futebol, a depender da sua sorte, competência e ter um bom empresário. E um bom exemplo é o jogador Daniel da seleção brasileira e jogador do Futbol Club Barcelona, que sempre aparece na internet elogiando o Esporte Clube Bahia e aparece com a camisa desse glorioso Clube. Não há necessidade de se demonstrar o “amor” pelo clube formador, como torcedor, mas, pelo menos, citá-lo e agradecer sempre pelo apoio e sustentáculo quando o jogador era apenas “um” entre milhares de jovens que tentavam uma oportunidade no “mundo da bola”. E isto não aconteceu com o jogador Bebeto, “nosso” tetracampeão mundial de futebol, ao ser entrevistado no dia 16 próximo passado, aproximadamente às 14:00 horas, em um programa esportivo da TV aberta. Bebeto relembrou os seus tempos de jogador do Rio de Janeiro, incluindo os times do “Flamengo” e do “Vasco da Gama”. Porém, em nada comentou sobre o seu clube formador, sobre a Bahia, que tanto o trata com carinho quando o mesmo vem à nossa terra, e sempre a mídia o realça mais do que deveria, tendo em vista que o mesmo, em diversas situações, quando está no “sul maravilha”, “esquece” de sua passagem por estas plagas. É algo maravilhoso quando um filho reconhece o esforço dos pais na sua criação, quando o jogador de futebol menciona o seu primeiro clube ou aquele que o ajudou, na sua maior parte, em formá-lo para as lides futebolísticas, agradecendo pelo que foi oferecido, pois tal sentimento é algo que só faz o ser humano crescer como pessoa quanto a sua essência, demonstrando o amor que existe em seu coração.
Posted on: Mon, 18 Nov 2013 14:06:40 +0000
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