A TERRA DA EXCLUSÃO SOCIAL Os EUA se orgulham de serem a terra da livre iniciativa. O país mais liberal do mundo, no sentido de que qualquer um pode se movimentar dentro da escala social, de acordo com sua capacidade de empreendimento e talento para realizar negócios. Nada mais falso! O modelo liberal do qual tanto se orgulham só serve mesmo para brancos e protestantes de origem anglo-saxônica. Todos os demais grupos étnicos sobrevivem como guetos sociais. Todos os cidadãos norte americanos são enquadrados dentro de um padrão étnico, inclusive os brasileiros que lá estão, mesmo os que "subiram na vida" e fazem muito sucesso. Nossos patrícios estão no grupo dos "chicanos", os hispânicos que falam originalmente espanhol, a grande maioria vinda do vizinho México. Há 40 milhões de negros por lá. A imensa maioria descendente de escravos africanos trazidos para as lavouras do sul, de onde se propagaram pelo país inteiro, após a abolição da escravatura em 1865. Obama não faz parte desses 99%, por que é filho de um estudante de Gana, o qual, terminado seu mestrado, voltou para a terra natal, deixando na América o pequeno Barack com sua mãe branca. Os negros evoluíram muito nos últimos 50 anos, graças às políticas de inclusão social dos governos a partir de Kennedy, incluindo um poderoso programa de Cotas para universidades e empregos, coisa por aqui rejeitada pela elite branca. Ainda assim, os negros formam uma sociedade à parte, com produtos próprios, cultura própria, moda própria e até programas de televisão próprios. Raramente se casam com outras raças. Artistas negros fazem muito sucesso no mundo todo, mas, os primeiros tiveram que provar seu valor em Paris e Londres, antes de subirem aos palcos de Nova Yorque. O tipo de música tradicional dos negros é a "música da alma". Deu-se esse nome por que os negros cantavam os hinos cristãos com inigualável fervor, por que era a única atividade que lhes era permitida, fora do trabalho. Isso gerou inicialmente os hinos cristãos negros, que os brancos chamavam de "spirituals", para diferenciá-los dos hinos respeitáveis e brancos. Na virada dos 1900 vieram o Blues e o Jazz, que geraram o Rithm and Blues, que desaguou no Rock and Roll. Daí pra frente, resultou nessa indústria trilhonária que todos conhecemos. Todavia, a música da alma prossegue em evidência, como o demonstra este cantor negro, Reverendo Albert Greene, popularmente conhecido como Al Green, que faz grande sucesso desde os anos sessenta do século passado.
Posted on: Wed, 17 Jul 2013 09:13:41 +0000
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