A Verdadeira Prosperidade Propósito: “Aquilo a que alguém - TopicsExpress



          

A Verdadeira Prosperidade Propósito: “Aquilo a que alguém se propôs ou por que se decidiu; decisão, determinação, resolução”. A verdadeira prosperidade possui um propósito que vai muito além dos interesses pessoais. Infelizmente, o modelo de prosperidade apresentado em algumas teologias é meramente material e divorciado da ética cristã. Tal prosperidade, além de fomentar o egoísmo, incita o crente a fazer pouco caso do seu próximo, achando-se superior ou “mais abençoado” que este. Além disso, semelhante sentimento impede-nos de participar mais direta e ativamente na obra do Senhor. I. A PROSPERIDADE NÃO É UM FIM EM SI MESMA 1. Deus, a fonte de todo bem. Na cultura pós-moderna, Deus foi transformado em um objeto e o homem em uma mera mercadoria. A busca pelo poder, fama e riqueza converteram-se no principal objetivo desta geração. Com o homem coisificado, não foi difícil transformar o desejo por uma vida próspera em um fim em si mesmo. A “felicidade”, então, passou a ser buscada a qualquer preço. Contudo, para nós, a verdadeira felicidade não vem em razão da posse de bens materiais, mas porque a fonte de todo o nosso contentamento encontra-se em Deus (Fp 4.11). O Criador não é um objeto. Ele é o Todo-Poderoso Deus digno de toda a honra e de todo o louvor. Por conseguinte, devemos servi-lo não por aquilo que Ele nos dá, mas em razão daquilo que Ele é (Jo 6.26,27). Deus é santo, justo, misericordioso e maravilhoso (Sl 8.1-9). Nesse princípio, deve residir toda a nossa alegria e satisfação. 2. Despenseiros de Deus. A Escritura não é contrária à verdadeira prosperidade. Há muitas passagens que mostram o próprio Deus concedendo bênçãos materiais aos seus filhos (Gn 13.2; Jó 42.12). Mas para que a prosperidade não se converta num fim em si mesma, o cristão deve agir como um bom despenseiro daquilo que lhe foi confiado e não se comportar tirânica e arbitrariamente em relação ao que o Senhor lhe concedeu tão bondosamente (2 Co 6.1-10; 1 Co 4.1). Afinal, a autêntica prosperidade bíblica não se resume no acúmulo de bens, mas na suficiência divina. II. A PROSPERIDADE E O SUSTENTO PESSOAL 1. As carências humanas. Todos nós possuímos necessidades e carências (Lc 4.18). Na Oração do Pai Nosso, Jesus ensinou os discípulos a rogar a Deus: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11). O texto bíblico mostra que o Senhor está ciente de todas as nossas precisões. Portanto, não devemos andar ansiosos, pois Ele nos garante a provisão diária. Paulo, que aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação, escreveu: “Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1 Tm 6.8). Esse “sustento” o Pai Celeste garante a cada um de seus filhos (Mt 6.25-34). Paulo não insinua que os crentes serão todos ricos, mas faz questão de mostrar claramente que Deus deseja que vivamos digna e honradamente. 2. O cuidado divino. Jesus exorta-nos a não andarmos ansiosos, pois Deus, além de conhecer todas as nossas necessidades, é poderoso para suprir cada uma delas (Lc 12.22-34). Durante a peregrinação dos israelitas no deserto, o Senhor sustentou-os com o maná diário durante quarenta anos (Êx 16.22-35). Os filhos de Israel, portanto, deveriam crer de todo o coração na suficiência divina e não fazer nenhum estoque daquele alimento, pois Deus era responsável por seu sustento cotidiano. Portanto, não ande ansioso quanto ao comer e ao que vestir: o Pai Celeste está atento a todas as nossas necessidades. III. A PROSPERIDADE NA AJUDA AO PRÓXIMO 1. Um mandamento divino. A Escritura é taxativa ao afirmar: “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19.19b). A Bíblia realça que esse cuidado não pode ser abstrato ou contemplativo; tem de ser prático. Os apóstolos João e Tiago tratam do assunto com muita ênfase. Para João, o amor não deve ser apenas de palavras, mas tem de ser traduzido em obras (1 Jo 3.18). O chamado “apóstolo do amor” chega a dizer que se alguém “tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado”, fechar-lhe o coração, não tem o amor de Deus no coração (1 Jo 3.17). Para Tiago, a fé sem as obras mantém-se no campo da teoria e para nada serve: “Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?” (Tg 2.15,16 — ARA). 2. Uma necessidade cristã. Faz parte de nossa natureza sensibilizarmo-nos com a situação de nossos semelhantes. Isso identifica-nos como irmãos e fortalece os laços fraternais da grande família humana. Todavia, o pecado distorceu nossa imagem e fez-nos egoístas, mudando o nosso foco do “tu” para o “eu”. O salmista tristemente constata: “Não há quem faça o bem” (Sl 53.3). Esse é o estado do homem que vive sob o império do pecado (Rm 11.32; Gl 3.22). Em Cristo, porém, fomos regenerados e o domínio do mal foi destruído (2 Co 5.17). Por isso o apóstolo Paulo exorta-nos a praticarmos o bem e a sermos ricos em boas obras (1 Tm 6.18). IV. A PROSPERIDADE NA EXPANSÃO DO REINO DE DEUS 1. A realidade do Reino. No Sermão do Monte, o Senhor ensinou aos seus discípulos a buscar o Reino de Deus: “Venha o teu reino” (Mt 6.10). Em o Novo Testamento, o Reino de Deus possui uma realidade presente e outra futura. Ele já está em nosso meio, mas ainda não em sua plenitude (Lc 17.20,21). Por conseguinte, o crente tem de participar ativamente da expansão da obra de Deus até aos confins da terra. Para que isso aconteça é necessário conscientizarmo-nos de que nossos recursos e bens devem ser postos à disposição de Deus. Ele fez-nos prósperos e espera que nos mostremos agradecidos, investindo em seu Reino (2 Co 9.6,7). 2. A expansão do Reino. Como o Reino de Deus expandir-se-á se não estivermos dispostos a investir em tal ação? Infelizmente, muitos cristãos ainda não se conscientizaram de que a obra de Deus é feita também com dinheiro (Fp 4.10-19). Infelizmente, há muitos projetos missionários interrompidos simplesmente porque não há quem esteja disposto a mantê-los financeiramente. O que seria de nós se irmãos de outras nações não tivessem investido em nossa evangelização? Portanto, não podemos esquivar-nos de nossa responsabilidade diante de Deus. CONCLUSÃO Nesta lição, aprendemos que não podemos perder o foco da verdadeira prosperidade. A questão não é somente prosperar, mas para quê prosperar! Será que o nosso trabalho, dinheiro e bens estão de fato atendendo aos propósitos divinos ou estão apenas servindo ao nosso regalo pessoal? Qualquer ideia de prosperidade para manter-se dentro do padrão exposto na Bíblia deve levar em conta o Reino de Deus e a responsabilidade social que temos com o nosso próximo.
Posted on: Fri, 01 Nov 2013 16:04:29 +0000

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