A história de uma farsa – Capítulo 9 A OUTRA FACE DO - TopicsExpress



          

A história de uma farsa – Capítulo 9 A OUTRA FACE DO MENSALÃO – DE PAULO MOREIRA LEITE (Editora Geração) é um livro que deve ser lido por todos aqueles que busquem uma análise criteriosa dos mensalões. Veja abaixo o porquê da recomendação. A mídia é descrita como o quarto poder. Essa expressão refere-se ao poder dela quanto à capacidade de manipular a opinião pública, a ponto de ditar regras de comportamento, influenciar as escolhas dos indivíduos e, por fim, as da própria sociedade. Cabe aqui uma alusão a um princípio jurídico: o do contraditório e da ampla defesa (tratado pelo artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal). Ele pode ser sintetizado como “ouça-se também a outra parte”. No Brasil, a imprensa conservadora impõe o pensamento único, porque é cartelizada e, em se tratando de política, defende, uníssona, a direita radical. A questão, contudo, não é o partidarismo dela, mas o fato de agir sem escrúpulos e, na defesa dos seus interesses, manipular a formação da opinião pública. Lembremo-nos de um senador há pouco tempo difundido como o paladino da moralidade, um dos três mosqueteiros... Já era tido como presidenciável, quando se afogou em uma cachoeira, onde uma periódica bebia com frequência, suprindo-se de material para compor as suas publicações. Ela, portanto, não estava enganada, enquanto promovia a imagem do senador. Enganados foram os leitores seus leitores. Sem uma agenda positiva, incapaz de oferecer respostas aos anseios da população, ante a perspectiva de nova derrota eleitoral, a direita radical, através do PIG, partiu para os golpes baixos, para o denuncismo, uma prática antiga dos golpistas. Concentremo-nos nos mensalões: 1. Silêncio com relação ao mensalão do PSDB, apelidado convenientemente de mensalão mineiro. Este é o primogênito. Mas a campanha foi – e continua sendo – para deixá-lo no esquecimento (até hoje, não se sabe a data do seu julgamento). 2. Ataque feroz ao mensalão do PT. A parcialidade foi e tem sido a tônica. Antes do julgamento, já propagava condenações exemplares (?). Condenações antes da aferição da consistência das acusações, da qualidade das defesas, podendo privar da liberdade pessoas inocentes, ou agravar penas, no caso de culpabilidades provadas? 3. Infelizmente, muitos partidários da direita foram contaminados pelo clima criado pela imprensa conservadora. Já não se buscava o julgamento imparcial, por tribunais de direito, passou-se a querer o justiçamento. A irracionalidade tomou conta de muitos debates 4. O STF acusou o impacto midiático, infelizmente. O seu novel ministro, Luís Roberto Barroso, considera a atuação do STF no mensalão como um ponto fora da curva. Tomara que ainda haja tempo de corrigirem-se os excessos. 5. Para a questão do contraditório, é de toda a conveniência a leitura do livro A Outra História do Mensalão, de Paulo Moreira Leite.
Posted on: Sun, 09 Jun 2013 13:07:33 +0000

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