A sabedoria dos Movimentos Sociais foi considerada pela Câmara - TopicsExpress



          

A sabedoria dos Movimentos Sociais foi considerada pela Câmara Legislativa do DF. Mesmo não residindo mais no DF acredito que essa é uma das maiores ações do legislativo local nos últimos tempos. Tive a imensa honra de conhecer Renato em 1992 nos corredores da FE-UnB, apresentado por Airan Almeida de Airan Almeida Lima. Foi ali o primeiro abraço e o primeiro convite para conhecer o Projeto de Alfabetização do Paranoá. Esse gesto, esse contato, esse local, o afeto, o mestre e todos os desdobramentos deste encontro mudaram os rumos da minha vida. Sou um dos sujeitos políticos e epistemológicos que Renato fala e contribui para constituição. Em cada contato, cada leitura, cada lembrança do meu Mestre, me constituo um pouco no sujeito amoroso defendido por ele, pois as palavras, o sorriso e a atenção despendida por Renato às diversas e diferentes pessoas que cruzam com ele acaba gerando uma atmosfera formativa inexplicável. Tive o prazer de estar com ele no início de agosto em Cruz das Almas, BA, durante o Simpósio Baiano de Licenciatura. Na oportunidade Renato marcou a sua passagem pelo Recôncavo da Bahia. Antes os colegas cumprimentavam a mim e a minha esposa Leila Damiana e sempre lançavam a pergunta: E os meninos? E a família como estão? Agora acrescentam: E o professor Renato? Como está? Tem contato com ele? Manda um abraço. Dentre as várias histórias de valorização da dimensão humana exalada por Renato em três dias por aqui, vou relatar duas. A primeira me foi dita por uma professora da UFMA: “ele é fantástico! Quando chegamos para o café ele já tomou o dele e nos recebe com um doce sorriso e um caloroso abraço. Não tem dia que fique ruim assim”. O outro episódio foi da “venda” dos livros. Renato perguntou a mim e a uma colega sobre o valor da venda, pois percebeu que mesmo repassando o desconto que adquiriu da editora o valor ficaria alto para o público do Simpósio. Então decidiu assumir R$ 10,00 de cada livro para poder atender ao público. Chegando ao momento do lançamento Renato falou um pouco sobre a obra e arrebatou: “olhem... como quero que leia o livro e levem um pouco de mim com vocês, o que puderam me dar de R$ 0,00 a R$ 30,00 aceito como pagamento”. Fiquei parado tentando absorver e entender aquele gesto. Mas, ao observar o movimento, logo entendi a grandiosidade do gesto. As pessoas se encantavam com a atenção em cada dedicatória dada; as alunas (os) se cotizavam para darem pelo menos R$ 10,00 pelo livro e, muitas deixavam transparecer e até verbalizavam que era a primeira vez que compravam um livro e, principalmente, direto das mãos do autor. São esses momentos lindos, somados a vários outros nestes 27 anos de caminhadas na capital federal que justificam o merecimento do título de cidadão honorário do DF. Infelizmente não me farei presente, mas o meu coração, o da Leila, do Luiz Kleber e do Emanuel estarão ao lado do seu e do de Ângela neste dia e em todos os outros. Um abraço do seu eterno aprendiz, amigo, irmão e filho. Kleber Peixoto de Souza.
Posted on: Tue, 03 Sep 2013 02:49:01 +0000

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