AJUDANDO O PRÓXIMO SÉRIE: " de graça recebestes, de graça dai! Mateus 10:8 Este é um assunto que pode gerar muita discordância entre os irmãos, até porque “os pobres sempre tendes convosco”, como disse o Senhor Jesus, portanto, as dúvidas em torno deste assunto também sempre estarão conosco. E é comum verificar pontos de vistas variados entre irmãos, a proposta é lançar a luz da palavra e das experiências para clareza e edificação neste assunto delicado. Gostaria de expor o ponto de vista a esse respeito, de alguém que já ajudou e foi ajudado, ao longo de 29 anos convivendo com irmãos em várias cidades e contextos, não se tratando de experiência vivida em uma única localidade e congregação, mas no relacionamento com as pessoas. É preciso um olhar das duas pontas da questão e isto é importante, pois geralmente quem se coloca na posição de ajudar, pode tender a exercer ações que não devem estar incluídas na ação do ajudador, e a pessoa na posição de ajudado também. Já errei nestas questões estando nos dois lados, e tenho algumas considerações á respeito no sentido de errar menos. Primeiramente é importante ter clareza da situação da pessoa necessitada, saber que trata-se de alguém já fragilizado com a própria situação, portanto, é preciso cuidado para que junto com a ajuda, não se venha a “pisar a cana que fumega”. Mat.: 12:20 “ Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega,” Tomei emprestado este texto, para dar sentido a alguém em situação de dificuldade sobre a qual não se deve impor condições que venham a fazê-la sofrer mais ainda no lugar de lhe ser por alívio. Não se deve assumir uma postura de gerência na ajuda ofertada, indo além do que se deve, acabando por fazer algo além do que apenas amparar ao irmão, é necessária uma postura de mordomo, dar sem querer “saber com a minha mão esquerda, o que faço com a direita”, mas desprendimento total da oferta apresentada. Não deve-se ser coadjuvante na ajuda, e estar sem pretensão de receber consideração de quem se ajuda. Também é importante entender diante de quem se está, pois trata-se de pessoa, que semelhantemente, é um filho de Deus, um príncipe, um co-herdeiro, um no qual, também é habitação do próprio Deus, Criador e Senhor de todas as coisas, inclusive de todo recurso, logo, não devo assumir postura de superioridade, ou uma postura de negligência em relação á princípios que deve-se seguir em relação a qualquer irmão, ou seja, se não se pode falar mal, ou se pôr em dúvidas o caráter de um pastor ou líder, ou de uma pessoa que desfruta de boa reputação e por qualquer motivo, levantar suspeitas a respeito de uma pessoa assim, tampouco deve-se fazê-lo com alguém que esteja na condição de necessitado. Por causa de sua situação, dificilmente alguém irá repreender alguém por qualquer comentário maldoso que se faça, e é verdade que, é mais fácil alguém se colocar na defesa de outro, cujo caráter e reputação parecem ilibados, do que de uma pessoa que tem a característica de estar sempre contando com a ajuda de alguém ou da bolsa da igreja, e isto é pecado. Fazer isto com pessoas que tem condições de defesa, menos mal, porque se ouvirá algumas verdades, mas fazê-lo com pessoa que já está em condição de não ser ouvido e que talvez jamais venha saber que é alvo de comentários, é no mínimo, covardia. Portanto deve-se considerar esta pessoa com honra tal, da qual vem a ser merecedor, tanto quanto qualquer irmão.
Posted on: Fri, 06 Sep 2013 16:10:10 +0000
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