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ATENÇÃO! Aos estudantes do V. R e do SACRÁ!!! Anacoluto Figura de sintaxe que consiste em interromper uma frase iniciada, geralmente após uma pausa, e retomá-la através da mudança de construção sintática. Enquanto figura de estilo, tem como objetivo realçar a expressão interrompida, na medida em que a coloca como tópico, ainda que não continuado, da frase. No exemplo que se segue, a expressão interrompida é retomada na construção frásica seguinte através do pronome elas. No entanto, devido à reorganização sintática do discurso, a expressão interrompida, que parecia vir a assumir a função de sujeito da frase, é recuperada sob a forma de complemento circunstancial. "Umas carabinas que guardavam atrás do guarda-roupa, a gente brincava com elas, de tão imprestáveis." (José Lins do Rego, Menino de Engenho, Rio de Janeiro, José Olimpio:136 ) "Este povo, que é meu, por quem derramo As lágrimas que em vão caídas vejo, Que assaz de mal he quero pois que o amo, Sendo tu tanto contra meu desejo Por ele a ti rogando choro e bramo, (...)" (Camões, Os Lusíadas, II, 40) Os anacolutos são frequentes na oralidade, uma vez que o carácter imediato e não planificado da fala espontânea conduz a reorientações sintáticas nas construções frásicas. Seguem-se portanto, alguns exemplos disso: O João, ouvi dizer que o convidaram para fazer uma campanha publicitária. Eu, não sei, [X] pareceu-me que ouvi um barulho estranho. No primeiro caso, o sintagma nominal "o João" é retomado não como sujeito da frase, como se esperaria pela sua posição inicial, mas como complemento direto pronominalizado. No segundo caso, o pronome pessoal da primeira pessoa "eu" com função de sujeito é retomado pelo pronome clítico com função de complemento indireto "me". Hiperonímia e Hiponímia A hiperonímia tem sentido amplo, e a hiponímia... mais restrito A hiperonímia é representada por aquelas palavras que dão ideia de um todo, isto é, de significado mais abrangente. No exemplo que vimos, a palavra “esporte” se caracteriza como a hiperonímia. Já a hiponímia representa o grupo de palavras que se associam àquela de sentido abrangente. Ainda falando do exemplo anterior, as palavras “vôlei, basquete e futebol” integram as modalidades esportivas que há - o que significa dizer que se trata da hiponímia. Anáfora e catáfora Anáfora (ou termo anafórico) é qualquer tipo de referência que retoma algo já citado, enquanto catáfora (ou termo catafórico) é um termo que vai apresentar algo que ainda não foi dito. Vejam a questão abaixo, retirada da prova para Delegado GO de 2008: QUESTÃO 9 No trecho “de modo análogo intervém a fortuna, a qual manifesta seu poder onde não há forças organizadas que lhe resistam” (linhas 16-17), as palavras em destaque apresentam, respectivamente, referentes a) anafórico e anafórico. b) anafórico e catafórico. c) catafórico e anafórico. d) catafórico e catafórico. Ex.: 1) O João está doente. Vi-o na semana passada. Aqui, o pronome pessoal o é o termo anafórico, referencialmente dependente, que retoma o valor referencial do grupo nominal o João. Ex.: 2) A Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa. Aqui, o termo anafórico é o grupo nominal o animal, que retoma o valor referencial do antecedente o cão. É a relação de hiponímia/hiperonímia entre cão e animal que suporta a co-referência. Ex.: 3) A sala de aulas está degradada. As carteiras estão todas riscadas. Aqui, a interpretação referencial do grupo nominal as carteiras depende da sua relação anafórica com o grupo nominal a sala de aulas. Entre os lexemas em causa, há uma relação parte-todo (ver meronímia e holonímia) que sustenta a relação anafórica. 1. Coesão Termo que designa os mecanismos linguísticos de sequencialização que instituem continuidade semântica entre diferentes elementos da superfície textual. Esses mecanismos envolvem processos léxico-gramaticais diversos, dos quais destacamos as cadeias de referência, as reiterações e substituições lexicais (coesão lexical), os conectores interfrásicos (coesão interfrásica), a ordenação correlativa dos tempos verbais (coesão temporo-aspectual). A unidade semântica do texto é assim garantida por uma organização formal que permite articular e interligar sequencialmente diferentes componentes. 2.Coerência Lógico-Conceitual Um texto é coerente se as situações nele recriadas forem conformes àquilo que sabemos acerca do mundo e se forem respeitados alguns princípios básicos de natureza lógico-conceitual. A coerência não releva, portanto, do plano estritamente idiomático. Se se disser "As ruas estão molhadas porque não choveu", produz-se um texto incoerente, porque se estabelece um nexo de causalidade que entra em ruptura com a nossa apreensão cognitiva do mundo. Há três princípios gerais que devem ser respeitados na estruturação de um texto coerente: - a não contradição, - a não tautologia e a relevância. Estes princípios funcionam como construções de natureza cognitiva, lógico-conceitual, que suportam a coerência de um texto. 1. O princípio da não contradição exclui de um texto que se pretende coerente a representação de situações logicamente incompatíveis: não será coerente um fragmento do tipo “O número 3 é ímpar e é par”. 2. O princípio da não tautologia implica que um texto coerente não seja informativamente nulo. No fragmento “As viúvas só recebem 50% das pensões do respectivo marido. Só têm direito a 50% do dinheiro que o marido recebia em vida”, a derrogação do princípio da não tautologia dá origem a uma taxa de redundância inaceitável num texto coerente. Um texto coerente deve conter alguma informação. A repetição das mesmas ideias por palavras diferentes torna o texto excessivo e rebuscado: Um jantar abundante ...um banquete, uma copiosa refeição... Tautologia é o vício da linguagem que consiste em repetir a mesma ideía por palavras diferentes 3. O princípio da relevância exclui a representação de situações/eventos que não estejam relacionados entre si. O que distingue um texto coerente de um conjunto heteróclito de enunciados é justamente o fato de, no primeiro, se recriarem situações que se interligam (espacial ou temporalmente, ou em função de conexões de diversa ordem: causa/consequência, meio/fim, contraste, etc). A festa estava ótima. Os donos da casa receberam-me com toda a amabilidade e simpatia. Esperei muito antes que chegassem os meus amigos, pois chegaram, finalmente, atrasados, mas alegres, como sempre. Por fim divertimo-nos muito, apesar de tudo. (Será necessário seleccionar a informação relevante e suprimir aquela que pode estar implícita.}
Posted on: Thu, 11 Jul 2013 02:09:51 +0000

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