ATENÇÃO QUERIDOS ALUNOS DA EJORB (3ºs ANOS QUE SE INTERESSAREM) - TopicsExpress



          

ATENÇÃO QUERIDOS ALUNOS DA EJORB (3ºs ANOS QUE SE INTERESSAREM) E COLÉGIO VENCEDOR!! ÚLTIMAS POSTAGENS (Não por morte minha e nem de vcs, Oxalá ... rsrsrsrssr) PARA O ENEM!! APROVEITEM!! Islamismo (1): O monoteísmo entre os árabes É comum, nos dias de hoje, ouvir-se falar em árabes e islamismo, ou em muçulmanos, como se essas palavras fossem sinônimos. Na verdade, elas têm significados diferentes, embora estejam diretamente relacionadas entre si. É preciso, portanto, compreender melhor esse relacionamento para desfazer a confusão e entender com mais clareza alguns fatos da atualidade, como os frequentes atentados terroristas cometidos em nome da religião islâmica - apesar de os preceitos do islamismo, como o de várias outras religiões, serem essencialmente pacifistas. Os árabes são um povo que se desenvolveu na península Arábica, uma vasta região localizada na junção dos continentes africano e asiático. Ao longo da Idade Média, porém, os árabes se expandiram e formaram um grande império. Sua cultura, que tem como principal característica a crença no islamismo, foi então assimilada por diversos outros povos. Vamos acompanhar o desenvolvimento dessa história para compreender porque se pode falar, hoje, na existência de um mundo árabe. A península Arábica pode ser dividida, mais ou menos, em duas áreas geográficas: a sudoeste encontra-se uma região montanhosa e fértil, irrigada por vários riachos, com bons índices de pluviosidade e banhada pelo mar Vermelho. O restante do território é formado por desertos, onde existem oásis esparsos. É esse o cenário onde os árabes surgiram e se desenvolveram há milênios. Até meados do século VII, esse povo não se organizava em um Estado centralizado, mas se dividia em dezenas de tribos independentes. Cada uma delas, era composta por clãs (grandes famílias) unidos em torno de um líder (o sheik), escolhido por seus membros. Cada tribo tinha o seu próprio deus e o seu próprio código de ética. Para os árabes, a tribo vinha em primeiro lugar: qualquer ameaça a qualquer um de seus integrantes eram considerada uma ameaça coletiva. Cada membro da tribo tinha a obrigação de cuidar dos outros. Não existia espaço para o individualismo. A maior parte da população árabe era formada pelos beduínos, pastores e comerciantes nômades que viviam no deserto. Essas tribos em especial, devido à grande dificuldade de sobrevivência numa região inóspita, se enfrentavam constantemente, travando lutas intermináveis pelo controle dos oásis e praticando as razias, ou seja, os saques às outras tribos. Já os grupos tribais que se estabeleceram na região fértil do sudoeste puderam desenvolver a agricultura, tornaram-se sedentarios e fundaram cidades. No final do século VI, a cidade de Meca (na atual Arábia Saudita) se tornou a mais importante delas. Era controlada pela tribo dos coraixitas, que desenvolveram um rico comércio. Além disso, Meca era também um centro de peregrinação religiosa, pois ali se encontrava a < >Caaba, o mais importante dos templos árabes. Esse templo, em formato de cubo, na época, abrigava os ídolos das várias tribos. Segundo a tradição, foi construído por Abraão e seu filho Ismael num tempo muito remoto, o que demonstra ser única a origem de árabes e judeus, sendo ambos os povos semitas. Na Caaba era proibido qualquer tipo de hostilidade, o que beneficiava as atividades mercantis, características dos árabes em geral. Tanto os beduínos do deserto quanto os que viviam nas cidades desenvolveram um intenso comércio com as regiões vizinhas: os povos do litoral africano, os persas, os bizantinos e os judeus. Em cada cidade árabe, era comum existir pequenas comunidades de estrangeiros que viviam do comércio internacional. Maomé e o Islã Maomé (Muhammad ibn Abdallah) nasceu em Meca, em torno de 570 d.C.. Era membro da tribo dos coraixitas, mas fazia parte de uma família empobrecida, os haxemitas. Tornou-se comerciante e, desde pequeno, conviveu com pessoas de diversas culturas. A tradição diz que somente ao se casar com uma viúva muito rica (Khadija), Maomé pôde ter um conforto material. A partir de então, passou a se retirar para as regiões montanhosas a fim de meditar sobre as diversas culturas e religiões que conhecia. Conta-se que sempre teve um espírito inquieto, era um grande observador, além de questionador. Em 610, num retiro no Monte Hira, Maomé acordou no meio da noite sentindo uma presença arrebatadora: na sua frente viu um anjo (que mais tarde se identificou como o arcanjo Gabriel) que lhe ordenava: “Recita!”. Maomé pensou que estivesse enlouquecendo. Tentou se livrar daquela presença, mas, para todos os lados que corria, deparava com o anjo dizendo: “Recita!”. Porém, ele não compreendia a ordem do anjo, pois não era um recitador (um tipo comum de adivinho no mundo árabe da época). O anjo, então, o abraçou fortemente, de modo que o homem sentiu o ar sumir de seus pulmões. Mesmo assim, Maomé resistiu a mais dois abraços. Depois do terceiro, Maomé, embora sem fôlego, abriu seus lábios e começou a falar de coisas sobrenaturais das quais jamais teve consciência. Dessa forma surgiram as primeiras palavras divinas na língua árabe (que se tornou uma língua sagrada, assim como o latim para os católicos ou o hebraico para os judeus): Recita em nome do teu Senhor que criou; Criou o homem de um coágulo. Recita que teu Senhor é Generosíssimo, Que ensinou através do cálamo, Ensinou ao homem o que este não sabia!” A partir dessa ocasião, Maomé passou a comunicar-se com o arcanjo Gabriel e, numa espécie de transe, recitava as palavras divinas para os membros de sua família, que as interpretavam como se Alá (Al- Lá: “o Deus”) estivesse falando através dele. As palavras ditas por Maomé eram poéticas, de uma beleza tão envolvente, de uma verdade tão contundente, que ele passou a ser considerado um profeta e a ter muitos seguidores. Por mais de três anos, Maomé relutou em defender a crença no Deus único, que o arcanjo Gabriel lhe impunha, pois sabia que as tribos não aceitariam um poder que fosse maior e que pudesse agir além de suas próprias condutas religiosas e éticas. Mas, a cada aparição, o arcanjo era mais enfático: era necessário defender e propagar a crença monoteísta entre os árabes. Dessa forma surgiu, segundo a tradição, uma nova religião que se chamou Islã (ou islamismo), que em português significa “submissão”. O seguidor do Islã se chama muslin (ou muçulmano), “fiel, crente”. Maomé passou a ser considerado o “selo dos profetas”, ou seja, o que veio depois de todos os profetas judeus e cristãos (Cristo é visto como um profeta pelos muçulmanos), para finalizar a revelação divina. Enquanto Maomé recitava as palavras de Alá, alguns poucos ouvintes alfabetizados as escreviam. Daí surgiu o livro sagrado do Islã, o Al – qurãn (Corão ou Alcorão), que quer dizer “A Recitação”. (O livro sagrado é considerado de tamanha beleza poética que somente os que compreendem a língua árabe podem perceber seu encantamento e poder de persuasão). A Hégira e a formação do Estado Árabe A partir do momento em que Maomé enfatizou o caráter monoteísta de sua religião e a necessidade de os muçulmanos divulgarem as palavras divinas, os coraixitas (elite dominante de Meca) passaram a perseguir Maomé e seus fieis, pois não viam com bons olhos a crença no Deus único do islamismo. Temiam a diminuição das peregrinações religiosas a Meca, assim como dos lucros comerciais que elas proporcionavam. Em 622 d.C., Maomé recebeu um convite dos habitantes de Yatrib, cidade que ficava a 10 dias de viagem a pé de Meca. Lá duas tribos rivais (aws e khazraj) viviam em conflito há muito tempo, o que as estava destruindo. As duas decidiram pedir orientação a Maomé, que para lá se dirigiu, pacificando-as. Esse episódio é conhecido como Hégira (“emigração”, “fuga”), e marca o início do calendário muçulmano. Em Yatrib, Maomé organizou a primeira grande comunidade islâmica, e a cidade passou a se chamar Madinat al Nabî (ou Medina “cidade do profeta”). Desse momento em diante, os muçulmanos de Medina tiveram que enfrentar os ataques de diversas tribos politeístas. Uma série de batalhas se sucedeu e várias tribos foram conquistadas e convertidas ao Islã, embora muitas outras tribos tenham se convertido por vontade própria à nova religião. Em 630, Maomé, a frente de um poderoso contingente militar, conseguiu tomar Meca, pondo fim às guerras intertribais e instaurando o Estado Teocrático Árabe, do qual se tornou o líder político e religioso. O profeta, com suas próprias mãos, destruiu todos os ídolos tribais da Caaba, transformando-a no mais importante templo do Islã. Para não entrar em atrito com as tradições específicas das diversas tribos, Maomé permitiu que continuassem a segui-las, desde que se comprometessem a cumprir as cinco obrigações do islamismo, o que acabou por unificar todas as tribos em nome de Alá. Assim formou-se a Ummah (Comunidade Muçulmana), o que de certa forma, manteve o principio cultural das tribos árabes: a ummah era mais importante do qualquer indivíduo, todos eram responsáveis uns pelos outros e qualquer um que se colocasse contra as palavras do profeta era considerado um criminoso. As cinco obrigações islâmicas 1) crer em Alá como deus único e em Maomé como seu último profeta; 2) orar cinco vezes ao dia com a cabeça voltada em direção a Meca; 3) dar esmolas; 4) jejuar no Ramadã (nono mês do calendário islâmico); 5) toda pessoa saudável deve visitar a Caaba (em Meca) pelo menos uma vez na vida. Islamismo (2): O Império Árabe Érica Turci Maomé unificou as tribos árabes sob um único Estado baseado na religião islâmica e se tornou o primeiro chefe político e líder religioso da comunidade muçulmana (a ummah). Desde então, para os árabes, a política e a religião estão interligadas: para um muçulmano ser um bom cidadão deve seguir as palavras sagradas de seu profeta Maomé. Quando Maomé faleceu, em 632, os árabes não sabiam como a ummah deveria se organizar sem a liderança do profeta, sequer sabiam quem seria seu sucessor. Os árabes não conheciam o principio de sucessão hereditária, já que, em suas tribos, os líderes eram eleitos. Além disso, os filhos homens de Maomé tinham morrido quando ainda eram crianças. Alguns muçulmanos chegaram a propor que o sucessor (califa) deveria ser Ali ibn Abi Talib, que era primo do profeta e, também, era casado com Fátima, uma das filhas de Maomé. No entanto, a ummah escolheu um dos sogros de Maomé, Abu Bakr, como califa, já que ele tinha sido um dos primeiros a se converter ao Islã. Durante o curto governo de Abu Bakr (632-634), diversas tribos buscaram retornar à sua independência tradicional. Então, Abu Bakr se dedicou à tarefa de reconquistar as tribos através de guerras que acabaram por ultrapassar o próprio território dos árabes. Por essa época, dois grandes impérios cercavam a península Arábica: o Persa e o Bizantino, mas tanto um quanto o outro estavam enfraquecidos, depois de décadas de batalhas. Abu Bakr, então, iniciou a conversão dos árabes que viviam dentro das fronteiras desses impérios. Umar ibn al-Kattab, ou simplesmente Omar , também um dos primeiros seguidores de Maomé, foi indicado por Abu Bakr como segundo califa e governou entre 634 e 644. Omar foi responsável pela expansão árabe-muçulmana, conquistando a Síria, a Palestina, o Egito e parte da Pérsia. Omar foi sucedido por Uthman ibn Affan (644-656) e foi sob o governo desse califa que o texto oficial do Corão foi confeccionado e as conquistas árabes ampliadas pelo norte da África e pela Ásia Menor, além de a Pérsia ter sido definitivamente dominada. Com as guerras de conquista, os califas puderam unificar ainda mais os árabes, pois canalizaram a sua cultura bélica e as razias (saques) para fora do Estado Árabe. O ideal que norteou essas conquistas é chamado de jihad, ou seja, o “esforço”, a “perseverança” dos muçulmanos na palavra de Maomé, e a necessidade de espalhá-la pelo mundo, mesmo que através da guerra. De maneira geral, os povos conquistados aceitaram o domínio árabe, já que passaram a ser muito menos explorados do que eram na época do domínio persa e bizantino, e poderiam manter suas culturas e formas de vida tradicionais. Os cristãos e os judeus (considerados “Povos do Livro” e fiéis ao mesmo Deus) recebiam tratamento especial. A princípio, os árabes não interferiram na forma administrativa dos povos dominados, somente os obrigavam a pegar impostos. Nem mesmo a conversão ao Islã era incentivada, pois isso transformaria o convertido em um membro da ummah, o qual não poderia ser excessivamente tributado, com uma consequente redução dos rendimentos dos árabes. Apesar da resistência árabe em aceitar a conversão, isso acabou ocorrendo, tanto pela força da guerra, quanto pela força da palavra sagrada do profeta, ou até mesmo porque o novo convertido tinha interesse em se livrar dos inúmeros impostos cobrados. Assim, a partir desse momento, ser muçulmano (“fiel” ao islã) deixou de significar ser árabe. Hoje em dia, por exemplo, europeus, norte-americanos e mesmo brasileiros se convertem ao islamismo. De qualquer modo, a língua árabe acabou sendo adotada pela maioria dos novos muçulmanos do passado - os persas, por exemplo -, já que o Corão é um livro para ser recitado no original, pois representa a palavra de Alá ditada nessa língua a Maomé. Durante o califado de Uthman, a extensão territorial do Império dificultou a administração a partir da cidade de Medina, e a enorme riqueza conquistada gerou a corrupção entre as elites árabes. Diante dessa situação, o grupo que defendia Ali ibn Abi Talib, primo e genro de Maomé, como califa ganhou força. Uthman acabou sendo assassinado e Ali se tornou o quarto califa (656). Mas uma guerra civil estourou entre os muçulmanos, pois Ali foi acusado pelo assassinato de Uthman. Da disputa entre os partidários de Ali e os partidários de Uthman, surgiram dois grupos políticos inimigos entre os muçulmanos: - os xiitas (Shiah-i-Ali), os “partidários de Ali”, uma minoria muçulmana que defendia que somente familiares do profeta poderiam governar a ummah, pois acreditavam que o líder político deveria ser também um imã (guia espiritual). - os sunitas: que se opunham aos xiitas, defendendo que Maomé já tinha completado toda a Revelação divina e que, portanto, não havia necessidade de um imã. O nome sunita vem de Sunna, conjunto de textos que tratam da vida e dos ditos do profeta. Os xiitas não aceitaram (nem aceitam hoje) a Sunna como norteadora da vida política muçulmana. Uma guerra civil se alastrou e o conselho das tribos, composto pelos sheiks (lideres tribais), se dividiu entre as duas facções. Assim os ulemás, a elite de estudiosos do Corão e da tradição (hadith), foram convocados para julgar uma solução para o problema. Propuseram a abdicação de Ali, mas ele não acatou essa decisão. Por causa disso muitos de seus partidários se afastaram dele e formaram um grupo dissidente, os kharijitas (“aqueles que partem”). Enquanto isso, Muawiya, sobrinho de Uthman, ganhava prestígio. Ali acabou sendo assassinado por um kharijita, em 661, e Muawiya foi aclamado o quinto califa. Dinastia Omíada Com Muawiya iniciou-se o período dinástico do império árabe-muçulmano, ou seja, os califas não seriam mais escolhidos pela ummah, pois a sucessão passaria a ser hereditária. A primeira dinastia foi a dos omíadas, uma poderosa família da tribo dos coraixitas de Meca, da qual Muawiya fazia parte. Ele transferiu a capital islâmica para Damasco, na Síria, uma cidade localizada na região central do império. Vários grupos muçulmanos (principalmente os xiitas) não aceitaram o governo dinástico e se rebelaram. Quando Muawiya morreu (680), os xiitas passaram a defender que o sucessor deveria ser Hussein, filho de Ali e neto de Maomé, mas quem assumiu o califado foi Yazid, filho de Muawiya. E mais uma vez uma guerra civil estourou. As tropas de Yazid massacraram os rebeldes na Batalha de Karbala (na Mesopotâmia, em 682). Hussein se tornou um mártir para os xiitas e até hoje o dia da morte de Hussein é lembrada por eles com a cerimônia da Ashura. Os omíadas retomaram as guerras de conquista, anexando o norte da África e a península Ibérica (que nessa época estava sob domínio dos visigodos). Os muçulmanos tentaram penetrar na Europa, mas foram derrotados pelos francos na Batalha de Poitiers (na França, em 732). Enquanto isso, no oriente, o Paquistão e o norte da Índia caíram sob domínio muçulmano. Esse vasto império exigiu que a elite árabe dominante se reorganizasse. A influência bizantina transformou a corte do califa: a riqueza, o luxo e o poder autocrático passaram a ser adotados pelos árabes. O mais importante órgão do governo, depois do califa, era o Shura, o conselho dos sheiks. Para o governo de cada província do império o califa nomeava um emir, como forma de centralizar o governo. Ao mesmo tempo em que crescia o poder da elite árabe sunita ligada ao califa omíada, os muçulmanos de todo império se rebelavam e buscavam no texto sagrado (o Corão) argumentos que defendessemm a vida simples do profeta. Muitos muçulmanos passaram a apoiar o xiismo, como forma de defender sua autonomia inicial e se colocar contra a elite sunita (exemplo: os persas ou iranianos).Sem poder conter as diversas ondas de rebeliões dos muçulmanos não-árabes, os omíadas foram derrubados (750) e Muhammad ibn Alt ibn al-Abbas, parente de Maomé, se tornou o novo califa, iniciando a dinastia dos abássidas. Abbas transferiu a capital para Bagdá (no atual Iraque), privilegiando assim os territórios orientais, os mais ricos do império. Nessa ocasião, os árabes já eram uma minoria entre todos os muçulmanos, então Abbas se cercou de uma elite composta por várias etnias e deu a todos os muçulmanos a condição de igualdade política e jurídica, ou seja, a ummah se tornou legalmente multiétnica. Como Abbas era parente de Maomé, seu califado se revestiu de um caráter sagrado e, assim, foi aceito pelos xiitas, o que garantiu um período de paz e prosperidade dentro do império. O período abássida é considerado como a época de maior esplendor do império árabe-muçulmano. De todas as partes do império chegavam tributos e riquezas. O ouro vinha principalmente da África, a prata e pedras preciosas vinham do oriente, perolas chegavam do Golfo Pérsico. Os árabes eram comerciantes de escravos, provenientes tanto da África quanto da região do Cáucaso. A indústria têxtil foi a que mais se desenvolveu: o linho egípcio, o algodão importado da Índia, a seda da Pérsia. Caravanas de comércio cruzavam todo o império, chegando até a China. E inúmeras cidades muçulmanas se desenvolveram a partir do comércio. Entretanto, aos poucos o imenso território do império, composto por muçulmanos de diversas etnias, acabou se fragmentando, e o califa não conseguiu mais manter o governo centralizado em suas mãos. Em cada província, os emires (governadores), apoiados em seus exércitos, se proclamavam independentes. A primeira província a desmembrar-se foi o Egito que, em 909, formou o Califado Fatimida. Depois, foi a vez do Emirado de Córdoba (em 929, na Espanha). Assim, a partir de meados do século X, com o enfraquecimento do poder central de Bagdá, em várias regiões, as elites locais passaram a governar, de fato, as províncias que ainda compunham o império. No entanto, o processo de esfacelamento seria irreversível. No século XIV, o que se chamou de império árabe já não existia mais. Convém lembrar que, apesar disso, a cultura islâmica se manteve nos territórios ocupados pelos árabes até os dias de hoje. Atualmente, esses diversos países mantêm uma unidade religiosa e cultural, o que nos permite falar na existência de uma civilização muçulmana. Érica Turci é historiadora e professora de história formada pela USP.
Posted on: Mon, 21 Oct 2013 02:20:44 +0000

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