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AUTO RESENHA MERCADO DAS FLORES, por Dom de Oliveira. Música: Rimeliques | rd.io/x/QWvPJzderXtY/ “Uma homenagem a São Luiz do Paraitinga, a todas as Carolinas e poetisas do Brasil, que fazem o mundo não ter a cor cinza indiferete da não percepção sensível do cotidiano.” O que danado significa Rimeliques? É um neologismo, uma brincadeira com o nome limerique, que é uma formato de se expressar em poesia, assim como é o soneto, haicai, tercetos, etc. O limerique tem, geralmente, uma natureza humorística, em sua maioria das vezes, obscena. Por isso o trocadilho que fiz, pois especificamente esta letra nada tem de obsceno. O limerique tem um esquema rímico interessante e foi o que usei, de rimas 11221. Ou seja, cinco frases: as duas primeiras rimam entre si e com a quinta. A terceira e quarta rimam entre si. Enfim... Rimeliques é a história de uma garota que vê o céu como algo tangível, próximo de si, possível de ser sonhado. Uma história que vai de encontro ao viés judaico-cristão que transforma o céu como o paraíso impossível na terra, feito somente para os anjos, puros, almas do além. A Carolina nunca viu o céu assim, ela o trazia para si, era seu também e aqui na terra. O céu era aqui pois a sua vida era aqui, agora, já. Viver é para agora. O bem viver necessário para se ter liberdade. A Carolina, nome místico, poderia ser você, ser a Camila, a Janaína, a Clara, a Ananda, ser qualquer uma querida, mas cheia de bem viver e sapiência. Saber viver é perceber as nuances positivas da vida, inclusive aquelas presentes nos momentos aparentemente não tão bons. Viver é aprender e melhorar. Para coroar a história, Carolina, a garota da história, era poetisa. Possuía sensibilidade para perceber fortemente a contracorrente positiva do cotidiano, que passa despercebida pela maioria ao trabalho, aos problemas, às contas, aos ruídos da cidade... Sabemos que a poetisa, o poeta, é uma antena das percepções, da sensibilidade. É preciso ter sentimento à flora para perceber, escrever e transpassar ao mundo o que é desapercebido dele. Outra coisa. Rimeliques é uma marchinha. Sim, uma simples marchinha que quisemos trabalhar a metaleira toda, exaustivamente, linha melódica por linha melódica. Sax, trombone e trompete foram transformando-se em algo só, numa harmonia complexa, só que soando aparentemente simples em seu conjunto, como uma marchinha deveria ser. Ouvindo com cuidado, percebe-se que são harmonias dissonantes as dos metais, junto à guitarra e baixo. Cada nota acaba dando sentido ao conjunto da obra somente se estiverem ali, juntas e no momento exato. Uma nota fora e zaz, metais desafinados. A ideia das linhas melódicas de ataque dos metais foram minhas e de Igor Seiji. Toda a harmonização e complementos melódicos foram de Igor, que ficou bem uns dois meses trabalhando exaustivamente nisto. Vi em sua pasta uns dez rascunhos de arranjos na partitura. O menino trabalhou muito nisso! A bateria incrível de Marcelo Bucater, impecável como sempre. O baixo do Vinícius Nicoletti idem. Umas das coisas que mais agradou em compor Rimeliques foi contribuir ao rol das composições carnavalescas brasileiras. Percebo poucos compositores atuais se dedicam a elevar o carnaval e suas tradições. Humildemente foi o que desejei nisto. A intenção sempre foi bem contribuir para a música brasileira. Com humildade. Ouça aqui Rimelique: rd.io/x/QWvPJzderXtY/
Posted on: Thu, 04 Jul 2013 05:52:14 +0000

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