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Acontece na região! Vira noticias Você está curtindo noticias de nossa região!! AELTON FREITAS Deputado que ensina a manipular eleição teve 246 votos em Paraíso no pleito 2010 Roberto Nogueira SAO SEBASTIAO DO PARAISO Deputado disse que conteúdo da reunião interna em Capetinga “foi brincadeira” foto de Divulgação O deputado federal Aelton Freitas (PR/MG) foi flagrado em um vídeo onde ensina a compra de votos e como denegrir a imagem dos adversários em eleição. O caso teria ocorrido em Capetinga - que fica a 50 quilômetros de Paraíso – e a denúncia foi divulgada em reportagem do programa “Fantástico”, da Rede Globo, no domingo, 21. Em levantamento realizado pela reportagem em 2010 Aelton teve 246 votos em São Sebastião do Paraíso e recebeu confirmação para o cargo de mais de 16 mil eleitores em cerca de 20 cidades da região. Conforme acusação apresentada na televisão é mostrado o vídeo gravado em setembro de 2012, praticamente um mês antes das eleições para vereador e prefeito. As imagens gravadas por um “companheiro” mostram o parlamentar em um restaurante, em Capetinga, com candidatos a prefeito e vice-prefeito, que apoiou na disputa do pleito municipal. Também estavam na mesa as respectivas esposas dos candidatos e um assessor do deputado. Durante a reunião o grupo recebeu ensinamentos e instruções de Aelton Freitas sobre como fazer campanha eleitoral. Em uma das lições apresentadas consta a técnica do “cartãozinho”. “Nós vamos fazer 200 cartõezinhos. Esse cartãozinho vale R$ 100. O cara não vai votar em você. Vai votar nos R$ 100 que o cartãozinho que está no bolso dele vale. E outra: só vão pagar se tiver sido eleito”, explica o deputado. Ele também dá dicas de como espalhar boatos contra adversários políticos. É preciso convocar o esquadrão da fofoca: “Vamos buscar três, quatro pessoas dentro do nosso grupo que saiba incomodar”, descreve. “Três ou quatro pessoas que possam estar em boteco ou em ponta de rua soltando boato e fofoca” relata. A iniciativa visa fazer com que a concorrência perca tempo em desmentir a boataria. “A cúpula da campanha, que está por cima, nem conhece. Baixa o retrovisor e esquece que tem concorrente. Vocês estão indo em uma viagem ao futuro, pronto”, diz. A retribuição do parlamentar à votação recebida ocorre através da utilização da verba conhecida como emenda parlamentar. O deputado tem cerca de R$ 12 milhões em emendas por ano. O recurso é repassado através de obras e serviços realizados nos municípios onde o candidato obteve mais votos. “Eu procuro distribuir essas emendas proporcionais aos votos que eu tenho. Eu preciso de 100 mil votos e tenho 12 milhões, eu divido 12 milhões por 100 mil votos. Significa dizer que, a cada mil votos que eu tenho em uma cidade, aquela cidade tem 120 mil meu por ano. Está certo?”, posiciona Aelton na gravação. Procurado em Uberaba, sua base eleitoral Aelton Freitas assistiu ao vídeo com as acusações contra ele e negou que tenha incitado à compra de votos. “Em reuniões fechadas, quando a gente faz com um grupo de companheiros, de repente a gente fala muita coisa que não deve, que não pode. O que eu falei ali foi em uma reunião fechada, entre companheiros, que nem gravando eu sabia que estava”, explicou. Por duas vezes no vídeo ele perguntou se quem estava gravando eram companheiros. Segundo o deputado tudo não passou de brincadeira. “Fiz alguma brincadeira, que eu sou muito de contar piada em reuniões, depois pedi desculpas no final da reunião pelo que eu tinha falado e pelas brincadeiras de mau gosto, me despedi e fui embora. Porque, quando é brincadeira, pode fazer de mau gosto, igual quando você brinca, às vezes, com a raça, com a cor de uma pessoa, você conta uma piada pesada, aquilo pode se tornar um processo”. Apoiado Especialistas consultados pela reportagem do Fantástico se dividem sobre a existência de crime ou não em relação aos fatos mostrados na gravação. Há divergências se apenas a existência do vídeo caracteriza crime eleitoral. Outra hipótese é se a indução aos candidatos a cometerem ilícito já seria motivo para o acionamento da Comissão de Ética. A pena para quem compra votos pode chegar a quatro anos de prisão, mais multa. Já os crimes de calúnia, difamação ou injúria podem dar de três meses a dois anos de prisão e também multa. Conforme levantamento realizado pelo Jornal do Sudoeste, nas eleições para deputado em 2010 o candidato Aelton Freitas teve 16.528 votos em 22 cidades da região. No caso de Paraíso foram 246 eleitores que votaram nele, enquanto que em São Tomás de Aquino, foram 928. No entanto o volume mais expressivos de votos ocorreram em Itamogi onde ele teve 1.871 votos, ou seja, 30,6% dos votos válidos. Também em Guaxupé a votação foi expressiva atingindo 3.717 sim dos eleitores. Já em Capetinga onde ocorreu a gravação, dois anos antes, o candidato a deputado somou 517 votos, ou seja, 12,5% do total de 4.110 votos válidos. Em cidades como Delfinópolis, Fortaleza de Minas, Itaú de Minas e Monte Santo de Minas, o candidato ficou com menos de 1% dos votos. Os detalhes da votação na região foram fornecidos pelo site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e podem ser comparados no quadro em anexo.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 23:02:21 +0000

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