Agora há pouco estava trocando ideia com o meu sobrinho, José - TopicsExpress



          

Agora há pouco estava trocando ideia com o meu sobrinho, José Renato, falávamos sobre os jogos nos computadores, de como essa moçada está refém da tecnologia, do celular, nada contra, mas confesso, prefiro a minha infância. A gente jogava futebol de botão, aliás, sou aficionado até hoje por esse jogo, ainda tenho os times e o campo, posso afirmar com toda segurança que sou um exímio jogador, desafio a quem gosta a disputar uma partida comigo. Tínhamos o "Forte Apache", era super bacana, montávamos o forte com todos os apetrechos, os soldados da guarda, os índios, tudo tomava bastante espaço na casa, mas era uma brincadeira super interessante, tinha o front man, o líder, era bacana demais. Eu tinha uma coleção de carrinhos de ferro, os carros abriam as portas dianteiras e traseiras, ainda me lembro como se fosse hoje, tinha um modelo da polícia americana, infelizmente se esvaiu com o tempo. As ferrovias e os autobans também faziam parte do arsenal de brinquedos que a gente guardava. Sinto saudade dessa época, tudo era pueril, as brincadeiras exigiam mais criatividade. Tive também uma coleção de aviões, chama-se Kits Revell, a empresa era localizada no Rio de janeiro, eu recebia as peças pelo correio, tinha que montar os modelos, encaixar peça por peça, como se fosse um quebra - cabeça, me lembro que escrevi uma carta para a empresa, pois é, pasmem, ainda existia a famosa carta, eles me mandaram uma coleção inteira de aviões, tudo no 0800, de graça. Eu sou saudosista, e me orgulho disso, tem muita coisa legal que deve ser relembrada, as famosas bolinhas de gude, quantas vezes a gente jogava, no intervalo da escola era de praxe. Pois é meus amigos, os tempos são outros, atualmente, tudo é tecnologia, falava com o José Renato sobre a "Nanotecnologia", uma sacada dos japoneses, deu super certo, tem muita gente hipnotizada com esses brinquedinhos tecnológicos que eles criaram, repare que você está conversando com a pessoa e ela apenas balança a cabeça, ou seja, não está ouvindo o que você está dizendo, os fones estão nos ouvidos, e numa altura que não dá pra acreditar, como é que ficará a audição dessa pessoa daqui a alguns anos?Existe também uma nova fobia aí, os médicos psiquiatras já tratam desse problema, a fobia de quem esquece o celular em casa, a pessoa entra em uma espécie de pânico, é isso mesmo, uma doença do mundo moderno, é uma coisa impressionante...Conversei hoje com os alunos sobre esse problema, eu disse assim: "Imagine que amanhã você acorda e não existe mais celular, todos fora de área, não funcionam mais, acabou, qual foi a reação deles? De desespero total, só de pensar no fato de que o celular poderia ter um fim. Pois é, são novos tempos, não estou fazendo apologia ao atraso, nada disso, escrevo essas linhas para lembrar dos bons tempos de infância, um tempo em que a gente tinha problemas sim, mas eram outros os perigos.
Posted on: Thu, 12 Sep 2013 02:09:10 +0000

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