Ainda ontem, enquanto conversava com alguns colegas professores - TopicsExpress



          

Ainda ontem, enquanto conversava com alguns colegas professores sobre música, lembrávamos sobre certas músicas e albuns que marcaram nossas épocas. Não consigo deixar de lembrar da primeira vez que ouvi "Revolver" dos Beatles na vitrolinha mono de minha irmã Tânia e de um disco que me jogou de forma irreversível dentro do rock: "Dark Side of the Moon" do Pink Floyd comprado pelo meu irmão Brois e agora tocado em um moderno Taterka Linear. Foi nesta mesma conversa que, então, veio à tona a pergunta de quais seriam as décadas mais prolíficas do rock (e devo aqui dizer que não necessariamente as melhores) especialmente aqui em solo brasileiro. O curioso é que chegamos a uma mesma conclusão: décadas de setenta e oitenta. Sendo a última a que mais me identifico por estar de corpo e alma presentes no momento em que aconteceram. Não consigo deixar de pensar na multiplicidade de bandas que explodiram na década de oitenta aqui em terras brazucas. Não somente no cenário mainstream, com bandas como Titãs, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Blitz, Capital Inicial, Ultraje a Rigor e tantas outras (e aqui me desculpo se deixo de citar algumas), bem como no cenário independente com grupos como Kafka, Mercenárias, Akira S e as Garotas que Erraram, Atahualpa y us Panquis, Os Inocentes, Fellini, Itamar Assumpção e Patife Band entre tantos outros. Era uma época onde a insatisfação e inadequação ao sistema era algo forte e presente e que se traduzia em arte. Era muito interessante ver esta explosão cultural acontecer em todos os meios a nossa volta. As rádios tocavam muito rock brazuca e aquele vindo do além mar, especialmente de uma ilha no Oceano Atlântico cuja capital é Londres. Nossos ouvidos eram invadidos por bandas como Bauhaus, The Cure, Siouxsie & The Banshees, Smiths, Joy Division e The Clash entre muitíssimas outras. Era uma revolução que atingia todas as áreas, como revistas em quadrinhos que tinham como representantes Chiclete com Banana e Revista Circo, no teatro haviam produções como “Teledeum” e “Ubu, Folias Physicas, Pataphysicas e Musicaes” de Cacá Rosset. A galhofa e o “impoliticamente incorreto” se espalhavam país afora transformando nossa geração. Era o final de uma ditadura militar e o recomeço de uma nova ordem social, política e econômica. Hoje vemos algo totalmente diferente e configurado (uso a palavra aqui em seu sentido figurado e técnico) e em sintonia com o establishment cibernético. Há uma variedade de novas bandas de rock, de produções teatrais e cinema, mas que, no entanto, se perdem nesta vasta quantidade de informação disponível na world wide web, apesar de serem em maior número do que daquelas encontradas no punk e pós-punk, e que, com certeza, merecem um novo texto deste que aqui vos fala. Um grande abraço psychCidelic
Posted on: Sun, 21 Jul 2013 14:33:37 +0000

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