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Amigos, por favor, leiam esse artigo até o fim. São graves denúncias feitas pelo padre Henri Boulad, jesuíta do Cairo. Pobres irmãos muçulmanos perseguidos! Henri Boulad, sj, Cairo, agosto de 2013. O Ocidente inteiro está espantado, perplexo, escandalizado porque o Exército Egípcio desalojou os irmãos muçulmanos dos bastiões de Rabia e Nahda, onde eles haviam montado barricadas há várias semanas. Cifras: mais de 600 mortos nos dois acampamentos. A mídia bem pensante gritou, berrou pedindo que o Conselho de Segurança e as associações internacionais de direitos humanos condenassem com a mais extrema severidade esta selvagem agressão. Pobres irmãos muçulmanos vítimas da violência! Esses gentis carneiros, bem conhecidos por sua doçura e sua inocência estão sendo alvos de procedimentos inaceitáveis. É preciso, então, defendê-los dos lobos devoradores do Exército e da Polícia egípcios. Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Turquia, ONU se levantaram, então, como um só homem para denunciar a injustiça e defender os inocentes e convidar o mundo a voar ao seu socorro. As mídias internacionais montaram o Pégasus para matar os culpados... Esse levantamento de escudos para reclamar e proclamar o direito de todo cidadão a se manifestar pacificamente tem algo de tragicômico. Passemos aos fatos : A mesquita de Rabaa, onde os irmãos se trancaram, era um verdadeiro paiol, onde se descobriu um arsenal de guerra impressionante. Nenhuma denúncia do Ocidente. Durante semanas, as milícias dos irmãos, armadas até os dentes, semearam o terror no conjunto da população egípcia: crimes, raptos, sequestros, pedidos de resgate, rapto e violação de mulheres casadas à força. Nenhuma reação do Ocidente. Mais de 20 postos de polícia pilhados e queimados, perto de 50 policiais e oficiais massacrados e torturados da maneira mais selvagem. Silêncio do Ocidente. Mausoléus sufis destruídos e famílias Xiítas massacradas não provocaram nenhuma emoção internacional. 50 igrejas, escolas e instituições cristãs queimadas apenas na jornada de 14 de agosto. Nenhum protesto por parte do Ocidente. Padres e cristãos atacados e assassinados – dentre eles, crianças pequenas – somente por serem cristãos. Nenhuma denúncia ocidental, que seria taxada de islamofobia, que é hoje o crime dos crimes. Perto de 1500 pessoas massacradas pelas milícias de Morsi no decorrer do ano em que ele reinou. Silêncio das mídias. Acordos secretos de Morsi para vender o Egito a seus vizinhos, pedaço por pedaço: 40% do Sinai ao Hamas e aos palestinos, a Núbia para Omar El-Béchir e a porção oeste do território para a Líbia. Pão bento para o Ocidente, afinal isso é sua obra... Quando o Egito decidiu, então, reagir para por um pouco de ordem na casa... o Ocidente gritou contra a perseguição, a injustiça e o escândalo. Não é segredo para ninguém que as eleições presidenciais foram um jogo sujo e que o escrutínio foi abarrotado de enormes fraudes. Apesar disso, as mídias persistem em afirmar que Morsi foi o primeiro presidente do Egito eleito democraticamente e que ele tem legitimidade. O povo egípcio, que é gente boa, aceitou jogar o jogo dizendo: vejamos a obra. O resultado foi totalmente catastrófico: insegurança, desemprego, inflação, falta de pão e gasolina, economia em queda livre, turismo agonizante... a ponto do conjunto da população, ao fim de um ano, pedir a Morsi para sair. Em menos de 2 meses, o movimento Tamarod recolheu mais de 22 milhões de assinaturas exigindo sua partida. Em vão! Face a sua obstinação, milhões de egípcios , sendo a maioria gente do povão que antes apoiava Morsi , encheram as ruas de todas as cidades para exigir a sua saída. Ainda em vão!!! O Exército, até então neutro, decidiu intervir para apoiar o povo e retirar o indesejável e o colocou em prisão domiciliar. Ao curso de longas horas de interrogatório, foram obtidas revelações de uma gravidade excepcional, que comprometiam tanto os irmãos muçulmanos como um certo número de países. Face à tomada do poder pelo Exército, o Ocidente gritou que era um golpe de Estado. Se houve golpe, ele foi popular e não militar, o Exército apenas respeitou a vontade do povo, este sim exasperado por um presidente que o enganou, iludiu. O povo, por instinto de sobrevivência, reclamou a saída de Morsi. Uma pequena história muito saborosa ilustra bem o que digo. Alguém compra no mercado uma caixa de conservas que, uma vez aberta, se revela avariada. Que fazer: comê-la? Claro que a única opção é rejeitá-la. É um pouco o que tem feito o povo egípcio ao qual Morsi e os Irmãos Muçulmanos prometeram mundos e fundos. Uma vez a caixa aberta, percebeu-se que seu interior estava podre. Daí a reação de repulsa. Após a deposição de Morsi, o Exército quis ainda incluir os irmãos muçulmanos no novo governo propondo-lhes formar equipe com as outras tendências. Deparou-se com uma rejeição obstinada. Após inúmeras tentativas infrutíferas de diálogo e de negociações com eles, o novo governo provisório foi formado. Eles decidiram, então, se refugiar e semear o terror, no que obtiveram grande êxito. Mas essa estratégia só fez aumentar sua impopularidade. Hoje, pode-se dizer que o povo egípcio os execra e rejeita fortemente. Equipados com armas, as mais sofisticadas, eles se organizam para todo lado para queimar, atacar, matar, destruir... O Exército decretou, então, estado de emergência e impôs o toque de recolher do por ao nascer do sol. Mas, os irmãos muçulmanos se consideram dispensados de obedecer essa ordem. Ontem à noite, do meu quarto, bem perto da avenida e da Praça Ramsés, ocupada pelas milícias, eu escuto explosões e tiros de metralhadoras provenientes das ruas vizinhas. Após inúmeros alertas para que os jovens voltassem as suas casas, o Exército decidiu, então, enviar os seus carros para fazer respeitar o toque de recolher. Face aos danos prováveis, o Ocidente bem pensante incriminará, então, o Exército de ter o topete de atacar os manifestantes pacíficos... De quem eles zombam?
Posted on: Sun, 01 Sep 2013 02:56:10 +0000

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