Apenash refletindo sobre a vida ouvindo Loved me back to life da - TopicsExpress



          

Apenash refletindo sobre a vida ouvindo Loved me back to life da Celine Dion. (Sim, sou viadinha haha) Pensando no sentido ou na falta de sentido da vida ou/e da minha vida. Sabe quando você se sente inútil e sem motivação? Pensando o quão efêmera é a vida, e o quanto tenho me dedicado a fazer nada dela, ou o quanto tenho me dedicado as minhas frustrações, ao invés de ser um pouco surda. Tentar não ouvir essas vozes mentais que me falam da realidade social, dos preconceitos, tentar não ouvir as coisas que aprendi e apenas viver. Tentar mergulhar fundo em um filme adolescente qualquer, que é justamente a fase em que você é nada, mas quer ser tudo, ou, ao menos, algum sonho perdido. Aqui pensando em gritar tão alto a ponto de perder a voz, cantando minhas músicas preferidas, apenas fechando os olhos e entre as lágrimas olhar pro lado e ver outras almas tão confusas, tão perdidas quanto a minha. Aqui pensando que a minha vida tem se tornado um estado de coma, de um vegetar a espera de alguém que colha meus frutos. Esperar e procurar não tem ajudado muito, então me recolho aos meus silêncios, que na verdade são milhares de palavras sobrepostas em canções indecifráveis. Lá, sonhando acordada em algum lugar desconhecido com traços das minhas construções sociais, impura, completamente, assim como a ciência, assim como a água que insistimos em classificar como inodora e incolor, mesmo enxergando, nitidamente, cada marca de expressão que ela faz nos solos com o passar dos dias. Fora de mim, "outsider" do meu próprio existir, existir esse que apenas resolve sair da toca quando está angustiado. Fora da imortalidade das letras, fora do que eu tento traduzir, mas dentro, dentro dos sentimentos que outras muitas pessoas já tiveram. Individualidade é algo que o capitalismo tenta pregar quando oferece a escolha de uma cor e um formato de uma mesma coisa para milhares de pessoas. Individualidade é algo que frustra quem sabe discernir como eu, mas está tão afogado na própria construção, que não consegue desconstruir e finalizar algo, simplesmente deixando para trás. Assim, esperando um sentido qualquer para essas palavras que logo sairão da página inicial, assim, esperando engolir mais um litro de um mesmo dessabor que se chama solidão. Olhar pro lado e ver que foi isso que restou, olhar em direção ao espelho e não conseguir se encarar. Encarar os velhos medos, os velhos sonhos não realizados, os velhos pesadelos se concretizando, e ter que replanejar a vida que mais tentou se distanciar. Assim, contando as horas sem conseguir se mover, desde quando me dei conta, procurando esconder as certezas que magoam, procurando não ter mais essas mesmas certezas, arrependida de ter escolhido caminhos tão estreitos que devido ao tamanho dos sonhos não é mais possível seguir em frente. Ter que parar, olhar para trás, ver que mesmo seguindo em frente, a avenida central foi reencontrada, e para retomar o caminho, a única alternativa é um retorno de quilômetros, mas agora o que se tem são solas gastas. Do próprio jeito não existe, toda história já foi escrita, todas as histórias e todas as imagens já foram postas, o que diferencia são os pelos mais grossos e o peito cada vez mais apertado. O coma é inevitável, a abstração sem reflexão, os sentidos cessados... Um vírus que corrompe e retrabalha a memória, é apenas um longo e gélido afogamento, sem volta, ou melhor, com muitas voltas que tonteiam, até o inevitável desmaio. Indo, continuando, ao longe, acreditando que o amor pode fazer com que a vida retorne.
Posted on: Thu, 05 Sep 2013 05:07:24 +0000

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