Apesar dos insistentes pedidos de posicionamento da APG-UFMG, - TopicsExpress



          

Apesar dos insistentes pedidos de posicionamento da APG-UFMG, continuamos com a postura de não tomarmos partido direto. Somos representantes de todos os alunos, inclusive os que discordam de nossa postura. Por isso qualificamos a entidade como incapaz de escolher pelos outros os melhores candidatos. Como contrapartida, fizemos uma pesquisa informativa direcionada a temas da Pós-Graduação na UFMG para que os alunos possam se informar melhor e votarem embasados nos aspectos sub citados. Todas as chapas receberam as perguntas e estão elaborando suas respostas. Divulgo agora a primeira chapa que respondeu. A eleição começa HOJE! Todas as perguntas devem ser lidas sob o preceito de caso eleito. Chapa 3 Reitor: Professor José Nagib Cotrim Árabe - Departamento de Ciência da Computação - ICEx Vice-Reitor: Professor Paulo Sérgio Lacerda Beirão - Departamento de Bioquímica e Imunologia - ICB 1) A Associação de Pós-Graduandos (APG) da UFMG ficou inativa por quase 8 anos, e graças ao esforço de um excelente grupo alunos foi reativada. O reitorado atual foi de fundamental importância em nosso processo eleitoral e durante este primeiro ano de gestão, dando desde apoios em dúvidas, até apoio financeiro, por exemplo um ônibus saindo da UFMG para Ouro Preto no I Encontro Mineiro de Pós-Graduandos. Isto posto, gostaríamos de saber as intenções do seu reitorado em relação à continuidade deste apoio. Ele não somente é necessário do ponto de vista estudantil, muitas vezes a reitoria não consegue saber de demandas internas que os representantes da PG sabem, e a APG, temos alguns exemplos, pode ajudar a reitoria na identificação e solucionamento adequado desta demanda. Resposta - Podem continuar contando com o apoio da nossa Reitoria para que a APG se consolide como legítima representante dos alunos de pós-graduação da UFMG. Estaremos sempre abertos a receber, em reuniões, os membros da APG, tanto nós quanto os membros da nossa equipe, em particular o Pró-Reitor de Pós-Graduação. Finalmente, consideramos que associações de alunos devem manter a maior independência possível das administrações centrais das instituições nas quais estão inseridas, para que sua autonomia e representatividade não seja colocada em questão pelos próprios membros da associação. 2) Como sabido, a pós-graduação é a força motriz da produção científica nacional. Muitas vezes, estes alunos acumulam papéis de pesquisador-professor, e seu reconhecimento pela Universidade deixa muito a desejar a nível de representação. Caso a APG consiga manter-se ativa por três gestões (para consolidar-se e fazer-se saber por todos), o que se daria em 2015, durante o próximo reitorado, seria de grande interesse que os 15 mil pós-graduandos pudessem ter representantes proporcionalmente ao corpo discente tanto no Conselho Universitário quanto no CEPE e em outros, como o CPPD. As demandas da graduação são convergentes, mas nem sempre. E o relacionamento de barganhar com os DCEs nos deixa em uma situação ilusória de dependência, onde na verdade são duas entidades irmãs de representação geral. Este ano mesmo, a indicação de uma cadeira de pós-graduandos no C.U. levou 8 meses para acontecer, apesar do DCE ter deixado claro ainda ano passado que os pós-graduandos teriam uma cadeira no C.U. Já temos os textos tanto do R.G. da UFMG quanto do Estatuto elaborados com a inclusão da APG no escopo representativo, adiantando esta parte. Estariam os senhores dispostos a discutir o assunto de forma séria no Conselho Universitário, dada a sua importância? Resposta - Consideramos que a APG deveria indicar diretamente representantes nos conselhos superiores da universidade. No entanto, é bom que vocês saibam que não é trivial mudar o Estatuto de qualquer universidade. Além do processo ser longo, ele exige maioria qualificada de 2/3 do Plenário do Conselho e, uma vez aprovado, tem que ser submetido ao Conselho Nacional de Educação (sobre cuja pauta não temos controle) e, uma vez aprovado lá, ainda tem que ser homologado pelo Ministro da Educação e publicado no Diário Oficial da União. Da última vez que nosso Estatuto foi modificado (em 2000), esse processo levou mais de um ano. Dificilmente seria viável uma mudança estatutária que altere apenas um item do Estatuto (no caso, a composição dos Conselhos Superiores). E mudanças mais globais são mais complexas ainda. Mas, examinando rapidamente o Estatuto, vejo (Art. 78) que o processo de escolha dos representantes estudantis é remetido para o Regimento Geral. O Regimento Geral da UFMG pode ser alterado internamente (também com maioria qualificada de 2/3 dos membros). Se for possível mudar o Regimento neste ponto sem que seja necessária mudança no Estatuto, o caminho é mais curto, e a questão passa ser de política interna. Dado o quadro atual, o DCE teria que concordar com a mudança. Eu, Nagib, particularmente, acho que metade dos representantes nos Conselho Universitário e no CEPE deveriam ser alunos de pós-graduação, para garantir representação nas Câmaras de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão. 3) O Reuni 2 está por vir. A nossa Universidade já possui muitas experiências positivas e negativas do primeiro Reuni. Tal embasamento nos permite implantar o próximo de maneira mais adequada à nossa realidade do que o primeiro. Isso caso o próximo reitorado entenda o significado real da Autonomia Universitária, o que não vem sendo feito com frequência nos últimos 12 anos. Cremos que independente de tendências pró ou anti-governo, a Universidade deve ser supra-partidária e trabalhar pelos preceitos estabelecidos em seu Estatuto. Falo isso porque a UFMG carrega hoje o estigma de ser o único exemplo de Universidade Federal que abrigou o exército real (porque a Força Nacional foi reativada recentemente diretamente da guarda imperial) contra seus estudantes que estavam do lado de fora e impedidos de entrar por uma cláusula contratual com empresa privada. Em outras palavras, não queremos outro reitor vendendo a Universidade por um cargo de Ministro. Isto posto, pergunto, como serão implementados os programas advindos do Governo Federal durante sua gestão? A Universidade terá a oportunidade de influenciar através de sua autonomia estatutária e constitucional ou os programas serão empurrados sem que a Comunidade Acadêmica a influencie através de debates extensivos e levantamentos dos erros e acertos anteriores? Resposta - Os princípios que nos guiam em relação a este assunto é tratado na Introdução do Programa de Trabalho que apresentamos para inscrição da chapa no dia 30 de agosto, conforme copiado abaixo: É importante discutir a contribuição que a UFMG deverá oferecer na consecução de alguns objetivos inscritos no PNE 2011-2020, em particular o que prevê um aumento dos atuais 17% para 33% na taxa líquida de matrícula na educação superior e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas no segmento público. Estas metas vão exigir um significativo aumento de vagas no ensino superior público, e não há dúvida de que a maior parte dessa expansão deve ocorrer no sistema federal. Qual seria o papel da UFMG neste cenário? Certamente, atingimos nossa capacidade de ampliação na cidade de Belo Horizonte – nossos dois campi (Pampulha e Saúde) não comportam mais crescimento, devido ao adensamento e consequente perda da qualidade de vida e ambiental que nova expansão iria trazer. É, portanto, imprescindível uma discussão na comunidade para definição do papel da UFMG no necessário esforço de expansão do sistema. A contribuição pode ocorrer de várias maneiras. Por exemplo, para cumprir outra meta do PNE, a que propõe elevar a qualidade da educação superior através da qualificação do corpo docente do sistema como um todo, será necessário um esforço concentrado na formação de novos mestres e doutores dentre os docentes que já estão no sistema, em particular em outras universidades federais e no recém implantado sistema de IFs. Este é um papel que a UFMG poderá cumprir e para o qual está devidamente qualificada. Em relação a Autonomia, na mesma Introdução, são enunciados os seguintes princípios: Partindo da premissa de que a educação gratuita e de qualidade, em todos seus níveis, é um bem público, portanto direito de todos e obrigação do Estado, premissa com a qual concordamos e nos comprometemos, uma visão de futuro para a UFMG não pode desconhecer seu papel no cenário nacional, como uma universidade pública participante de um complexo e heterogêneo sistema, que conta atualmente com 63 universidades federais. Neste sistema, a UFMG tem uma liderança inquestionável e dela se espera que desempenhe um papel estratégico para a nação. Essa liderança, baseada na qualidade e relevância do nosso ensino, pesquisa e extensão, foi construída ao longo de sua história, como resultado da dedicação de gerações de professores, servidores técnico- administrativos e estudantes. O empenho e esforço de sucessivas gestões da universidade acarreta responsabilidades às quais não se deve renunciar. Isto significa mantermos a liderança e o protagonismo que sempre caracterizou a UFMG, na luta histórica pela efetiva autonomia das universidades federais: uma luta cujos objetivos ainda não foram, de todo, alcançados Lidamos, atualmente, com um marco regulatório ineficiente, complexo e excessivamente restritivo, que resulta em uma burocracia incompatível com a construção de um sistema de produção de conhecimento e cultura, de ciência, tecnologia e inovação, que nos conduza ao desenvolvimento sustentável nas dimensões social, econômica e ambiental, e que seja digno de uma nação livre e justa. Respondendo diretamente a sua pergunta, tendo em vista os princípios acima, nossa proposta é que a comunidade universitária discuta, de preferência antecipadamente, de que maneira a UFMG deverá participar no necessário esforço nacional de expansão do acesso ao ensino superior. Conforme dito acima, consideramos que existem diversas maneiras de colaborar, não necessariamente expandindo vagas diretamente. Em relação a autonomia, a UFMG deve ser líder e protagonista na mudança do marco regulatório, de modo a realmente conquistarmos a autonomia plena que é prevista na CF. 4) A política de ações afirmativas, ainda tímida em nossa Universidade, enfrentará algumas oportunidades de re-avaliação, re-afirmação, re-estruturação, e, infelizmente, até mesmo estagnação na próxima gestão do reitorado. Não somente isso, falo também do empoderamento da mulher, e de outras minorias antes tão escondidas pela UFMG, que hoje não aceitam mais serem menores (aspas pela subjetividade naturalmente preconceituosa do termo). Os passos em direção à aproximação do discurso com a prática demandam esforço permanente. O que os senhores têm de propostas a nível de Universidade para estes grupos, ainda mais com os resultados da última ocupação da Reitoria? Este assunto também é tratado na Introdução do nosso programa, conforme trecho que copiamos abaixo: A expansão das atividades da UFMG nos últimos anos, em particular a significativa ampliação de vagas na graduação, aliada à introdução de mecanismos de inclusão, trouxeram expressivas mudanças no perfil social do alunado que recebemos, mudanças essas que ainda estão em fase de consolidação. Devemos acompanhar e discutir permanentemente nossos mecanismos de seleção inicial de estudantes, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Serão necessárias novas políticas de permanência, equalização e assistência para o adequado acolhimento dos estudantes. Novos investimentos deverão ser feitos, na ampliação das moradias estudantis, na modernização dos restaurantes universitários e na estruturação de nosso sistema de bolsas, de modo a evitar que a permanência seja comprometida pela ausência de meios para frequentar a universidade. O aumento da diversidade do corpo discente exige a construção coletiva de uma política permanente e continuada de enfrentamento a todas as formas de discriminações na UFMG, com vistas a manter entre nós uma cultura democrática de respeito às diferenças e aos direitos humanos. 5) O número de novos professores na UFMG aumentou consideravelmente nos últimos 5 anos. Não me recordo agora de um programa de incorporação e ajuda a jovens pesquisadores, apesar de saber ser este um fator comum em muitas universidades de ponta, além de extremamente importante na estruturação de boas carreiras. Vejo, na maioria das vezes, o oposto, são sobrecarregados com aulas, além de serem obrigados a cumprir o barema do estágio probatório com produtividade ímpar, mesmo sem um espaço físico e financiamento inicial para desenvolver sua pesquisa. Essa pergunta é dividida então em três: a - Separação de carreira pesquisador-professor. As Universidades são responsáveis por levar ao Governo Federal as demandas e transformações que são necessárias para o avanço de sua atividade fim. Nem alunos nem pesquisadores são beneficiados quando obrigam um pesquisador ir de má vontade dar aula, ou, sem hipocrisia, enviam seus alunos de pós-graduação no lugar sem nenhum tipo de ressarcimento extra ao aluno, exceto experiência em sala que ele não poderá usar oficialmente em concursos. Os senhores têm interesse em levar ao GF essa discussão? Resposta a - O protagonismo que se espera da UFMG no âmbito federal já foi abordado na resposta acima. Esse protagonismo se baseia tanto na reputação existente de seriedade da UFMG, como na respeitabilidade e reconhecimento nacional dos seus dirigentes. A carreira das universidades federais é estabelecida pelo governo, e fica claro que há necessidade de ser revista para o segmento não-docente. É uma discussão necessária, mas espinhosa, porque a carreira para não-docentes de nível superior é pouco atrativa (ver resposta abaixo sofre a falta de engenheiros e arquitetos no quando), ainda mais para os altamente qualificados, e encontra uma forte resistência no sindicato nacional. b - Programas de inserção física e ajuda aos novos pesquisadores-professores contratados? Resposta b - Com o crescimento acelerado ocorrido no REUNI, os problemas de infraestrutura física se agudizaram, e ainda não houve tempo para saná-los. Em algumas unidades o espaço físico para implantação de novos laboratórios e gabinetes está tão restrito que prejudica o início das atividades dos novos docentes. As razões para isso são várias e, apenas para citar algumas, são causadas pelo marco legal extremamente restritivo que dificultam enormemente a contratação de obras, a falta de pessoal qualificado na UFMG para elaboração dos projetos (a remuneração desses profissionais é pouco atrativa e perdemos recentemente muitos para o mercado privado) e o aquecimento da construção civil, que faz com que poucas empresas de engenharia se interessem por nossas obras. Por outro lado, há necessidade de apoio financeiro para os projetos. Nesse aspecto, mais do que promessa, posso relatar minha (Beirão) atuação onde pude fazer alguma coisa para enfrentar o problema. O programa de apoio aos recém contratados com doutorado e recém doutores iniciou-se por iniciativa da PRPq quando eu era pró-reitor de pesquisa. Apoiei no Conselho Curador da Fapemig a participação dessa agência nos programas PPP (Primeiros Projetos) e Pronem (Grupos Emergentes) – também no Pronex, mas esse programa é para grupos já consolidados, embora jovens doutores podem ser beneficiados por ele. Enquanto diretor do CNPq estabelecemos uma faixa para apoio exclusivo a recém doutores no Edital Universal. Existem cerca de 35 mil recém doutores contratados no sistema público Brasileiro. Esses representam o futuro da Ciência Brasileira, e devem ser apoiados. É verdade que a capacidade de apoio do CNPq é restrito por razões orçamentárias, tanto para os seniores como para os recém doutores, por razões do orçamento (que é votado no congresso nacional). Por isso as iniciativas nas universidades (e nas FAPs) são essenciais. c - A pós-graduação e a bolsa REUNI. Muitas vezes, a bolsa REUNI da CAPES acaba por colocar o aluno em uma situação desfavorável, dando total autonomia ao Programa para reger suas regras. Alguns departamentos aproveitam tais bolsas para literalmente desafogar seus professores de turmas inteiras, sendo que o acompanhamento do professor é irrisório ou inexistente. E tem sido causa de constante reclamação à APG da UFMG. Este problema é acima do nível de Reitorado, vindo de uma relação quase direta CAPES-departamentos, como sabemos. Entretanto, a regulamentação dos programas de PG da UFMG é feita pela reitoria. Os senhores teriam o interesse, por fim, de centralizar algumas regras básicas para que todos se beneficiem melhor dessa bolsa com a ajuda dos pós-graduandos? Resposta c - O propósito da bolsa REUNI não é substituir o docente e dar responsabilidade do ensino ao aluno de pós-graduação. É uma oportunidade de ganhar experiência (a ser reconhecida nos respectivos currículos), mas a responsabilidade final é do professor. Naturalmente haverá uma contribuição para o cumprimento das cargas horárias dos departamentos. Sei que há abusos e incompreensões e devemos criar mecanismos de avaliação e acompanhamento. O mesmo acontece com a substituição eventual de professores por seus estudantes, que devem ser reconhecidas e referendadas pelos departamentos, com fornecimento de certificados (e créditos, quando previstos e aprovados pelos colegiados) ao fim do curso. 6) Os senhores usem este espaço para passarem sua mensagem pela qual acreditam que os pós-graduandos da UFMG deveriam escolher a sua chapa. Sugerimos visita a nosso site: https://ufmg.br/eleicoes2013/nagib-beirao/
Posted on: Wed, 30 Oct 2013 04:28:21 +0000

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