"Até Ver a Luz" de Basil da Cunha é um filme de "samurais" de "gatos-samurais" pelos telhados da Reboleira concordo plenamente com Luís Miguel Oliveira no jornal Público "(...) "Até ver a Luz", no fundo, é um filme de “samurais” (Basil da Cunha até o descreveu exactamente assim) mesclado com filme de gangsters, encenado e representado em jeito de teatro amador, na melhor acepção do termo. Dos samurais de Kurosawa e dos gangsters do cinema americano, das “vizinhanças” de Spike Lee (e dos seus “filmes de bairro” como Do the Right Thing) e das actualizações dessas tradições de samurais e gangsters que encontramos nalguns Takeshis Kitanos ou no Ghost Dog de Jim Jarmusch - que são estas duas, finalmente, as referências que mais nos cruzam o espírito durante o visionamento de Até Ver a Luz. (...) É por aí que se fecha o círculo, se compõe o retrato do “lugar”, em percentagens indefinidas de “teatro” e de “vida”, sem nunca ceder à tentação do “documento social”, trocado por algo de muito mais sonhador: a luz do sol, mas também o céu, porque é pelos telhados da Reboleira que mais andam estes “gatos-samurais”, estes “cães-fantasma”, de Basil da Cunha."
Posted on: Thu, 22 Aug 2013 13:44:12 +0000
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