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Autor(es): » DIEGO AMORIM Correio Braziliense - 22/04/2012 Existem hoje no DF 2,9 mil processos de regularização de áreas rurais. Por não terem o título da terra, produtores encontram dificuldades para obter empréstimos nos bancos. GDF e BRB prometem reduzir a burocraciaNotíciaGráfico A forte demanda por alimentos desafia agricultores locais a produzir mais e melhor no mesmo espaço de terra. Para isso, não há outro caminho a não ser aumentar os investimentos em tecnologia e agregar valor aos produtos com a construção de complexos agroindustriais nas propriedades. É aí que um problema que se arrasta há décadas trava a força do campo brasiliense: no papel, os produtores não são donos da terra ocupada legitimamente. A insegurança jurídica dificulta os empréstimos bancários e impede um avanço mais veloz do agronegócio na região. O atual governo é mais um a se mostrar disposto a resolver a situação até o fim do mandato. Na Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural, acumulam-se 2.919 processos de regularização de terras. Para tentar conseguir financiamentos e manter a produtividade das lavouras em alta, os autores desses pedidos precisam oferecer como garantia às instituições bancárias o maquinário usado nas produções, além de apresentar os balanços da safra anterior, sempre positivos. Muitas vezes, tamanho esforço não é suficiente para a liberação do crédito. Apesar desse entrave — o mais grave no cenário da agricultura local —, representantes de cooperativas reconhecem que o setor nunca teve tanto prestígio. Talvez pela força demonstrada nos últimos anos, acreditam. O atual secretário da pasta, o engenheiro agrônomo Lúcio Valadão, é amigo de muitos produtores e por mais de uma vez prometeu a eles a escritura dos terrenos antes de deixar o cargo. "É minha prioridade", garante. A titularidade das terras, reforça Valadão, vai impulsionar os investimentos. "Não bastam mais somente as commodities, precisamos agregar valor", defende. O presidente do Banco de Brasília (BRB), Jacques Pena, também pretende contribuir para consolidar o DF como centro regional do agronegócio. O banco costuma ser o que mais flexibiliza os financiamentos para os produtores locais (leia mais abaixo). "A agroindustrialização é o caminho mais promissor para a nossa economia. Estamos no coração do Centro-Oeste, o celeiro agrícola do mundo. Não tem segredo. O problema é que ainda não pararam para pensar sobre isso", disse Pena, durante uma caravana rural acompanhada pelo Correio, que percorreu no último dia 13 três das principais cooperativas da região. Políticas públicas Este ano, o governo local pretende apostar em políticas públicas voltadas para o campo. Há dois meses, alunos de 13 escolas rurais passaram a tomar café da manhã com alimentos produzidos na região agrícola do DF. "Não queremos recursos próprios. Basta que os órgãos do GDF gastem menos comprando da nossa agricultura familiar", afirma o diretor executivo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), Marcelo Resende. Ainda este semestre, o GDF promete disponibilizar internet banda larga na área rural, o que vai incentivar a modernização do trabalho nas lavouras. O governo também firmou um convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) que liberou R$ 5,2 milhões para aquisição de 1,2 mil toneladas de alimentos de 889 agricultores familiares, com o objetivo de abastecer entidades socioassistenciais. Por meio do Programa de Aquisição de Produtos da Agricultura do DF (Papa), o Executivo também vai comprar de produtores locais alimentos, flores e artesanato, sem a necessidade de licitação. Os itens atenderão a demanda de instituições como restaurantes comunitários, zoológico de Brasília e os sistemas prisional e de saúde. Independentemente de políticas públicas, o protagonismo de entidades como a Emater e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) se destaca na capital do país. O território reduzido ajuda na propagação e no acompanhamento de técnicas. Não há uma propriedade rural no DF que esteja a mais de 40km de uma das 16 unidades da Emater. O deputado distrital Joe Valle (PSB), engenheiro florestal e produtor, acredita no potencial da técnica aliada à educação. "Se houver formação, todos serão absorvidos. O DF rural é uma região de emprego pleno", sustenta. "A agroindustrialização é o caminho mais promissor para o DF. Estamos no coração do Centro-Oeste, o celeiro agrícola do mundo, e somos o terceiro maior mercado consumidor do país. Não tem segredo. O problema é que ainda não pararam para pensar sobre isso" Jacques Pena, presidente do BRB
Posted on: Sat, 29 Jun 2013 01:33:27 +0000

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