Aí você para por um segundo e pensa: estas num mundo agitado e - TopicsExpress



          

Aí você para por um segundo e pensa: estas num mundo agitado e assustador. Um mundo corrompível: talvez não por escolha. Mas o fato é que todos se corrompem. Se vendem, se compram, se trocam. É o reflexo de uma ideologia (ideologia? Não seria prática?) economicista, mercadológica que obriga (sim, obriga) as pessoas a se pensarem e verem como coisas, objetos. Ainda se desse para decidir pelo que se se vender, se comprar, se trocar... Pelo que valeria realmente a pena. Já que no final das contas, a impressão que passa é que nada será muito diferente, dicotômico. Diga o que disser, pense o que quiser, as atitudes não são mais fundamentais do que tudo isto? É que nenhuma privação salvará a nada. Ou melhor, talvez só acabe com você mesmo. Esse não é um bom lugar e não dá para mudar isso. Sejamos francos e realistas. Paremos antes que seja tarde de fantasiar uma realidade de olhos vendados que não existe. É melhor encarar a todos os fatos de frente. O único problema por aqui é acreditar em utopias. E acreditar em coisas que não (não) se conciliam. Como agua e óleo, em qualquer experimento ou condição não se misturam e se tornam algo único. O resto são apenas nossas divagações. Esta uma delas inclusive. Ou você acha que algo se mantem imutável para sempre? Por isso não acredite ingenuamente em nada, nem mesmo em quem agora dá vida a estas palavras. Talvez seja só um pensamento solto no hemisfério que por aqui passou e seguiu seu caminho. Um legitimo forasteiro que já percorreu outras civilizações, já conheceu outras histórias e outros tempos. Hoje por estas bandas; amanhã não se sabe. Não é mesmo? Forasteiros são e sempre foram assim: são intempestivos, não tem paradeiros. Eles apenas vem, atormentam um lugar, suscitam algo, deixam a dúvida e vão embora. Desaparecem quando menos se espera. São seres que não tem leis, normas ou regras. Forasteiros não possuem de fato decifragem lógica, sendo não mais do que a contra versão dela. A página do livro ao avesso, o café frio e amargo, a peça que não se encaixa do quebra cabeças. Algo apenas como um coração meio doce, meio hostil, meio indomável. Se é que me entendem. E se é que entendo a mim mesmo... Talvez seja apenas uma grande loucura, ou uma abstrata e incontível veia de loucura. Nada novo. Talvez nada faça sentido mesmo e a única falha consista em acreditar que ele exista e só precise ser encontrado, decifrado. Como se no mais intimo silêncio da noite, pudesse ouvi-lo em baixo e amordaçado, sufocado som a chorar, a gritar, a pedir socorro, como quem está prisioneiro e clama pela liberdade sem saber as coordenadas de onde se encontra. A busca sim é subjetiva, relativa.
Posted on: Tue, 22 Oct 2013 02:36:15 +0000

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