BREVE COMENTÁRIO SOBRE O FILME TEMPO SEM GLÓRIA Faz alguns - TopicsExpress



          

BREVE COMENTÁRIO SOBRE O FILME TEMPO SEM GLÓRIA Faz alguns dias, acompanhado do meu amigo radialista Antonio Carlos Cunha Valente, fui ver de novo nas dependências do Clube Caixeiral o filme Tempo Sem Glória, do cineasta produtor, diretor e roteirista gaúcho Henrique de Freitas Lima, ao qual já havia assistido pela primeira vez na década de 80, na Sala Cultural. TEMPO SEM GLÓRIA foi uma produção que marcou época e nesta sua reapresentação nos trouxe mais uma vez à lembrança a atuação de amigos e artistas conhecidos aqui de Livramento, quase todos presentes e assistindo ao seu próprio desempenho, como José Newton Canabarro e Sérgio Rosa de Paiva em papéis de destaque, assim como o advogado João Carlos Garcia e o pecuarista Sr. Martin Irulegui, todos, é claro, naquela época, trinta anos mais jovens. Esse filme, assim como LUA DE OUTUBRO do mesmo Diretor, nos mostra como acontecem as coisas no meio rural ou no dia a dia de uma fazenda, desde a paisagem, a charla matinal ou noturna, o encilhar de cavalos, a lide campesina, as conversas de boliche, as carreiras de cancha reta, os bailes de campanha, os causos de galpão e outras realidades que também são mostradas e que a alguns podem surpreender, espantar ou constranger e a outros simplesmente fazer rir. Por outro lado representa um documento histórico, pois se inicia exatamente no dia primeiro de abril de 1964, e tem seus desdobramentos com a doutrinação ideológica de um castelhano agregado (Sérgio Paiva) ao jovem filho do fazendeiro, que depois vai embora estudar na capital do estado e se torna um ativista político, retornando mais tarde à fazenda, onde reencontra o capataz (JN Canabarro) e conhece o cambista Cabezita (Dr. Cacalo) e descobre o paradeiro, em Rivera, do seu amigo socialista castelhano (Sérgio Rosa de Paiva), que mais tarde é surpreendido num contrabando de armas e morto a tiros na linha divisória pela polícia federal. Tudo isso nos é mostrado em TEMPO SEM GLÓRIA produzido e dirigido por Henrique de Freitas Lima e quase inteiramente patrocinado na época pela Viação Ouro e Prata. Parabenizamos ao mestre Henrique de Freitas Lima e à sua equipe de atores e colaboradores, quase todos amigos ou conhecidos nossos aqui da fronteira de Livramento e Rivera, por essa bela produção cinematográfica de longa-metragem que bem representa um breve período de nossa história, o nosso pago fronteiriço, nossos costumes e o talento de nossa gente. Luciano Machado
Posted on: Sat, 16 Nov 2013 16:57:49 +0000

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