Barra Bonita No artigo anterior descrevemos o processo de - TopicsExpress



          

Barra Bonita No artigo anterior descrevemos o processo de erosão laminar que ocorre quando da remoção do horizonte O do solo, após o desmatamento das matas ciliares, loteamento das margens dos rios que desrespeitam as necessidades da natureza, tudo previsto em lei, mas para variar, no Brasil, a justiça só existe no papel. Vimos também que a erosão laminar, que remove o horizonte orgânico do solo, inicia o processo de eutrofização, e que mesmo sabendo disso, em favor do capital e de grandes empresas e interesses, o processo foi deflagrado. Sabemos que a imprensa brasileira sabe disso, mas nunca noticiou. Curioso eles denunciarem problemas ambientais, cobrirem as grandes reuniões sobre meio ambiente, como as que ocorreram em Estocolmo – 1972, Nairóbi – 1982, Rio -1992, Johannesburgo – 2002 e, novamente, no Rio – 2012, no entanto, na prática, encobrem problemas que já foram discutidos nessa coluna, tais como as enchentes de São Paulo e agora, o caso emblemático, da represa de Barra Bonita. Na época, o único órgão da imprensa que cobriu o problema da barragem foi o periódico Ciência Hoje, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), aliás, uma das poucas revistas brasileiras que merecem ser respeitadas, pois são cientistas que escrevem os artigos, contrário das outras publicações que são escritas por jornalistas, que não entendem de ciência, salvo, raríssimas exceções. O didatismo feito por jornalistas, economistas, entre outros, que vem escrevendo sobre assuntos que eles sequer conhecem, tem sido uma praga na mídia brasileira. Prestando um desserviço a informação, formando opiniões sem sentido e visando favorecer certos setores da sociedade. Ao ponto de um economista, arrogante, querer escrever sobre educação, sem sequer ter dado aulas, ou pior, ter a coragem de escrever que o método pedagógico utilizado na maioria das escolas brasileiras é o construtivismo. Logo, se vê, que do alto se sua arrogância, esse sujeito, sequer, entende o que é Método Pedagógico, base de qualquer aula. Ora se não sabe do tijolo como pode falar de uma casa? Voltando ao desastre ambiental de Barra Bonita – a imprensa brasileira gosta de afirmar que desastres ambientais, só ocorreram no Leste Europeu ou no Mar de Aral, se esquecendo de nossa realidade – com o horizonte 0 exposto e carreado, em seguida, para o fundo do rio, começa o processo de erosão do horizonte A, segunda camada do solo. Tal horizonte é chamado A de Agriculturável. É formado por uma mistura de materiais orgânicos e minerais, por isso, conhecido como ambiente mínero-orgânico, onde encontraremos a minhoca fazendo seus túneis, favorecendo o arejamento do ambiente, além da favorecer a circulação da água, não bastasse, encontramos várias bactérias que atuam em simbiose com as plantas, carreando para elas, em troca de água, por exemplo, os minerais fundamentais para o crescimento dessas plantas, tais como o ferro, o molibdênio, o magnésio, o nitrogênio, o cálcio, o fósforo, o potássio, o oxigênio, o hidrogênio, o carbono, entre outros. Por essas condições físico-químicas, favoráveis à agricultura que esse horizonte é conhecido como agriculturável. A perda do horizonte A é um desastre completo, pois além de matar, definitivamente o solo, impede-o de ser produtivo. Quando colocamos fogo na mata, no pasto, condenamos o solo, pois entre outros problemas, matamos sua fertilidade em curto prazo. No início, pós-queimada, temos a impressão que o solo melhorou, em razão das cinzas, leia-se material orgânico, adubarem o solo, pois, essa impressão dura três anos, já que no quarto ano estaremos comprando fertilizantes para alterar a química do solo, para que o mesmo adquira suas condições originais. Ledo engano! Isso jamais ocorrerá, pois ao queimar matamos a microfauna e a microflora do solo, portanto, não a fixação, logo, para obtermos colheitas boas, gastaremos cada vez mais com a manutenção dos solos. É sabido que a natureza gasta em torno de 20.000 anos para formar um centímetro de solo, mas nós podemos acabar com o mesmo, em apenas três anos. Somos um predador, inacreditavelmente, voraz. Mesmo sabendo disso, a cada inverno, continuamos a queimar, mesmo nossas leis dizendo que é proibido. Eu mesmo já denunciei a prefeitura de meu município, a polícia militar, o IBAMA, a secretaria do meio ambiente do estado de São Paulo, um joga para o outro. Desconfio que esses órgãos sejam formados por um corpo de funcionários que desconhecem as informações trazidas por esse artigo e que, portanto, ignoram a denúncia de alguém que entende a natureza nos seus mínimos detalhes e que, portanto, vão ficar tão envergonhados que preferem ignorar. Quando alguém ignora denúncias desse tipo, para mim, são criminosos do quilate de Stálin, Hitler ou Mao, pois sabem que para recuperarmos o solo, ou uma represa, no caso de Barra Bonita, são gastos, até, bilhões de dólares, dinheiro que seria, bem, melhor usado, se empregados na saúde, na habitação, na seguridade social, pior não é isso, pior é a imprensa, que deveria, informar, mas prefere formar servindo a interesses claros, não batalhar para resolver tais assuntos, ou seja, agem tal e qual a imprensa nazista. Sabem dos crimes, mas os ignora, pois assim não vendem jornais, programas e revistas, ou conseguem favores, de quem os interessa. Viva o Deus Dinheiro! Quanto a Barra Bonita, as margens do Tietê desprotegidas, viram o processo de lixiviação, erosão do horizonte A, acelerar o processo de eutrofização e assoreamento da represa, porém a destruição e posterior recuperação, a custo de bilhões de dólares, ainda será alvo de mais um artigo. Até lá.
Posted on: Tue, 24 Sep 2013 14:35:09 +0000

Trending Topics



class="stbody" style="min-height:30px;">
Aesthetica Art Prize A Celebration of Excellence The
Kadang2 kwn2 boleh terfikir x?? Manusia yg sombong dgn kita bendi

Recently Viewed Topics




© 2015