CAPITULO DA PROSA NARRATIVA DE AUTORIA DE WAGNER VINICIUS LEMOS. - TopicsExpress



          

CAPITULO DA PROSA NARRATIVA DE AUTORIA DE WAGNER VINICIUS LEMOS. Minha formosa andarilha! 13 de Janeiro Durante a tarde, no período maior do dia a andarilha pôs-se deitada na cama a dormitar. Prolongava-se no tempo. Numa ociosidade a vagar. Faceira! Como se fosse inalterável... Mas, ainda ficava a murmurar palavras olhando para mim da cama. Noutra ocasião estirava-se sobre o sofá com o tapete a mão fazendo os pontos! Depois das três horas da tarde naquela nova vida; toda pensativa diante do retrós da linha de crochê Rute Laura olhava satisfeita mexendo com os dedos realizando os pontos. Este amor exagerado de mim. Era a evidência da sua dedicação, devotamento a me cuidar. Logo na primeira semana comigo pude contemplar ela em nosso quarto estirada sobre o colchão. Deitava-se com as pernas encolhidas, dobrado os joelhos e com os braços atrás da nuca. Eu brevemente exclamava: __ Rute Laura estire suas pernas! Tire os braços detrás da nuca! Ela, então me olhava de relance como se quisesse dizer que estava bem, acostumada daquele jeito. Vendo aquela cena ia me deitar, cerrava as páginas do romance de Eça de Queiros, depois apagava as luzes da sala e ia dormitar ao seu lado. E com as pernas encolhidas como se estivesse com gosto de andar sobre a cama Rute Laura dormia. Uma noite, quando voltei do comercio onde estava publicando o livro, e depois da entrevista com o repórter que nem sequer sabia o que era enredo. Eu fui para a cozinha após entrar em casa. Cumprimentei Rute Laura com beijo, depois me sentei no sofá e fui dizendo: __Rute Laura, traga-me um café, aqui esta o jornal que disse que saiu a reportagem minha, com a fotografia e tudo. O jornal da província é bom. Mas, Rute Laura chegue cá, venha ver como está a fotografia, e a reportagem que o jornalista Roberto de Albuquerque de Araújo escreveu contando minha prosa. __Espere! Vou botar água no fogo! __Quer café? Ainda está quente é de agora mesmo! __me perguntou com delicadeza. __Querida fui a uma livraria, tomei uma recusa. Saiba minha adorada não gosto de embaraço, e tenho raiva de desfeita. Eu percorro as tarde lendo os romances do Eça de Queiros, e o romancista russo Dostoievski para aprender escrever. As noites. Neste momento, ela colocou a xícara de café em meu colo, passou a mão nos meus cabelos e me beijou. Não sei por que narrar estes detalhes. Nas horas da refeição. Após começarmos a servir a andarilha olhava para mim, com um riso licencioso, faceiro. Como se quisesse dizer algo, saber se estava gostando da comida que ela cozinhava. As vizinhas olhavam para Rute Laura com medo, com expressão de receio e muita desconfiança. Sua idoneidade, eu sabia a moradora de rua não era ladra! Ela, a andarilha que após uma semana a estas suspeitas, tive um pensamento para acabar com o mexerico das carolas, das vizinhas que não tinham o que fazer. Fui com a andarilha no comercio comprei uma linha e agulha de crochê pra ela se ocupar de um oficio. Em vez de enredar a vida alheia como faziam aquelas vizinhas perto de casa.
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 04:24:18 +0000

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