CPI DA VARIG: FUNCIONÁRIOS FORAM PREJUDICADOS CPI DA VARIG: - TopicsExpress



          

CPI DA VARIG: FUNCIONÁRIOS FORAM PREJUDICADOS CPI DA VARIG: FUNCIONÁRIOS FORAM PREJUDICADOS Os depoimentos desta quinta-feira (16/11) à CPI que apura a venda da Varig levaram o presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT), a afirmar que as ações que culminaram na venda da companhia aérea favoreceram, única e exclusivamente, os interesses da empresa compradora, a Volo do Brasil, em detrimento dos direitos dos trabalhadores da companhia. O parlamentar ainda questionou a isenção do juiz responsável pelo processo judicial de venda da Varig, Luiz Roberto Ayoub, e criticou os sindicatos controlados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Os dois primeiros depoimentos foram dados pela presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziela Baggio, e pela presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Celma Balbino - ambas as organizações ligadas à CUT. Ambas foram incisivas ao afirmar que a crise vivida hoje no setor aéreo brasileiro decorre da falta de política e de assistência do Governo federal na área."Os sindicatos estão se confundindo com os interesses do Governo e deixando de lado os interesses dos trabalhadores", afirmou Paulo Ramos. Durante o depoimento, Celma fez uma retrospectiva das ações do sindicato no desenrolar do caso Varig e criticou a atuação do ex-presidente da Varig, Marcelo Bottini. "Ele é um traidor. Enganou os trabalhadores e não fez a parte dele para nos ajudar. Demitiu milhares de funcionários e manteve apenas os que interessavam a ele", afirmou Celma. Graziela contou que no final de 2005 encontrou Bottini e que o ex-presidente, na ocasião, fez elogios ao fundo Matlin Patterson, que é um dos investidores da Volo do Brasil. O presidente da CPI achou estranha a ligação entre o fundo e a Varig antes dos leilões e disse que pretende ouvir Bottini, na próxima terça-feira (21/11), às 11h, na Sala 316 do Palácio Tiradentes. O depoimento seguinte foi o do coordenador da Associação de Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), Marcio Marsillac. Ele reclamou da atuação do juiz Luiz Roberto Ayoub na condução dos leilões da Varig. Segundo ele, os critérios foram diferentes no primeiro leilão, realizado no dia 19 de junho deste ano, quando a NV Participações, formada pela TGV, fez a única proposta de compra da Varig, e o segundo, quando a companhia foi arrematada pela Volo do Brasil. "Pela nossa proposta, pagaríamos como parte da compra R$ 500 milhões em debêntures a serem emitidos em vinte anos. Já a segunda proposta, que o juiz aceitou, prevê o pagamento de apenas R$ 45 milhões em debêntures em dez anos. E como esses pagamentos vão para os trabalhadores, é claro que eles serão extremamente prejudicados", afirmou Marsillac. Após ouvir o relato, Paulo Ramos disse haver "aspectos preocupantes quanto às posições que o juiz tomou durante os dois leilões". Marsillac também levantou suspeita sobre o funcionário André Azevedo, que trabalhava em um banco que prestava assessoria à Varig e que atuou como assessor de um dos possíveis investidores do primeiro leilão, mas que acabou desistindo de apresentar ofertas. "Em menos de um mês ele deixou o cargo no banco e foi assessorar um dos nossos parceiros. Logo em seguida, este investidor deixou de ter interesse em investir na companhia", contou. Paulo Ramos anunciou que convocará, para as próximas sessões, André Azevedo. Na sessão da CPI da próxima terça-feira (21/11), além de Bottini, estão sendo esperados a ex-diretora jurídica da Varig, Glenda Romano, e o representante da TGV, Élnio Borges. - See more at: alerj.rj.gov.br/common/noticia_corpo.asp?num=18137#sthash.t5BVaWKw.dpuf
Posted on: Mon, 24 Jun 2013 04:35:14 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015