CRIANÇA PRECISA VIVER SOLTA, CORRER, PULAR, SE PENDURAR, ESCALAR, DAR CAMBALHOTA, SALTAR! Simples, né? Sem pressão, sem competição, sem limitação... Pena que complicamos. Se considerarmos o fato de essas crianças das periferias não terem condições de ingressarem depois em um programa de treinamento especializado para um esporte para o qual demonstrarem talento, os números poderiam ser ainda maiores. A MAIORIA DOS ATLETAS VEM DAS PERIFERIAS "Quando se compara o desenvolvimento motor de crianças que vivem na periferia de cidades brasileiras com aquelas que moram em apartamentos e passam o dia assistindo televisão ou jogando videogame, o atraso destas últimas é significativo. Sem deixar de considerar os riscos oferecidos pela pobreza, o fato é que em uma favela ou outro lugar de vulnerabilidade social, a criança já nasce solta, engatinha na terra, pode subir em árvores, correr atrás de pipa, escalar morro, dar mortal para trás. Pode fazer uma série de coisas que não tem a ver com esporte, mas que aumentam seu repertório motor. Não à toa, a maior parte dos atletas de alto desempenho em nosso país vem de classes baixas. Em um acompanhamento feito na USP com dezenas de esportistas, dos jogadores de futebol, cerca de 90% eram de classe baixa. No handebol, a média ficou nos 80% e no vôlei e basquete, 75%." (Luiz Rigolin - Pós Doutor em Educação Física pela USP e autor do livro Desempenho Esportivo: Treinamento para Crianças e Adolescentes)
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 12:18:17 +0000
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