Chegamos à praia. O gradeamento que separa o "Passeio Alegre" da areia grossa imaculadamente limpa é lindo! (Hoje desaparecido. No entanto, posso recordá-lo na Praia da Foz - Porto). Volto de novo aquele tempo. Dirigimos-nos às nossas barracas: três de frente para o mar e de costas para o "Passeio Alegre". Lá estão as cadeiras de madeira encavalitadas duas a duas, as mantas, os almofadões de folhelho, o saco dos nossos brinquedos... A empregada forra as barracas com mantas. Coloca as cadeiras todas numa delas, para os avós as tias avós. Não me lembro de nenhum tio avô. Na outra barraca, por cima da manta coloca alguns almofadões para a mamã e as tias. Por último trata da nossa. Forra-a com mantas. Coloca o lanche do meio da manhã, muito bem acondicionado; mais almofadões; os brinquedos, o bebé na alcofa (é impressionante, há sempre um bebé!), o carrinho da bebé maior, as roupas que a mamã e as tias vão retirando a todas as crianças. A mamã coloca-nos Nívea de lata aos montes, enterra-nos o chapéu de palha ou de ráfia na cabeça. Nós choramos sempre! Não queremos Nívea! Não queremos chapéus! Os familiares mais velhos intervêm: oh menina coloque mais creme aqui, ali e acolá; puxe a aba do chapéu para os olhos. Não lhe tire a blusa. Por fim libertam-nos......
Posted on: Fri, 16 Aug 2013 13:35:50 +0000
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