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Colégio Estadual Dr Wolfram Metzler Componente curricular de Filosofia Área de trabalho: Ensino médio Serie: 1ª ano do Ensino Médio Professor: Flávio André Balem Tema: os filósofos pré-socráticos. Os pensadores de mileto Quando se fala que a filosofia nasceu na Grécia, devemos explicar que nunca teve um estado grego unificado. O que chamamos de Grécia nada mais era que um conjunto de muitas cidades estado, independentes umas das outras e muitas vezes rivais. No vasto mundo grego a filosofia teve como berço a cidade de Mileto. Mileto abrigou os três primeiros filósofos: Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Destaca-se, entre os objetivos desses primeiros filósofos, a construção de uma cosmologia – explicação racional e sistemática das características do universo. Por isso, tentaram descobrir como base a razão e não na mitologia. Ou seja, pretendiam encontrar a “matéria prima” de que são feitas todas as coisas. Tales: a água. Tales de mileto (623-546 a. C.) é tido como o pensador que deu inicio a indagação racional sobre o universo, considerado um dos primeiros pensadores gregos. Inspirando-se em concepções egípcias, acrescidas de suas próprias observações de corpos hídricos – como rios e mares -, toda a vida animal e vegetal veio da água. Seria ela a origem única de todas as coisas, presente em tudo que existe. Anaximandro: o indeterminado Anaximandro de mileto (610-547 a.C.), discípulo de tales, procurou aprofundar as concepções do mestre sobre a origem de todas as coisas. Determinou água, terra, ar e fogo. Para o filosofo, o principio primordial deveria ser algo que transcendesse os limites do observável, não se situaria em uma realidade ao alcance dos sentidos, como a água. Por isso determinou o àpeiron, termo grego que significa “o indeterminado”, “o infinito” no tempo. O ápeiron seria amassa geradora dos seres e do cosmo, contendo em si todos os elementos opostos. O céu e a terra, bem como os animais, em uma sucessão evolutiva que faz lembrar a posterior teoria da evolução do sec. XIX. Enfim desenvolveu a tese de que a terra é cilíndrica e estaria no centro do universo. Anaxímenes: o ar Anaxímenes (588 – 524 a.C.), discípulo de Anaximandro, concordava que a origem de todas as coisas é indeterminada. Entretanto, recusou-se a atribuir a essa indeterminação o caráter de arché. Anaxímenes propôs o ar como principio de todas as coisas: “como nossa alma é ar, soberanamente nos mantêm unidos, assim também todo o cosmo sopro e ar o mantêm”. O ar seria infinito e ilimitado, penetrando todos os vazios do universo. Também seria um principio ativo e gerador do universo, gerador do movimento, como nos ventos. Defendia que a terra era plana e estaria suspensa no ar, a luz da lua era reflexo da luz do sol e seus eclipses são consequência de terem sido obstruídos por outro corpo celeste. Pitágoras: os números Pitágoras de Samos (570-490 a.C). Profundo estudioso da matemática, Pitágoras defendeu a tese de que todas as coisas são números. Para chegar a essa tese, primeiro teria percebido que a harmonia dos acordes musicais correspondia certas proporções aritméticas, supôs então, que as mesmas relações se encontrariam na natureza. Unindo essa suposição aos conhecimentos de astronomia – que podia, por exemplo, calcular antecipadamente o deslocamento dos astros, concebeu a ideia de um cosmo harmônico, regido por relações matemáticas (teoria da harmonia das esferas). Se para Pitágoras tudo eram os números, isso quer dizer que o principio fundamental seria a estrutura numérica, matemática da realidade. Por exemplo, os corpos eram constituídos por pontos e a quantidade de pontos de um corpo definiria suas propriedades. O mundo teria surgido da fixação de limites para o ilimitado, da imposição de formas numéricas sobre o espaço. E da estrutura numérica da realidade derivariam problemas como o finito e o infinito, par e impar, unidade e multiplicidade, reta e curva, circulo e quadrado. Observe que Pitágoras introduziu pela primeira vez uma explicação com um elemento mais formal, fundado na ordem e na medida. Há um monismo quando ele diz que tudo é numero. Segundo sua doutrina, o mundo surgiu de um apeíron determinado pelo limite, principio que instaura o múltiplo, mas mantém a unidade e a ordem universal. O limite operaria como um deus, ou seria o próprio Deus. Apaixonados pela matemática, os pitagóricos aliaram-se aos números concepções não apenas filosóficas, mas também místicas, desenvolvendo uma visão espiritual da existência. Por isso propuseram que a alma é prisioneira do corpo e que dele se libera com a morte. Podendo reencarnar-se em uma forma de existência mais elevada, dependendo do grau de crescimento e virtude que a pessoa tivesse alcançado. Assim, para eles, o principal propósito da existência humana seria o de purificar a lama e elevar suas virtudes. Atribui-se a Pitágoras o uso d apalavra filosofia. Heráclito: fogo e devir. Heráclito observava que a realidade é dinâmica e que a vida esta em constante transformação. Dizia que tudo flui nada persiste nem permanece o mesmo. O ser não é mais que o vir a ser. “Tu não podes descer duas vezes no mesmo rio, porque novas águas correm sobre ti”. Para, ele, o fluxo constante da vida seria impulsionado justamente pela luta de forças contrarias: a ordem e a desordem, o bem e o mal, o belo e o feio, a construção e a destruição, a justiça e a injustiça, o racional e o irracional, a alegria a tristeza. Afirmava que a guerra é a rainha, mãe e principio de todas as coisas. Dever-se-ia ter um elemento primordial de todas as coisas esse elemento deveria ser o fogo, com chamas vivas e eternas, governando o constante movimento dos seres. “este mundo, nenhum deus ou homem o fez; mas foi sempre, é e será um fogo eternamente vivo que se acende com medida esse apaga com medida”. A medida do se acender a apagar será determinada pelo logos – pensamento, a razão -, a razão era o discurso do filosofo. “é sábio escutar não a mim, mas o meu discurso”. Pesadores de Eléia – Parmênides: o ser Entendia que eram equivocados a ideia dos demais pensadores de dar demasiada importância aos dados fornecidos pelos sentidos. Parta ele “o ser é e o não ser não é” - O ser é: é aquilo que é e é eternamente. O ser constitui a substancia permanente de todas as coisas. Portanto, o ser é de maneira imutável e imóvel, e é o único que existe, pois o ser é uno, pleno, continuo e absoluto. O ser não é: a negação do ser, portanto é nada, não existe. Essa é uma conclusão lógica, pois se o ser é tudo, o não ser só pode não existir. O não ser seria a mudança, pois mudar é justamente não ser mais aquilo que era, nem ser ainda algo que é. Foi considerado o primeiro filosofo a elaborar o principio da identidade (a=a), elaborando o principio da lógica. Parmênides expôs dois caminhos para a compreensão da realidade. O primeiro é o da verdade, da razão. O segundo é o da opinião, da aparência enganosa. Zenão Discípulo de Parmênides, Zenão de Eléia (488- 430 a.C.), elaborou argumentos para defender a doutrina de seu mestre. Com eles pretendia demonstrar que a própria noção de movimento era inviável e contraditória. Desses argumentos, talvez o mais celebre seja o paradoxo de Zenão, que se refere a corrida de Aquiles com uma tartaruga. a- Se, na corrida, a tartaruga saísse à frente de Aquiles, par alcançá-la ele precisaria percorrer uma distancia superior a metade da distância inicial que os separava no começo da competição. b- Entretanto, como a tartaruga continuaria se locomovendo, essa distancia, por menor que fosse, teria se ampliado. Aquiles deveria percorrer, então, mais da metade dessa nova distancia. c- A tartaruga, contudo, continuaria se movendo, e a tarefa de Aquiles, se repetiria ao infinito, pois o espaço pode ser dividido em infinitos pontos. É obvio que o argumento de Zenão não corresponde à realidade. Por isso é chamado de paradoxo, isto é, um raciocínio que parecem correto e bem fundamentado, mas cujo resultado entra em contradição com a experiência do mundo real. Geralmente uma falácia, ou seja, um raciocínio lógico equivocado que leva a uma conclusão errônea com aparência de verdadeira. Mas enquanto não se sabe se existe e onde esta a falácia, o que temos é um paradoxo. Ex: o amor é uma falácia. Os argumentos Zenão mostram como foi difícil compreender conceitos como: movimento, espaço, tempo e infinito. Empédocles: quatro elementos. Esforçou-se para considerar as concepções de Heráclito e Parmênides, - Mas procurou encontrar uma maneira de tornar racionais os dados captados por nossos sentidos. Defendeu a existência de quatro elementos primordiais, que constituem as raízes de todas as coisas percebidas: o fogo, a terra, a água e o ar. - Esses elementos seriam movidos e misturados de diferentes maneiras em função de dois princípios universais opostos. Amor: responsável pela força de atração e união e pelo movimento de crescente harmonização das coisas; Ódio: responsável pela força de repulsão e desagregação e pelo movimento de decadência, dissolução e separação das coisas. Para Empédocles todas as forças estão subentendidas as forças cíclicas desses dois princípios. Demócrito: o átomo. Responsável pela doutrina do atomismo. Para ele, a experiência do movimento era justamente a prova da existência de um não ser, que em sua concepção era o vazio. Sem espaço vazio, nenhuma coisa poderia se mover argumentava o filosofo. Todas as coisas são formadas por partículas invisíveis e indispensáveis. Que ele denominou- as de átomos (significa não divisível). Prova oral para os primeiros anos. O horizonte que vemos não é o horizonte que existe. Flávio André Balem Sempre que vem um feriadão, muitas pessoas, naturais de cidades do interior de nosso estado, agora residindo na grande Porto Alegre e vale dos sinos. Sempre que vem um feriado pegamos a estrada para visitarmos parentes que ainda residem no interior. Quando vamos fazer essas viagens procuramos nos programar a fim de que tudo de certo. Se eu fosse retratar o que aconteceu em todas as viagens que fiz ao interior escreveria uma bíblia, mas apenas vou retratar parte do que aconteceu em uma delas, que por sinal muito me marcou. Cheguei à rodoviária de Porto Alegre e acomodei-me em um banco. Como a espera seria longa e sempre que se está em uma rodoviária à espera de um ônibus, qualquer pessoa que chegar ao nosso lado, e nos der um pouco de atenção, para que a espera não seja tão demorada se torna de certa forma uma grande vantagem. E foi exatamente nessa espera que eu teria que aguardar três horas para que chegasse a hora do embarque, nos primeiros quinze minutos que aguardava sozinho num banco já me sentia um pouco angustiado peguei um livro de filosofia e dei uma olhada ao mesmo tempo que olhava os desfiles de modas daquelas pessoas que viajavam ao interior. Nisso sentou no meu lado um menino, parecendo estar com fome, minha primeira impressão era de que o mesmo iria pedir-me um trocado, e não tive dúvidas quanto à pergunta que o garoto fez-me. -- Tio me da um dinheiro para que eu possa comprar um pastel. Como eu estava só no meio de uma multidão, falei ao garoto que aguardasse e fui à lancheria mais próxima, comprei um pastel e entreguei ao garoto. Ao receber o pastel o garoto perguntou se poderia comer o pastel, ali ao meu lado, pois pelo que percebi o garoto simpatizou comigo. Como eu ia ficar ali aguardando, tinha a companhia do garoto, pois sempre que conversamos com alguém que não faz parte do nosso grupo de trabalho ou amizades tem algo novo a nos ensinar. A fome do garoto trouxe alguém para me fazer companhia naquelas horas que não queriam passar. Naquele momento o garoto que apresentava ter uns doze anos de idade, deve ter percebido que poderia trocar umas ideias comigo, ou no linguajar popular jogar umas conversas fora. E então com um ar de velho conhecido olhou para o livro que eu carregava nas mãos e perguntou. -- Que livro e esse que levas na mão? Respondi que o livro era de Filosofia, então percebi que a curiosidade do garoto iria aumentar, pois a minha resposta fez com que surgisse uma dúvida que ficasse a martelar a cabeça dele sobre o que seria a Filosofia. Então ele não tardou em fazer a pergunta que eu imaginei que ele fizesse. -- O que é Filosofia? Naquele momento, fiquei um pouco confuso, de como explicar o que é Filosofia para um garoto de doze anos, mas em um estralar de dedos, percebi que dar uma aula de Filosofia a um garoto pedinte, era a oportunidade de atenção que ele iria ter, já que muitas pessoas olham para garotos pobres sem conhecer as razões de sua pobreza com um determinado preconceito e também o garoto me distrairia no tempo em eu aguardava o ônibus. Para responder o garoto falei a ele que Filosofia tinha vários significados e cada vez que eu fazia uma dedução do significado ficava com dúvidas. Mas para dar uma resposta convincente ao garoto falei o significado da origem da Filosofia na Grécia antiga. Disse que: Filosofia era uma palavra que teve origem na Grécia Antiga. Sendo que a mesma se originou de duas outras palavras sendo que uma delas era: PHILO que significa “aquele que tem um sentido amigável”, derivada de PHILÍA, que significa “amizade e amor fraterno”. E a outra palavra era: SOPHIA que quer dizer “sabedoria” derivada da palavra SOPHÓS, Sábio. E para “tentar” deixar bem explicado falei que Filosofia significava: “amizade pela sabedoria” ou “amor e respeito pelo saber”. E o garoto mais confuso ainda não se intimidou em seguir perguntando. - Então a Filosofia surgiu com os gregos? Não sei se ele captou quem eram os gregos ou a pergunta saiu espontânea, mas fui logo respondendo que a Filosofia surgiu na Grécia antiga quando alguns pensadores gregos perceberam que a verdade não era algo secreto que precisasse ser revelado por divindades e a própria razão seria capaz de conhecer-se a si mesma. Mas fiz o possível para deixar bem explicado, que embora a Filosofia que estávamos discutindo tivesse surgido na Grécia antiga por razões históricas e políticas. De qualquer maneira essa forma de pensamento desenvolvida pelos gregos acabou dominando o modo de pensar de toda a cultura ocidental, inclusive do Brasil, pois havíamos sido colonizados por europeus. Mas isso não significa que outros povos não possuam sabedoria, como no caso dos povos astecas, incas e maias que viviam na América, estes últimos tinham uma enorme biblioteca que os espanhóis colocaram fogo, dizendo que a mesma era profana, quem sabe quanta sabedoria não virou cinza. O fato é que os gregos possuíam determinadas ideias completamente diferente dos demais povos e foi essa diferença de pensamento que influenciou a sociedade ocidental. E para continuar o assunto, falei ao garoto de que os gregos, segundo a sua Filosofia, foram os primeiros a definir o ser humano como ser racional. Os olhos do garoto brilharam que não dava para perceber se era por eu ter esclarecido as dúvidas ou se as dúvidas em vês de esclarecidas tinham sacudido ainda mais a sua cabeça. Assim ele parou um pouco, pensou, e perguntou o seguinte: -- Qual a diferença entre a verdade revelada por divindades e a verdade revelada pela própria razão? Com essa pergunta percebi que em vez de eu mexer a cabeça do garoto, ele começou a mexer com a minha. Desta forma respondi que a verdade revelada por divindades era aquela verdade que não tem um fundamento cientifico. Quando não se tem uma resposta para se dar a um fenômeno da natureza, se atribui que esses fenômenos têm como origem uma divindade e não do fenômeno causado pela natureza em si. E quando acontece uma catástrofe causada por mãos humanas, os humanos falam que é castigo de deus para não assumir a culpa. Já no uso do pensamento de forma racional tem-se a recusa de explicações preestabelecidas, e sim uma explicação racional para cada fato, sendo que toda a solução para que seja aceita, antes a mesma tem que ter sido demonstrada através de uma experiência. Os gregos no uso da razão deduziram que o mundo sempre existiu diferente dos conceitos revelados por divindades de que o mundo foi criado. Posteriormente Santo Agostinho fez uma critica a aqueles que segundo Agostinho estava cheios de velhice espiritual e que os mesmos diziam o seguinte: “que fazia Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”. O exemplo da criação do mundo por Deus “foi o mesmo que criou o mundo e não se fala mais nisso”, já a evolução do ser humano do ponto de vista de que o mundo sempre existiu ou a versão histórica de que o homem foi evoluindo do macaco até chegar ao homo sapiens moderno fica aquela pergunta. Foi Deus que criou o Homem? Ou, Foi o homem que criou Deus? Depois de minha explicação o garoto ficou um pouco calado, como quem tinha “entendido tudo”. Mas no brilho de seus olhos se percebia que ele queria saber mais e não tendo em mente uma pergunta a fazer, me pediu o livro e começou a folhar as paginas e achou uma frase destacada entre aspas e pediu que eu lesse a mesma a ele. Naquele momento caiu-me a ficha e acabei descobrindo que o garoto era analfabeto. Minha primeira impressão a respeito do analfabetismo do garoto foi pensar na desigualdade social de um país tão rico e ao mesmo tempo manter grande parte da população analfabeta. Mas depois analisando o conhecimento do garoto, juntamente com a curiosidade que o mesmo tinha em aprender através de suas perguntas lembrei-me de uma frase de Mario Quintana, em que o mesmo dizia que “os verdadeiros analfabetos são aqueles que sabem ler e não leem”. A frase dizia tudo, pois, aquele garoto mesmo analfabeto trazia na bagagem da escola da vida um grande conhecimento e uma grande vontade de aprender que muitas pessoas que tenham de tudo e ao mesmo tempo “pensam” que sabem tudo não possuem. A frase destacada que o garoto pediu que eu lesse era a máxima grega “conhece-te a ti mesmo”. Quando acabei de ler a frase o garoto auto-observou-se e se eu tivesse o poder de ler pensamentos diria que ele teria ficado pensando o que seria conhecer a si mesmo. E como já estávamos familiarizados em discutir Filosofia, e ele já sabendo onde a mesma havia tido surgido, perguntou-me em seguida. -- Quero saber o que quer exatamente dizer essa frase e se a mesma também surgiu na Grécia antiga? Respondi que a frase “conhece-te a ti mesmo” era o principal oráculo do templo dedicado ao deus grego Apolo. O deus da luz, da razão e do conhecimento verdadeiro, considerado o patrono da sabedoria. Na porta de entrada do santuário dedicado ao deus Apolo, na cidade de Delfos na Grécia antiga, estava escrito a grande (mensagem) de Apolo: “conhece-te a ti mesmo”. E dessa forma a grande mensagem de Apolo quer dizer que devemos muitas vezes nos conhecer a nos mesmos para sabermos as respostas das perguntas que nos fazem. Ou melhor, as respostas de nossas perguntas muitas vezes esta em nós mesmos e procuramos que os outros nos dão as respostas. E o garoto prosseguiu. -- O que era um oráculo? Expliquei que oráculo era uma mensagem misteriosa enviada por um deus como resposta a uma indagação feita por algum humano. Essa revelação divina devia ser interpretada por uma “pessoa especial” que recebia a mensagem e transmitia para quem havia enviado à pergunta a divindade. Que entre os gregos antigos essa pessoa especial costumava ser uma mulher chamada Sibila. E continuando a explicação não poderia deixar o garoto sem saber quem foi o pai da Filosofia e dei prosseguimento à explicação falando do pai da Filosofia consultando o oráculo. Disse que havia na Grécia antiga um ateniense chamado Sócrates e que o mesmo foi ao santuário em Delfos consultar o oráculo, pois em Atenas todos diziam que Sócrates era um sábio, e ele foi consultar o oráculo para saber o que era ser um sábio. O oráculo que era uma mulher, perguntou a Sócrates: “o que você sabe?”. Sócrates respondeu: “Só sei que nada sei”. E após a resposta de Sócrates o oráculo disse: “Sócrates é o mais sábio de todos os homens, pois é o único que sabe que não sabe”. Sócrates é o pai da Filosofia. O mesmo contestava aqueles que pensavam que sabiam, mas não sabiam, isto é aqueles que tinham vergonha de dizer que não sabiam. No seu tempo ele sempre procurou desconfiar das aparências e sim procurar trazer a realidade verdadeira de todas as coisas procurando fazer com que as pessoas enxergassem as coisas além das aparências. Ele andava pelas ruas de Atenas a fazer perguntas que contestava os valores dos atenienses como: “O que é isso que você esta dizendo?”, “o que é isso em que você acredita?”. Sócrates fazia perguntas aos atenienses a respeito do que os mesmos sabiam de tal maneira que após as perguntas de Sócrates os atenienses que “pensavam que sabiam” percebiam que não sabiam nada sobre o assunto que “pensavam que sabiam”. Desta forma Sócrates contestou de tal maneira os pensamentos dos atenienses que deixou os poderosos da cidade indignados a ponto de os mesmos condená-lo a morte, acusado de corromper a juventude espalhando dúvidas sobre as ideias e os valores atenienses com suas perguntas. E o garoto prosseguiu. -- Sócrates devia ser uma pessoa que mostrava novas ideias aos jovens ao ponto de ser condenado por corromper a juventude. Como nos dias de hoje todos aqueles que nos ajudam são estigmatizados. Os que não conhecem os pobres dizem-nos que temos que não só ganhar o peixe e sim ganharmos o anzol e aprendermos a pescar, mas o que na realidade acontece é que ninguém nos da o anzol e ninguém nos da à oportunidade de aprendermos a pescar. Como o que esta acontecendo hoje com nos dois aqui sentados em um banco depois de tu ter me pagado um pastel. O que outras pessoas falam é que em vez de pedir tenho que trabalhar, mas para trabalhar, segundo a lei ainda sou menor de idade, meus pais estão desempregados e recolhem papel na rua para sobreviverem, varias vezes fui matriculado na escola, mas sempre fui obrigado a abandoná-la para ajudar meus pais. Hoje por exemplo já são 20h e o que eu e meus pais recolhemos de papel não vai ser suficiente para fazermos uma refeição hoje à noite. Amanha de manha não tomaremos o café da manhã se não encontrarmos alguém que nos de um dinheiro ou nos de um pastel como esse que acabaste de me dar. E se alguém hodiernamente aparecer com ideias de acabar com a miséria vai ser condenado igual Sócrates, o porquê da condenação é alguém estar lucrando com a nossa miséria, a exemplo do comprador de nosso papel. Você viu que sou um analfabeto e se alguém não me der uma oportunidade continuarei analfabeto. Sócrates foi condenado por pensar diferente, os ignorantes o condenaram e essa ignorância perdura até hoje acima das ideias daqueles que pensam diferentes. Após o desabafo que o garoto fez, percebi que eu deveria deixá-lo com mais animo para que o mesmo enfrentasse a vida, já que tive a percepção de que ele embora não tivesse uma oportunidade gostaria de um dia sair da miséria. Abri o livro para colocá-lo rumo ao próximo desafio, como não iria dar uma vida melhor ao mesmo só poderia desenvolver o seu pensamento para que, como ele mesmo tinha dito, na observação de ganhar o anzol e aprender a pescar. Assim eu poderia fazer com que ele conseguisse construir o seu próprio anzol, ou seja, o anzol do conhecimento e enfrentar a vida. Falei a ele sobre o mito da caverna escrito por um discípulo de Sócrates chamado Platão. O garoto concentrou a sua atenção e comecei a leitura. Mito da caverna “Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um alto muro. Entre o muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa um fino feixe de luz exterior, deixando a caverna na obscuridade quase completa. Desde o nascimento, geração após geração, seres humanos encontram-se ali, de costas para a entrada, acorrentados sem poder mover nem locomover-se, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto uns aos outros nem a si mesmos, mas apenas sombras dos outros e de si mesmos porque estão no escuro e imobilizados. Abaixo do muro, do lado de dentro da caverna, há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna. (imagine que a caverna é uma sala de cinema escura, o fio de luz, a luminosidade lançada pelo projetor, e as imagens no fundo da parede da caverna, um filme que esta sendo projetado numa tela). Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres e animais cujas sombras também são projetadas na parede da caverna, como num teatro de fantoches. Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas e pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas. E que os artefatos projetados são seres vivos que se movem e falam. Os prisioneiros se comunicam, dando nome às coisas que julgam ver (sem vê-las realmente, pois estão na obscuridade) e imaginam que o que escutam, e que não sabem que são sons vindos de fora, são as vozes das próprias sombras e não dos homens cujas imagens estão projetadas na parede; também imaginam que os sons produzidos pelos artefatos que esses homens carregam nos ombros são vozes de seres reais. Qual é, pois, a situação dessas pessoas aprisionadas? Tomam sombras por realidade, tanto às sombras das coisas e dos homens exteriores como às sombras dos artefatos fabricados por eles. Essa confusão, porem, não tem como causa a natureza dos prisioneiros e sim as condições adversas em que se encontram. Que aconteceria se fossem libertados dessa condição de miséria? Um dos prisioneiros, inconformado com a condição em que se encontra, decide abandoná-la. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. De inicio, move a cabeça. Depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala. Enfrentando os obstáculos de um caminho íngreme e difícil, sai da caverna. No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do sol, com a qual seus olhos não estão acostumados. Enche-se de dor por causa dos movimentos que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo ofuscamento de seus olhos sob a luz externa, muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que havia no interior da caverna. Sente-se dividido entre a incredulidade e o deslumbramento. Incredulidade porque será obrigado a decidir onde se encontra a realidade: no que vê agora ou nas sombras em que sempre viveu. Deslumbrado (literalmente: ferido pela luz) porque seus olhos não conseguem ver com nitidez as coisas iluminadas. Seu primeiro impulso é o de retornar a caverna para livrar da dor e do espanto, atraída pela escuridão, que lhe parece mais acolhedora. Além disso, precisa aprender a ver e esse aprendizado é doloroso, fazendo-o desejar a caverna onde tudo lhe é familiar e conhecido. Sentindo-se sem disposição para regressar a caverna por causa da rudeza do caminho, o prisioneiro permanece no exterior. Aos poucos, habitua-se a luz e começa a ver o mundo. Encanta-se, tem a felicidade de finalmente ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras. Doravante, desejara ficar longe da caverna para sempre e lutará com todas as forças para jamais regressar a ela. No entanto, não pode evitar lastimar a sorte dos outros prisioneiros e, por fim, toma a difícil tarefa de regressar ao subterrâneo sombrio para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também. Que lhe acontece nesse retorno? Os demais prisioneiros zombam dele, não acreditando em suas palavras e, se não conseguem silenciá-lo com suas caçoadas, tentam fazê-lo espancando-o. Se mesmo assim ele teima em afirmar o que viu e os convida a sair da caverna, certamente acabam por matá-lo. Mas quem sabe, alguns podem ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidir sair da caverna rumo à realidade. O que é a caverna? O mundo de aparências em que vivemos. Que são as sombras projetadas no fundo? As coisas que percebemos. Que são os grilhões e as correntes? Nossos preconceitos e opiniões, nossa crença de que o que estamos percebendo é a realidade. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz do sol? A luz da verdade. O que é o mundo iluminado pelo sol da verdade? A realidade. Qual instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A “Filosofia.” Depois da leitura o garoto pensou um pouco e começou a falar no mundo de aparências em que vivia juntamente usou o bom raciocínio da escola da vida e juntamente falou do mundo de aparências em que a nossa sociedade vive. -- Digamos que vivo em um mundo de aparências, quando estou com fome olho a comida pelas vidraças das lanchonetes, o que vejo é como sombra, pois na realidade, só me resta às sobras daquilo que não posso comprar. Junto no lixo embalagens de eletrodomésticos, as mesmas para mim são as sombras dos próprios eletrodomésticos que minha família não pode comprar. Se for falar a meu pai que um dia vamos conseguir adquirir esses eletrodomésticos ou vamos poder sentar-se à mesa de uma lanchonete para almoçar ele vai me chamar à atenção, dizendo que não vamos conseguir, pois a gente é pobre e pobre nunca vai conseguir viver no luxo, por que a sociedade colocou em nossa cabeça que quem é rico trabalhou para ser rico e quem é pobre não trabalhou, portanto é pobre, mas eu e minha família trabalhamos de sol a sol e estamos cada vez mais pobres e as pessoas que dizem ter trabalhado para enriquecer “trabalham” muito menos. Embora eu tenha apenas doze anos, não conheço ninguém que tenha enriquecido trabalhando nem ouvi falar. O homem que compra o nosso papel se diz ter enriquecido trabalhando, até ele “acredita” nisso, mas a sua fortuna provém da exploração dos miseráveis catadores. Afinal se eu falar a meu pai que nos, os catadores de papel, somos cidadãos perante a lei iguais aqueles ricos que moram em mansões, que tenho direito a estudar igual ao filho do doutor, que meus pais precisam de uma qualificação profissional para ter oportunidades no mercado de trabalho e se lutarmos por nossos direitos, para que o nosso trabalho seja valorizado de forma que o lucro não fique somente com o comprador conseguiremos sair da miséria. Tanto de nossa miséria vinda da fome como de nossa miséria intelectual, afinal de contas a nossa maior miséria é aquela de não vermos o sol que ilumina a verdade referente às causas da miséria em que vivemos. Vou ser criticado como aquele prisioneiro que saiu da caverna e viu a luz da verdade. Quando o garoto terminou a sua conversa a respeito de seu entendimento, sobre o mito da caverna, uma senhora que estava sentada num banco ao nosso lado, ouvindo a nossa conversa pediu licença entrou conosco no assunto e deu a sua opinião sobre o que a mesma entendeu sobre o mito da caverna. -- Desculpem me entremeter na conversa de vocês, mas quando leste o Mito da Caverna ao garoto percebi que a vida de aparências que levo muito tem haver com o Mito, pois trabalho em uma fábrica de calçados, mas não posso comprar os calçados que fabrico, já que, o salário que recebo não é suficiente para comprá-los. Portanto os calçados que fabrico nos meus pés são como as sombras dos calçados reais, pois nunca posso usá-los. Chego do trabalho ligo à televisão, e as aparências continuam, assisto três novelas todas às noites e o assunto das três novelas é sempre o mesmo há anos, só muda os nomes das mesmas. A primeira novela do dia é sempre uma novela de época mostrada em uma cidadela do interior, com umas paisagens bonitas, com pessoas felizes, comendo alimentos saudáveis. Olhando essa novela tomo meu chimarrão e descanso do trabalho árduo da fábrica, já que a mesma faz-me lembrar dos bons tempos que tive de infância no interior do estado, antes de chegar à revolução verde. Esta foi implantada com a intenção de modernizar o campo e acabar com a fome no mundo, mas a mesma foi à responsável pelo desemprego dos camponeses ocasionando o êxodo rural fazendo com que ainda pequena viesse com meus pais para a cidade grande em busca de emprego. Desta forma a saudade do campo somente pode ser lembrada nas novelas de época. Mas esse ambiente saudável de interior mostrado através da novela, só existe hodiernamente na novela, pois os alimentos que compramos no supermercado vindo do campo são como as sombras dos alimentos saudáveis, pois a maioria dos mesmos está cheios de agrotóxicos. O leite que compramos no supermercado, é só aparência, podendo ser comparado com a sombra de um leite puro, além de vir misturado à água, em algumas marcas já foi encontrado até soda caustica. Meus filhos, juntamente com outras crianças criadas em cidades dizem que o leite vem de caixinha e não da vaca. Mas se alguém for falar aqueles que defendem o uso do agrotóxico nas lavouras modernas dizendo que os mesmo fazem mal a saúde humana, essa pessoa vai ser criticada como aquele homem que saiu da caverna e viu a realidade das coisas, e vai ser criticado a ponto de os passadores de veneno levar o assunto à mídia, e a mesma fazer o povão acreditar que agrotóxico é bom para a saúde e errado é quem diz que o mesmo prejudica a saúde. Ao termino da primeira novela levanto-me para colocar a casa em ordem, nem olho o noticiário antes da próxima novela por motivo de termos antena parabólica e com o uso da mesma o jornal regional é do estado em que situa a sede da emissora, assim não posso ver as noticias de minha região, não vendo as noticias locais, mais acorrentada fico na caverna da ignorância, pois fico alheia a tudo o que acontece em meu próprio Estado. Quando inicia a segunda novela do dia, começo a fazer o jantar a minha família, já que a novela desse horário sempre foi uma novela em que nem os atores da mesma levam a sério o papel que fazem. Esta sempre apresenta um tema engraçado que nem precisa estar na frente das telas para prestar atenção nas besteiras que a novela passa, mas mesmo assim presto atenção e me divirto com a “cultura” que a novela passa e estou informada sobre tudo o que passa na mesma, que muitas vezes esqueço-me de pedir a meus filhos o que os mesmos fizeram durante o dia, mas se me perguntarem no outro dia o que acorreu na novela eu sei. E dessa forma todas as pessoas que olham novelas, olham de uma forma cega sem contestar nada o que esta acontecendo, e se alguém chegar e falar a um noveleiro que ele deve contestar o assunto da novela e olhar mais para a sua realidade, e ver o que pode estar por traz de uma novela, o noveleiro vai chamá-lo de carreta, já que é mais cômodo acreditar em uma fantasia do que ver a realidade. Ou aquele velho ditado “acordado é o melhor jeito de sonhar”. Ao termino da segunda novela da noite inicia-se no canal preferido da família o noticiário em nível nacional, nesse presto pouca atenção, pois é a hora que coloco o jantar na mesa, sentamos para jantar embora, a televisão fique a frente de nossa mesa de jantar, não me concentro muito nas noticias, devido à vida que levo muitas vezes é melhor não estar informada das coisas que estão acontecendo no Brasil e no mundo, assim não fico preocupada com o que esta acontecendo. Sei que é errado não se envolver com os problemas do Brasil, mas acho melhor que os outros se preocupem por mim do que eu vestir a camisa e ajudar resolver os problemas do país que também são meus problemas. Por que vivemos em uma época em que defendemos mais o “eu” e esquecemos o nosso. Ao final do noticiário enquanto o meu marido fica deitado no sofá olhando o jornal, vou a pia para lavar a louça. Quando termina esse programa sento no sofá para olhar a ultima novela do dia, essa é a chamada novela do horário nobre onde o canal alcança um grande numero de audiência em nível nacional. Nela são mostradas as novas modas lançadas no mercado, pois poucos percebem que a novela e patrocinada por uma grande empresa da moda e a cada novela se lança uma nova moda no mercado, de forma que a roupa que se usa sempre tem que ser atualizada, afinal a época em que vivemos é a do consumismo que para as pessoas é mais importante o ter do que o ser. Assim a grande massa é manipulada pelos meios de comunicação a usar as roupas que a grande mídia quer e não a que lhe convir. Foi em uma dessas novelas de horário nobre, nem lembro quantos anos atrás, que a fábrica em que trabalho patrocinou os sapatos femininos da novela, minhas colegas de trabalho por ver a atriz principal de a novela usar o calçado que fabricávamos um calçado muito cafona por sinal, compraram o calçado em quatro prestações na loja da fabrica só por terem visto a atriz usar na novela, quando terminaram de pagar o calçado acabou a novela e o calçado como era cafona já caiu de moda e elas pagaram muito caro por um calçado, que poucas vezes usaram. Assim como minhas “inteligentes” colegas quanta gente que ganha pouco não entra nessas roubadas para estar numa moda que não foi escolhida e sim manipulada. Desculpando-me mais uma vez de entremeter-me na conversa de vocês, mas é muito difícil mostrar à verdade as pessoas, já que desde cedo fomos treinados a aceitar tudo como estas, sem nada contestar, assim estão todos em uma caverna vendo as sombras da realidade e sempre que alguém sai da caverna e mostra à verdade essa pessoa é condenada por que a mentira que os poderosos colocam na cabeça dos fracos faz com que as pessoas acreditam que a verdade é não acreditar que estamos acorrentados na caverna da ignorância e não queremos fazer um esforço para libertarmos. Quando aquela senhora terminou de falar, olhei o relógio e já estava na hora do meu ônibus, naquele momento dei tchau ao garoto e a senhora que tinha acabado de falar e embarquei no ônibus. Enquanto me distanciava da capital ia pensando em quantos garotos deveriam estar naquele momento em situação igual ou pior, necessitando de uma ajuda, quantas senhoras como aquela que conversou conosco estavam sendo exploradas em uma fabrica ou manipuladas pelos meios de comunicação, quantas pessoas estavam se alimentando com produtos contaminados por agrotóxicos. Sócrates foi condenado por mostrar novas ideias aos jovens, o homem que rompeu as correntes e saiu da caverna não conseguiu mostrar aos demais que as sombras que os mesmos viam no fundo da caverna não eram reais. E quando a nossa sociedade vai abrir os olhos, sair da caverna e vir à verdade... Encontrar-se-emos na prova oral.
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 01:33:08 +0000

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