Comentário interessante: Onda Vermelha 12.07.2013 às 12:09 Prezados, por favor, sejamos honestos! Existem sim problemas em nossa rede pública de saúde, inclusive, por vezes, ausência de insumos básicos. Isso já é de conhecimento público. Por isso a população foi às ruas exigir maiores investimentos em saúde. Resido em uma cidade que possui uma razoável rede de atendimento a saúde pública. Inclusive um curso de medicina em uma universidade federal. Mas sabemos bem que isso já não acontece nas periferias ou em cidades próximas. Razão pela qual se observa de forma frequente o transporte de pacientes do interior para a capital ou mesmo pra minha cidade, sobrecarregando o sistema local. Agora, o que não se pode admitir é que uma parcela da classe médica se contraponha a contratação de mais médicos, mesmo estrangeiros, para atender as populações das periferias ou rincões quando o governo faz um tremendo esforço e oferece R$ 10.000,00 para aquele que se dispõe ir lá atuar. Diferente do que é afirmado pelas entidades médicas existem sim milhares de cidades (Lembre-se, o Brasil tem algo em torno de 5000 municípios) que oferecem “razoável estrutura” e mesmo assim não conseguem atrair médicos. Então, como ficamos? Ignora-se o problema? Não! O governo deve acelerar a contratação de médicos estrangeiros para atender a essas pessoas. Até mesmo porque nem todos os procedimentos do SUS exigem exames complexos e sofisticados. Existe sim carência de médicos no país e isso não pode, nem deve ser omitido por uma questão meramente corporativa ou por querer se manter uma espécie de “cruel reserva de mercado”. Seria reação raivosa(e até mesmo histérica) um temor do impacto que a atuação de milhares de médicos cubanos causariam no discurso de tais entidades? A lei do ato médico, em boa hora e dimensão vetada pela Dilma não nos deixar mentir que a classe médica está ficando isolada. E isso, acredite, não é bom pra ninguém. Ok. Vamos discutir os custos de implantar uma “carreira de estado” nos moldes da carreira de juízes para a classe médica? Precisamos discutir como ampliar os recursos para a Saúde. Volta da CPMF? Afinal perdeu-se 40 bilhões anuais! Onde estava o CFM quando a oposição, demagogicamente, apoiou a extinção do tributo? Implantação do IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas)? Previsto na CF e nunca discutido pelo CN. Regulamentação da PEC 29 aprovada em 2000 que estabeleceu a vinculação de recursos nas três esferas de governo para um processo de financiamento mais estável do SUS? Em fim, a debate é rico, complexo e legítimo, e como bem disse o ministro Alexandre Padilha, esse é o momento de sentarmos para discutir a fundo nossas mazelas. Que bom!
Posted on: Sat, 13 Jul 2013 05:05:06 +0000
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