Como o complexo industrial-militar corrompe a democracia - TopicsExpress



          

Como o complexo industrial-militar corrompe a democracia norte-americana: Por Mário Augusto Jakobskind Para entender melhor os últimos acontecimentossss relacionados com o empenho do governo estadunidense em bombardear a Síria com base na denúncia, sem provas, de uma ação bélica com a utilização de armas químicas por parte do governo Bashar al Assad, vale conhecer a informação veiculada pelo portal OpenSecrets.org. É importante mencionar também o posicionamento do Papa Francisco, condenando a indústria militar interessada em uma guerra para escoar sua produção e aumentar seus lucros. Cada país capitalista tem os seus problemas em matéria de financiamento de campanha. No Brasil, por exemplo, em vários Estados e cidades predomina a ação de grupos da especulação imobiliária e dos proprietários de transportes coletivos. Todos os doadores sempre exigem compensações. Haja vista o que acontece no Rio de Janeiro. No Estados Unidos, o complexo industrial militar tem força no jogo eleitoral. Segundo o portal, os senadores que apoiaram uma resolução autorizando o bombardeio na Síria receberam altas contribuições das indústrias militares. O portal conseguiu a informação através do Centro para Política Responsável, um grupo independente e sem fins lucrativos, que analisa o financiamento e seus efeitos nas eleições e decisões parlamentares nos Estados Unidos. Retribução de favores Os dez senadores que apoiaram a ação bélica contra a Síria e que integram o Comité de Relações Exteriores da referida Casa Legislativa receberam entre 1 de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2012 uma média de 72 mil e 85 dólares em contribuição do complexo industrial militar. No total, os 10 senadores que apoiaram o ataque receberam 728 mil 497 dólares, e os demais que não votaram a favor receberam 278 mil 390 dólares, sempre de acordo com o Centro para Política Responsável. O maior defensor da ação, inclusive uma invasão militar, o senador republicano e ex-candidato à Presidência da República, John McCain , foi contemplado pelo complexo industrial militar com 176 mil 300 dólares. Outros parlamentares, entre os quais, os democratas Dick Durbin, de Illinois, com 127 mil 350 dólares; Timothy Kaine, da Virgínia, com 127 mil 350 dólares, e Ben Cardin, de Maryland, com 80 mil 550 dólares, não foram esquecidos. Eles estão empenhadíssimos em retribuir os favores. Dias decisivos Agora, o plenário do Senado e da Câmara dos Representantes (a Câmara dos Deputados estadunidense) vão decidir o apoio à ação militar. A opinião pública norte-americana até agora não quer o Estados Unidos envolvido em mais guerras, mas a ofensiva do governo e da indústria militar é muito grande. Estão fazendo o possível para mudar o percentual indicado pelas pesquisas. Os próximos dias serão decisivos, embora para muitos analistas, a pressão do complexoindustrial militar é tão grande que não será de se estranhar se Barack Obama decidir bombardear a Síria sem o apoio do Congresso. Quanto a acusação propriamente dita, para a Rússia, quem utilizou armas químicas foram os chamados rebeldes. Neste momento aguarda-se também o veredito dos inspetores da ONU que estiveram na Síria. É possível que o relatório a ser apresentado não aponte os responsáveis, mas apenas a confirmação sobre o uso das armas químicas. Alguns analistas garantem que o Presidente, seja ele qual for, ou atende os interesses do complexo ou acaba mal. Barack Obama é mais um da engrenagem perversa. Resta agora aguardar o desenrolar dos acontecimentos
Posted on: Mon, 09 Sep 2013 14:38:07 +0000

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