DO é o único comentador columnista que desde a esquerda têm procurado alentar e alimentar a esquerda com argumentos sérios e válidos, se calhar existem outros mas não têm espaço publicável com visibilidade. Ha uma coisa que porêm é preciso refletir, a qualidade da democracia, a relação entre a democracia institucionalizada e a democracia emergente, que faz que existan dinámicas políticas e sociais que geram instrumentos de mudanças, sem os quais as sociedades estagnam ou ficam prisioneras da eficacia de grupos poderosos imporem soluções pela força ou o desespero. Chamar a eleições é um limite à democracia emergente, obriga a aceitação de regras da mudança, estou a pensar na protesta arabe, brasileira, chilena, que procuram democratizar a existência da vida em campos como a saude, a educação, o emprego, a distribuição, mesmo quando essa democracia emergente posso ser autoritaria, como no caso da egipcia. No caso português, a democracia, como as democracias europeias é representativa, conducida pela accão dos partidos políticos, ela não revela a conflitualidade social, a luta de interesses na dimensão económica, muitas vezes é apenas a conflitualidade partidária, de poder, que oculta o confronto inevitável, a luta de clases objectiva. Se a esquerda se restringe apenas a democracia institucionalizada, não podera introducir o que mudou socialmente, de dar vida e corpo ao que emergió nestes dois anos, mas ao mesmo tempo a um claro discurso e acção de poder, falo da democracia de rua para ganhar as próximas eleições, sem elições não ha mudança e sem negociar a dívida não ha hipotese de sair desta situaçõa angustiante que vive, milhões de portugueses.
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 14:06:20 +0000
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