Desabafando... Quem estava lá sabe o que aconteceu e que reação é diferente de vandalismo. A quem ficou em casa só posso dizer que entenderá o que sentimos e relatamos no dia que também for à rua. Eu estava, lá! Eu vi! Eu posso afirmar!! Desci com o braço da manifestação que saiu do Campo Grande pelo Politeama e seguiu para o Vale dos Barris. Lá chegando, a manifestação parou e os manifestantes continuaram a cantar, entoar palavras de quem anseia por mudança. Estávamos próximos ao Dique do Tororó, e logo, aproximando-se do perímetro estabelecido pela Fifa. Os cordões humanos da Polícia já davam pra ser avistados e a massa de manifestantes estava ali a pouquíssimos metros e era enorme, algumas pessoas inclusive já recuavam amedrontadas pelos relatos de confrontos em outras cidades. Mas a grande maioria não arredava pé. Eu, nesse momento, estava em companhia de Mateus Moura, Clarisvaldo Liborio, Ana Paula Viana e Cândida Sheldon. Me distanciei um pouco do grupo para atender a ligação de outro amigo, Cid Castro, que se encontrava próximo ao Central e pedia que tivéssemos cuidado por que lá a polícia já estava atacando. Antes de desligar o telefone já pude ouvir uma explosão atrás de mim e ao olhar para trás apenas vi uma multidão a correr desesperada e o que me pareceu ser uma chuva de meteoros, eram as bombas de gás lacrimogênio, pareciam que vinham do céu, de todos os lados, depois os tiros de balas de borracha e as cacetadas. Me vi a correr perdida dos meu amigos, mas em meio a vários companheiros que entre si solidarizavam-se. Encontrei, por sorte, Clarisvaldo demos as mão e corremos, já sem conseguir respirar ou enxergar direito, doía, ardia muito! Ficamos encurralados na pista de skate, uma manifestante com um spray nos colocou vinagre, milagroso vinagre, e assim conseguimos nos reorientar e seguir para o lado das quadras, onde pessoas já reagiam jogando pedras. Encontrei meus outros amigos e daí ficamos encurralados até quase 19h, quando a polícia nos acuou novamente e tivemos que subir por um beco/escadaria que deu lá no Final de Linha no Barris. Sou contra qualquer tipo de violência, quem me conhece sabe! Mas, reação não é vandalismo: jogar pedra, arremessar objetos em chamas é a forma que pessoas que se indignam e tem coragem de enfrentar acham para se proteger. E a Polícia aqui em Salvador não queria dispersar simplesmente, queriam encurralar, amedrontar, isso é compravado pelos diversos cordões humanos espalhados pelas ruas e bairros do Centro: Campo da pólvora, Joana Angélica, Ondina, Barra, Centenário, Piedade, Barris, etc... Realmente, queimar ônibus, quebrar orelhões, quebrar vidros e saquear lojas, é demais... No entanto, são situações comuns em qualquer manifestação com essa amplitude, os livros de história estão aí, em outros países assistimos isso. Não sou a favor, mas é o fato. Até na greve dos policiais no ano passado houveram saques, né? Por sinal, o grito que mais gostei foi: "Polícia pode esperar a sua greve vai chegar!!" Apoio da população? Opinião pública a a favor? F..... -se! Outra coisa, MUITO IMPORTANTE, as reações e os "chamados atos de vandalismos" só começaram a acontecer depois da Polícia ATACAR! E, como quem estudou física sabe, a Terceira Lei de Newton diz que "Para toda Ação existe uma Reação". Fomos Atacados, Agredidos, Humilhados! E diga o que quiser a mídia e quem ficou em casa! Só sei que contra Fatos não há Argumentos!!! E Wagner, agora não adianta avaliar a Ação/Postura da polícia. Porrada dada ninguém tira, já dizia minha vó... Você deveria ter interferido quando estava em casa acompanhando tudo, por que sabemos que acompanha... um simples alô ao cComando faria a diferença pra quem tava apanhando, sufocando... Tamiles Gonzaga, Revoltada!!! #VemPraRuaQueALutaCresce #OGiganteAcardou #BrasilAcordou #EstamosEmTodosOsLugares #PolíciaParaQuemPrecisaDePolícia #VamosDeMáscaras #SantoVinagre
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 19:27:17 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015