Dialogo 63º Fomos convocados para uma reunião geral com o - TopicsExpress



          

Dialogo 63º Fomos convocados para uma reunião geral com o Grão Mestre, a pauta da reunião era me apresentar aos demais comandantes e falar sobre o crescente ataque dos mamelucos nos respectivos fortes da Ordem, todos os comandantes que estavam na Terra Santa compareceram, inclusive um que era conhecido por “Irmão Negro”, eu tivera alguns problemas pessoais com ele na distante Inglaterra, ele tinha uma personalidade forte e sanguinária, não respeitava o povo mais humilde, sempre se achando superior a todos, não seguia as regras nem as ordens de seus superiores. Enfim todos os lideres e comandantes me receberam muito bem, como esperava Irmão Negro tomou uma postura contrária, ambos sabíamos que minha presença não era bem vinda por ele. Irmão Negro mostrou-se mais arrogante do que de costume, impondo suas ideias ao grupo, parece que todos os outros comandantes tinham medo dele, tirando eu e meu Velho Irmão Templário, eu sabia que isso o incomodava, o fato de eu estar ali junto do meu Velho Irmão, ele olhava-me como se eu fosse um obstáculo em seu caminho, estava há muitos anos na Terra Santa, e de certa forma quis deixar isso claro para mim, que não seria como na distante Inglaterra, olhava para mim como se fosse meu superior na hierarquia da Ordem. Ele me olhava como se quisesse me dizer: “Aqui as coisas não vão ser facilitadas para você”. No fundo tanto eu quanto ele sabíamos que ele tinha medo de me enfrentar, quando entramos para Ordem nós treinávamos juntos, derrotei-o uma centena de vezes em treinamento de combate corpo a corpo com a espada. Mesmo assim percebi que precisava ficar atento com ele, um bom guerreiro sempre sabe respeitar e não subestimar seus adversários. Na cabeça dele eu era o novato agora na Terra Santa, e de fato era recém-chegado naquelas terras, mas isso não mudava o fato que eu era um comandante também assim como ele... Era conhecido por Irmão Negro não pela sua bravura em batalha, mas porque usava uma túnica negra com a cruz sagrada branca, ao invés da característica túnica branca com a cruz vermelha, na época ele gerou muitas polemicas dentro da Ordem, e por muito pouco não fora banido, no final acabou conseguindo deixar sua marca e autopromoção, ao contrário de mim ele era temido pelos aldeões e camponeses dos vilarejos da redondeza. Sua luta sempre fora em beneficio próprio, ele passava em cima de quem precisasse para atingir seus objetivos sempre sujos, obscuros... O fato é que mais uma vez nós teríamos que conviver juntos, certamente não seria fácil, mas um Cavaleiro Templário tinha por obrigação deixar as picuinhas pessoais em beneficio do bom andamento da Ordem. Grão Mestre tomou a palavra dizendo que estava muito preocupado com o numero de mamelucos que estavam montando cerco em todos os fortes da Ordem, que suas técnicas espadachim estavam muito mais apuradas do que no passado. Deixou-me a par de que muitos cristãos peregrinos tinham sido executados pegos em emboscadas pelos mamelucos. E continuou dizendo que o líder dos mulçumanos era um nobre guerreiro, muito inteligente e sábio, um grande estrategista também disse ele. Eu pensei no dia que tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente no meio do deserto, mas apenas pensei, não disse nada a respeito daquele encontro misterioso que tive com aquele líder. Quando foi me passada a palavra eu contei-lhes detalhadamente sobre tudo que vivenciara na perseguição daqueles três batedores no deserto, falei sobre a imensa caverna, sobre a cidade subterrânea, o sistema avançado que mantinham no interior daquelas cavernas com inúmeras saídas para todos os lados, grandes veios e labirintos que se ramificavam em imensos e incontáveis salões... Todos pareceram surpresos, com expressões de espanto e bocas entre abertas. O Grão Mestre que também parecia desconhecer esses locais declarou que em breve seria programada uma missão de espionagem até essa caverna da qual contei a todos, e disse que eu seria o líder da missão. Olhei passando os olhos por todos os cavaleiros, todos acenavam concordando com a cabeça, mas era nítida a expressão de ódio no olhar do Irmão Negro, então pensei: “Tenho que ficar alerta com ele”. FlavioK2 – Lobo Bárbaro Poeta
Posted on: Tue, 27 Aug 2013 02:34:45 +0000

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